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Os métodos para organizar fluxo em pronto-socorros

Por Edivaldo Dias Oliveira

Por um equipamento indispensável, se funcionar como parece.

Já levei meus filhos a vários PS públicos e sou testemunha de como é précario o processo de identificação sobre a gravidade dos que lá chegam. fincionando, no mais das veses,  na base do grito, do protesto, do esporro, para que um paciente que esteja realmente precisado possa ser atendido.

Do iG

Empreendedor cria equipamento para organizar filas de pronto-socorro

ToLife já fechou contrato com a rede pública de Minas Gerais e agora mira em hospitais particulares do Rio, São Paulo e Curitiba

Mariana Sant’Anna, iG Rio de Janeiro

Foto: Divulgação

Equipamento Trius, da ToLife

Reduzir filas em salas de emergência de hospitais parece o sonho de muita gente. E é o sonho que o empreendedor mineiro Leonardo Lima de Carvalho quer realizar. Fundador da empresa ToLife, o cientista da computação saiu de um emprego para investir em uma solução que organizasse melhor a triagem dos prontos-socorros e reduzisse mortes e custos.

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A empresa criou um equipamento, batizado de Trius, que auxilia profissionais de saúde a fazerem a triagem dos pacientes que dão entrada na emergência de acordo com o Protocolo de Manchester, um método de classificação da condição de saúde e da urgência no atendimento de quem chega a um serviço de emergência. “Cerca de 60% das pessoas que chegam a um pronto-socorro não deveriam estar lá, deveriam ser atendidos por outros serviços”, afirma Carvalho.

 

Foto: Divulgação/Endeavor Ampliar

Leonardo Lima de Carvalho, fundador da ToLife

Seu equipamento tem por objetivo ordenar os pacientes para garantir que os casos mais urgentes sejam atendidos primeiro. A empresa fornece o equipamento, o software, serviços e insumos, como fitas de exames. A inovação, segundo Carvalho, é unir ferramentas de diagnóstico a um software que os interpreta e armazena.

O empreendedor explica que um profissional treinado, médico ou enfermeiro, usa o equipamento durante a triagem dos pacientes e classifica o grau da urgência a partir da queixa, dos sinais vitais e outras informações de saúde do paciente. O equipamento armazena as informações do paciente até a alta e organiza o fluxo dos pacientes.

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Dependendo do caso, o software pode dar uma resposta que permita orientar o paciente a ir para casa e procurar um atendimento mais adequado, como uma clínica, de acordo com o empreendedor. “No longo prazo, uma vantagem é a educação da população para procurar o serviço de emergência somente quando ele for realmente indicado”, afirma.

Como os atendimentos em prontos-socorros são mais caros do que em clínicas, as proposta é que o equipamento ajude os hospitais, públicos e privados, a reduzirem custos. “Ainda não coloquei no papel quanto dá para economizar, mas com certeza dá resultados para os hospitais”, garante Carvalho.

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A ferramenta já está implantada em 3.500 unidades de saúde de Minas Gerais, resultado de uma negociação com o governo estadual. Agora, a ToLife busca vender a sua solução para hospitais particulares de São Paulo, Curitiba e do Rio de Janeiro, além de internacionalizar as operações.

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“Já estamos em três unidades de saúde do México e vamos iniciar o trabalho na Colômbia”, afirma. Com a expansão, a empresa espera ampliar seus números. No início da operação, entre outubro de 2010 e o final de 2011, a ToLife faturou R$ 29 milhões. Para este ano, a expectativa é faturar R$ 35 milhões.

Luis Nassif

Luis Nassif

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