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Brasil tem baixa taxa de entrega de e-mails

Do Convergência Digital

Brasil está entre os piores na taxa de entrega de e-mails

Apenas 64,5% dos emails comerciais foram entregues nas caixas de entrada dos brasileiros no segundo semestre de 2011. É o que concluiu o “Estudo Global de Entregabilidade de Email, Segundo Semestre de 2011”, realizado pela Return Path, empresa especializada em certificação de email e monitoramento de reputação, que analisou dados de 1,1 milhão de mensagens e 142 provedores de acesso (ISPs) de 34 países na América do Norte, Central e América Latina, Europa, África, Ásia e Ásia-Pacífico entre julho e dezembro de 2011. 

Comparado com o primeiro semestre, a melhoria foi de irrisórios 0,5%, período em que a entregabilidade das mensagens foi de 64%. Do total dos emails trafegados no País, 22,4% foram direcionados para pasta de spam ou lixo e 13,1% foram bloqueados pelos provedores (ISPs). A média mundial, indica o levantamento, foi de 76,5% dos emails sendo entregues aos destinatários, o que coloca o Brasil entre os países com os índices mais baixos de entregabilidade.

“O Brasil continua sendo um dos países com uma das piores taxas de entrega de email do mundo. Este levantamento mostrou, mais uma vez, que os profissionais de marketing seguem enfrentando sérias dificuldades na adoção das melhores práticas para envio de mensagens, o que reduz o alcance das campanhas de email marketing junto aos destinatários”, assinala Louis Bucciarelli, Diretor Geral da Return Path no Brasil. 

Uma grande novidade desse estudo foi a análise da entrega de e-mails considerando os segmentos da economia Brasileira. Dentro do cenário local, a indústria de games foi a que registrou o pior índice de entrega de emails no Brasil (apenas 40,1%), seguida por Saúde (68,6%), Telecomunicações (76,9%), Varejo (79,4%), Redes Sociais (87,4%), e Bancos (94,8%).

O cenário mundial também não apresentou resultados positivos, segundo o levantamento da Return Path. Historicamente, as taxas globais de entrega das mensagens foram de cerca de 80%, com um em cada cinco emails sendo direcionados para pasta de spam ou bloqueados. 

O estudo mostra que, pela primeira vez em três anos, houve uma sensível queda de 6% no segundo semestre do ano passado, trazendo a média global para 76,5% contra 81% no primeiro semestre de 2011, a pior já registrada desde que o estudo começou a ser feito pela companhia. 

Spams em alta

O volume de emails encaminhados para pasta de spam foi recorde no segundo semestre, chegando a 8,4%, e as mensagens não entregues ou bloqueadas pelos filtros dos provedores alcançou 15,1%, um índice 20% pior que nos seis primeiros meses do ano. 

Em uma análise por região, a América do Norte reverteu a tendência de crescimento da taxa de entrega registrada no primeiro semestre de 2011, experimentando um declínio de 8%, o que levou a cerca de 79% dos emails chegando efetivamente aos destinatários. 

As mensagens encaminhadas para pasta de spam saltaram 19% na região no período, chegando a 7,4%, enquanto os emails perdidos ou bloqueados aumentaram 38%, atingindo 13,3%. Já na Europa, 15% dos emails não foram entregues, sendo 5% identificados como spam e 10% bloqueados pelos provedores.

No caso da América Central e Latina, 30% das mensagens foram classificadas como spam ou bloqueadas e somente 70% foram efetivamente entregues. A região alcançou o maior índice de emails baixados na pasta de spam, com 18%. 

A região Ásia-Pacífico apresentou índices piores do que a América Central e Latina: as taxas de entrega despencaram 14%, fazendo com que somente 67% das mensagens chegassem aos destinatários, e os emails bloqueados cresceram impressionantes 75% no período. 

Para Bucciarelli, o segundo semestre de 2011 mostrou que todas as regiões têm grandes desafios pela frente para melhorar suas taxas de entregabilidade, o que afeta fortemente os resultados financeiros de empresas que têm no email marketing uma das principais estratégias para geração de leads e conversão de vendas.

“O Brasil mostrou que ainda precisa dar um grande passo para melhorar seus índices de entrega. Para isso, as empresas e agências de publicidade precisarão cuidar com muito mais atenção da reputação dos remetentes das mensagens, acompanhar continuamente os dados de entregabilidade para avaliar quais fatores levam aos baixos índices, bem como as permanentes mudanças de critérios que levam os provedores e fornecedores de serviços de email a bloquear ou classificar as mensagens como spam”, alertou.

Luis Nassif

Luis Nassif

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