2013: as selfies revolucionárias horizontais e apolíticas, por Fernando Horta

Foto Fernando Frazão/AgBrasil

2013: as selfies revolucionárias horizontais e apolíticas

por Fernando Horta

É indiscutível que a compreensão da situação brasileira atual passa pelo entendimento sobre o que, de fato, aconteceu em 2013. Em março de 2013 a aprovação de Dilma era de 79%, em junho era de pouco mais de 30%. Saliente-se que em 2013 não houve deterioração efetiva de nenhuma variável econômica. Apenas blogs de economistas da direita ventilavam “explicações” sobre a “contabilidade criativa”, dando o tom dos termos que viriam a serem usados contra o Brasil quase 3 anos depois. Em junho de 2013, Dilma sofreu um intenso ataque midiático e não teve presteza para se defender.

Para mim, 2013 é a maior prova de que o pós-modernismo nada tem a oferecer como ferramenta de luta contra um capitalismo financeiro transnacional aliado à onipresença das redes sociais e comunicação imediata. Os protestos de 2013, dizem, tinham uma pauta centrada no transporte público urbano. Deveria se esperar que os ataques danificassem os índices de aprovação dos governos municipais e talvez estaduais. Ressalte-se que em abril, antes dos protestos portanto, Dilma cortava impostos federais sobre o combustível e aumentava o percentual de álcool e em outubro, Dilma novamente mexia na política de preços dos combustíveis para oferecer margem aos municípios na negociação da questão do transporte.

O primeiro ponto a ser mencionado é que, sobre as “jornadas de junho” de 2013, as narrativas da direita e da esquerda são impressionantemente semelhantes. Ambas reivindicam protestos “apartidários”, “sem lideranças”, espontâneos e com uma pauta baseada “nos interesses reais da população”. É o mito do manifestante “empoderado e livre”, fazendo política epidérmica e se relacionando com seus “iguais” na base do sentimento comum. A forma como a direita (e extrema direita) e uma parte da esquerda defendem esta mitificação é muito semelhante. Ambos acharam motivos para atacar o governo Dilma: a direita por ser um governo comunista e parte da esquerda por ser um governo de corte neoliberal. A síntese desta pós-verdade fez com que estes dois grupos de “pensadores-manifestantes” fossem às ruas protestar pelas passagens (uma pauta eminentemente municipal) e terminassem encurralando o governo federal.

De quebra, estas “jornadas” criaram o mito dos “Black Blocs” como um grupo de arruaceiros sem razão nem qualquer sentido político. Destruíram a vida de algumas pessoas (Elisa Quadros, a “sininho”, por exemplo) e mostraram que havia um bom espaço para manipulação política no Brasil, desde que as senhas corretas fossem dadas. Este espaço foi visto pela esquerda “anti-PT” como uma forma de finalmente tentar aparecer e pela direita “anti-PT” também como uma forma de finalmente tentar aparecer. (A repetição é proposital estilisticamente).

Nunca se investigou mais a fundo nem a participação de partidos e políticos de esquerda e direita no financiamento e organização das manifestações, nem tais políticos deixaram seus nomes serem mencionados nestes contextos. Afinal, protesto sem liderança, mas com “apoio” do partido A e do deputado X não é bem “horizontal”. E todos deixaram a imprensa satanizar grupos de jovens mascarados que, até hoje, são para-raios de todo alegado “vandalismo” no Brasil.

O que aconteceu de fato, e existem inúmeros testemunhos e evidências disto, é que a tese do “apartidário” virou “apolítico” e um protesto sem bandeiras é como uma folha em branco em que a mídia legenda o que quiser para fazer-se entender pela população brasileira. A violência empregada pelos “organizadores” da manifestação “horizontal”, no sentido de coibir “símbolos de partidos” foi parte evidente da estratégia proto-fascista dos financiadores dos movimentos. Pessoas dedicadas 24 horas por dia nas redes sociais a levantar o maior número de manifestantes. Algumas destas pessoas hoje têm cargos de confiança de em partidos e governos de direita.

Enquanto uma parte da esquerda se via “liberta” de líderes e “pautas” de partidos e acreditava no mito da horizontalidade, independência e espontaneidade, o movimento era vitaminado e capturado pela direita e pelos órgãos de mídia em todo o Brasil. Direcionando as hordas de manifestantes sem pauta ao ataque e defesa de pautas difusas como “contra a corrupção”, “não vai ter copa” ou “saúde e educação padrão FIFA”. Sem organização, acreditando numa estética do manifestante empoderado uma parte da esquerda foi totalmente manipulada e, até hoje, se nega a perceber isto. Nem mesmo o bordão “não é só pelos 0,20 centavos” é criação “popular”.

Não apenas os governos municipais e estaduais nada ou muito pouco sofreram com os protestos cuja pauta deveria ser o transporte público, como logo após este “experimento social” são deslocados para o Brasil recursos internacionais para formar “libertários” e “treinar jovens lideranças”. O potencial de zumbis políticos no Brasil se mostrava imenso. Quando a esquerda de fato, finalmente se deu conta do que acontecia, e mobilizou as bases para retomar a direção dos protestos, a mídia entrou com a narrativa dos “vândalos” e terminou o experimento sócio-político de 2013. Nenhum efeito prático no transporte urbano perdurou. Em algumas cidades os aumentos foram postergados em oito meses. Nada mais.

2013 mostrava três coisas importantes (1) que redes sociais, dinheiro e mídia eram capazes de mobilizações de massa de direita; (2) que o governo brasileiro e as instituições estavam (e ainda estão) incapazes de mapear e coibir a entrada de recursos para desestabilização política centrada nos “think tanks” e que (3) o narcisismo de manifestantes de esquerda do século XXI (e seus celulares sélficos) era semelhante ao narcisismo de manifestantes de direita e, portanto, tudo virava o mesmo caldo que seria arremessado (quente) quando e onde os patrocinadores desejassem.

Nos protestos da semana passada no RJ, parte da “esquerda” voltou a usar a mesma lenga-lenga, vaiando lideranças políticas e exigindo um protesto “sem bandeiras”. Parece que não aprenderam e continuam a fazer as mesmas bobagens, talvez pensando que ganharão algo com isto. As eleições na França mostraram bem o resultado da falta de capacidade de compreensão do seu espaço desta esquerda contra-majoritária. Um segundo turno entre Le Pen e Macron podendo ambos terem sido vencidos pela soma dos percentuais dos dois candidatos de esquerda, alijados por picuinhas internas. Não deixem repetir-se 2013. O ano zero do golpe de 2016.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

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  • Da origem democrática à

    Da origem democrática à tragédia e a barbárie (texto publicado nest blog em maio de 2014)

    A transformação e evolução trágica dos protestos, que tinha em sua gênese, cunho de manifestação democrática, contra o império do poder econômico e politico que mantém  estruturas oligárquicas e exploradoras do povo – protesto do movimento passe livre contra as condições do transporte coletivo em São Paulo – por ocasião do aumento da passagem dos ônibus.

    Como é que, no desenrolar destes movimentos, a mídia subverteu tais manifestações e as transformou em um instrumento destinado a atacar o governo federal, culminando como um instrumento indutor da barbárie e da violência.

    Uma breve remissão histórica.

    No combate ao regime militar, o protesto, sem sombra de dúvida, ainda que violento e ainda que destrutivo, dirigia-se contra o aparelho de Estado, tinha sua razão de ser, destinava-se a dar visibilidade a uma forma de pensar que levaria a democracia e a liberdade de expressão.

    Em síntese, os que participavam dos protestos queriam a volta da democracia e da livre expressão e pelo término da repressão policial.

    Todos que participavam tinham plena consciência do que significava a manutenção da ditadura em detrimento da população em geral.

    Faço um parênteses, neste mês, como foi brevemente lembrado, um dos maiores protestos,  o das DIRETAS JÁ.

    Todos que lá estavam (no movimento das diretas) sabiam aonde estavam, com quem estavam, contra o quê e contra quem estavam lutando... e, fundamentalmente, porque estavam ali.

    Quem promovia o vandalismo era a polícia que atacava todos os movimentos, ainda que pacíficos. Era a repressão pura, oriunda da forma de pensar dos governantes de então.

    Isto gerava politização, cidadania, liberdade.

    ....

    Em contrapartida, os protestos de junho de 2013, que começaram com a mesma motivação, ou seja, contra a truculência da polícia do governo do Estado de São Paulo, ou seja, contra a repressão policial... em razão do oportunismo midiático, em pouco tempo se transformaram em uma manifestação que não tinha mais norte. Passou a ser contra tudo que esta aí.

    E neste tudo que esta aí  estavam  no movimento,  desde skinheads, fascistas, minorias glts(contra o Feliciano), movimento passe livre, sem teto, grupos de esquerda (psol e pstu), justiceiros, grupos contra a corrupção, black blocs...

    Exatamente pela diversidade, não se sabia a favor do que ou contra o que estavam se manifestando/apoiando. Daí surgiu o mote: estamos protestando contra tudo isso que esta aí...

    E vieram cenas lamentáveis. o Congresso foi atacado, pequenos comerciantes tiveram suas bancas incendiadas, cidadãos comuns tiveram seus carros incendiados e  pequenos lojistas viram suas lojas serem saqueadas.

    E aí, em todo este desenrolar, a grande mídia, que sempre condenou tais vandalismos e censurava toda e qualquer  manifestação.  de uma hora para outra passou a cobrir de forma incessante as manifestações ainda que violentas quase que transformando-as em manifestações cívicas, tudo com o propósito de imputar responsabilidades e acusar o governo.

    Em termos claros: mostrar a insatisfação do povo brasileiro, para depois editar os motivos da insatisfação.

    E muitos foram iludidos e defenderam a manifestação popular, direito fundamental da democracia.

    Esqueceram que esta somente é fundamental quando é livre, e estas manifestações, a partir do momento que foram aparelhadas pela mídia perderam sua essência, viraram joguete nas mãos de seus piores inimigos. Viraram instrumento da Globo, da Folha de São Paulo, do Estadão, da Veja, de todo este grupo conservador  e anti popular.

    Passou-se a defender a violência e a depredação feita pelos black blocs como fenômeno democrático.

    A polícia e o patrimônio público passaram a ser atacados.

    Esqueceu-se que, num regime democrático, a policia tem a função de defender a liberdade, ao contrário do regime militar. São servidores públicos iguais a tantos outros.

    Ressalvo que, como todo aparato militar de segurança, pode ter sua atuação desvirtuada pelo governante de ocasião (exatamente o que aconteceu). Quando Geraldo Alckmin (PSDB) reprimiu com o uso da policia as manifestações,  que estas sim, em sua origem eram democráticas..

    ...manifestações contra o aumento das passagens dos ônibus e pela instalação de uma CPI para averiguar desvios no transporte coletivo (metrô de São Paulo e o cartel, corrupção, propina...e o sucateamento dos trens como resultado deste descalabro).

    Pois bem.

    Em linhas gerais, bem amplas, estes são alguns dos aspectos que compuseram tal cenário.

    Houveram várias outras componentes, mas, nesta análise, que não tem a mínima pretensão de ser exaustiva, prendo-me a estas diretrizes.

    .....

    De tal cenário, como erroneamente apregoaram diversos analistas políticos(da grande mídia), não surgiu uma maior politização, entendida como um espaço maior na  liberdade de expressão e manifestação em busca de objetivos comuns a sociedade em que vivemos.

    Ao contrário, resultou em um aumento da barbárie e proporcionou o surgimento de ícones fascistas (justiça pelas próprias mãos, repressão aos pobres da periferia pelos rolezinhos, vandalismo, e a toda hora manifestações que resultavam em depredações várias, ou no trancamento puro e simples de vários acessos vitais).

    Com o tempo, os protestos, com tal falta de unidade de desígnios, que unia manifestantes de shopping centers a jovens da periferia e militantes de esquerda,  etc , que passaram a ter apenas o mote midiático “de contra tudo que esta aí”, se tornaram insubsistentes e definharam.

    A ânsia em participar de manifestações coletivas, a adrenalina do protesto em si mesmo, a catarse coletiva, logo consumiu seu fôlego,  cedeu ao apelo da razão, passou a ser um imperativo a pergunta: porque estou aqui? E a palavra de ordem, contra tudo isso que está aí, por ser vazia de sentido e não ter objetos definidos e claros, deixou de ter apelo coletivo.

    Aqueles chavões genéricos   -  contra a corrupção, a juventude se manifestando, o povo na rua, contra a repressão, etc,  eram amplos demais e, ao mesmo tempo que diziam tudo, não se referiam a nada. Passaram a soar como discursos de outros Demóstenes, ou Collors de Mello,  paladinos da Justiça e caçadores de marajás, já desmascarados, ou por desmascarar.

    A maior parte dos participantes não se identificava com os blak blocs, que participavam vandalizando, destruindo e sendo protagonistas na arte de hostilizar os policiais.

    Aos poucos a desilusão, a noção de terem sido manipulados, a sensação de serem objeto da mídia passou de forma subliminar a tomar conta. Não, não foi e, não é ainda, uma coisa consciente. Eles apenas se sentem incomodados quando se veem ou veem isso na mídia. Mas, ainda é tempo de razão. Falta pouco. do outro lado resta a barbárie.

    Assim, hoje os protestos reúnem , via de regra, meia dúzia de pessoas, ainda que seu objetivo seja válido e consequente.

    De outro lado, movimentos sem conotação partidária expressa como a Marcha das Vadias, ou com objetivos definidos como o MST ou até mesmo o Movimento Passe Livre e os de militantes de partidos políticos, aos poucos voltaram a ter sua real representação e a ter suas manifestações e movimentações excluídas da informação midiática nos grandes jornais.

    Ficou somente o rescaldo do aumento da barbárie como resultado dos movimentos de protesto, que deveriam ser manifestações de apoio e construção da democracia, e que por motivação expressa dos donos da mídia tradicional transformaram-se no oposto.

    Mais uma vez criaram um monstro.

    Tais forças destrutiva, depois de liberadas, fogem ao controle. Tornou-se comum em São Paulo incendiar ônibus, depredar lojas, interditar ruas.

    Tenho que ainda é tempo de buscar a paz e pacificação, mas não as busquem na midia tradicional, vejam a opinião dos blogs informativos(sujos), vejam a outra visão, comparem. E, aí sim, vão às ruas e encham o peito de orgulho e digam com consequência e não como meros marionetes da elite: estamos construindo um país.

    Mas, neste compasso, tenham muito cuidado, as forças da destruição e da barbárie todos os dias ecoam nos grandes jornais e televisões, com seu canto de sereia, querendo levar a perdição quem acreditar em seus porta vozes.

    • Começando a ler o post acima

      Começando a ler o post acima pensei que, finalmente, alguem tocaria num assunto que, inacreditavelmente, continua sem analise aprofundada, isto é, as verdadeiras razões da  "crise", iniciada no governo Dilma.

      Os governos petistas estão entre os que mais acertaram, mas, ao mesmo tempo, certamente, entre os que mais erraram.

      Os absurdos começaram, entre outros, com a escolha do "negro para o STF" ou do outro que "matava no peito", a demissão do diretor da policia federal, a escolha de um Gilberto Gil para o ministerio da cultura.

      Porem, o pior engano foi deixar passar a ideia de que a "crise" foi resultado dos "erros do governo Dilma".

      A "crise" foi, na verdade,  um produto criado, planejado e executado pela direita para inviabilizar o segundo governo Dilma.

      Na verdade visava com isso barrar o pior para eles, a volta do Lula, depois dela.

      Apostaram todas as fichas nesse golpe. A midia criou o panico batendo diariamente na mesma tecla, crise, crise, crise.

      Tiveram a sorte  do golpe que tramavam ocorrer paralelamente a uma forte crise internacional, que abalava as economias emergentes.

      A direita colocou todos os seus "analistas politicos" nas telas da televisão apostando que a queda da presidente devolveria a tal "credibilidade" ao país. Houve ate um afirmando, na Globonews, que "apos uma semana  do afastamento tudo voltaria ao normal".

      Não escutaram o poeta dizendo que "quem planta vento colhe tempestade".

      A tempestade chegou, com ventos arrasando tudo.

      E os petistas se deixaram ficar com a culpa. Não conseguem explicar o obvio.

      Agora, aqui, leio extensas analises sobre as tais "jornadas de junho".

      Elas não tiveram nada a ver com 20 centavos nas tarifas dos onibus ou nem mesmo com ações da direita nacional.

      Nada mais foram que as nossas "primaveras", geradas como as outras no Egito,  Turquia, Libia, fora de suas fronteiras.

      Trata-se dos efeitos dos modernos instrumentos de manipulação de massas, atraves do controle das redes sociais.

       

      • Respeite Gilberto Gil, meu caro!

        Gilberto Gil foi um excelente Ministro da Cultura e quem está fora do eixo Rio-São Paulo sabe muito bem disso! Quando saiu, deixou seu braço direito, Juca Ferreira, no lugar. Ele continuou seu excelente trabalho. No governo Dilma é que a coisa desandou, com Ana Holanda e - credo! - Marta ex-Suplicy. Quando Juca voltou, já não dava pra fazer mais nada, pois a crise fabricada (nisso concordo com vc) se agudizara.

  • o futuro e o passado!

    Boa sintiese, e revisao historica de fatos tao recentes e bastante importantes para termos em conta alguns dos elementos `novos` neste novo GOLPE de 2016.

    Vale a pena refletir tambem o quanto a nossa ESQUERDA ficou estacionada no tempo, quanto a o trabalho de mobilizacao de massas, e desconhece completamente o uso dos novos instrumentos para conquistar os coracoes e mentes de nosso povo!

    A direita, mais recalcitrante, e antiquada no que tange ao convivio social, sabe muito bem como utilisar os mais modernos recursos que a midia eletronica nos coloca a disposicao, ate mesmo do mais decerebrado midiota, para comunicao social e movimento de massas (vide o TRUMP com o Twitter nos EUA e nossas GLOBO, BAND etc...aqui). 

    Nossa ESQUERDA, no entanto, continua vivendo e atuando como nos tempos da PANFLETAGEM de rua, e so falta propor a volta do uso do MIMEOGRAFO, como forma de ativar as massas...

    Assim esta luta se trava em condicoes muito desiguais... a direita com armas do FUTURO e a esquerda com o que ha de mais antigo do PASSADO... haja ativismo!

  • importante lembrar q caio e

    importante lembrar q caio e seu amigo da camisa cinza suada, como dezenas de outrs assumiram q receberam 150 reaus pra quizumbar as manifestações, assumiram nas cameras....e quem pagou? MP ou PF eprguntaram? o guarda da esquina talvez? alguem anotou nos autos?

    seria o q pagava 45mil/mes pros meninos do MBL?

    ou seria oq financiava mala de aécio?

    talvez um q financiasse malas de ed cunha? as malas do MT talvez?

     

    bom... quem absolveu claudis teereje cruz q se manifeste. quem entrou no STF com livro plagiado talvez.....

    qq dotô, quem sabe.;....

  • " o narcisismo de

    " o narcisismo de manifestantes de esquerda do século XXI (e seus celulares sélficos) era semelhante ao narcisismo de manifestantes de direita e, portanto, tudo virava o mesmo caldo que seria arremessado (quente) quando e onde os patrocinadores desejassem.

    Nos protestos da semana passada no RJ, parte da “esquerda” voltou a usar a mesma lenga-lenga, vaiando lideranças políticas e exigindo um protesto “sem bandeiras”."

     

    O narcisismo é essencial para a implementação de estratégias do tipo divide et impera, uma vez que pessoas dominadas/entorpecidas pelo próprio ego tendem a ser mais agressivas e menos cooperativas; 

    e é, também, essencial para tornar pessoas mais manipuláveis, uma vez que pessoas dominadas/entorpecidas pelo próprio ego tendem à incapacidade emocional de reconhecer/se lembrar de erros passados.

     

    Antes era a televisão e rádio, usando conteúdo para gerar processos emocionais: a cultura como um meio para produzir traços de personalidade.

    Agora é o facebook, instagram e outras mídias do tipo usando processos emocionais para gerar conteúdo: traços de personalidade como um meio para produzir cultura. 

  • Isso é uma realidade

    Essa parte da esquerda só tem e teve alguma voz quando foi para ajudar a fazer oposição ao PT e para derrubar o Governo da Dilma.

    Fora isso eles não tem força nenhuma e nem espaço na mídia.

    Acho até que esses MBLs e VPR da vida teem mais força que essa parte da esquerda.

    Eles ainda não conseguiram acordar para realidade. Estão vivendo dentro da bolha deles.

     

     

  • Em quantos bilhões de

    Em quantos bilhões de dólares(U$) de prejuízo ao Brasil se transformaram aqueles R$ 0,20 centavos de real?

    Alguém consegue calcular?

    Cadê os FDP do movimento passe livre? Qantas vezes as passagens de ônibus já subiram desde 2013? Quantos centavos de real ou reais?

    Foi muito fácil derrubar um governo popular no Brasil. A direita se aproveitou da ignorância da população e foi como tirar doce de criança.

    Afinal, o piçol é extrema direita ou esquerda?

    • A direita pegou carona nas manifestações dos oprimidos

      A direita pegou carona nas mainfestações dos oprimidos e uma parte destes não quis e a outra não teve forças para desembarcá-la. No final a direita tomou a direção do MPL e os oprimidos é que estavam de carona no trem da alegria da direita raivosa e truculenta.

      • Estou até hoje querendo achar

        Estou até hoje querendo achar meia dúzia, só meia dúzia já me satisfaria, de ''oprimidos '' nas manifestações de junho de 2013. Não participei, estava na Argentina e de lá quase enfartei ao ver o tiro no próprio coração que os brasileiros estavam dando. Mas continuando só vi classe mérdia que tinha e tem plano de saúde e escola privada, berrando por ''saúde e educação'', realmente deveriam tratar da saude mental( baixo nível de compreensão da realidade) e da educação política (nenhuma). O resto é este sofrimento, essa tristeza de ouvir as mesmas músicas da minha juventude serem cantadas em um ato reinvidicando o mesmo que no século passado. Eta país difícil de avançar, um pouquinho só , já seria muito bom.

        • 5 estrelinhas

          Já que não consigo marcar estrelinhas nos comentários que me agradam, entro aqui pra dizer que assino embaixo do seu comentário, Roxane. 

  • Os Isentões nada tinham de isenção

    Foi através dos Isentões, e, nesse ponto, o pessoal do P$TU, que queriam editar no Brasil as Primaveras promovidas pelos EUA no Norte da África e no Oriente Médio, e o pessoal do P$OL, também se sentiam Isentões, e acabaram fortalecendo a direita, o que veio a desembocar na atual hegemonia da direita golpista e truculenta.

    O pessoal do P$TU ficou do lado do imperialismo e apoiou o massacre da população líbia e a destruição de sua infra-estrutura.

  • 2013: as selfies revolucionárias horizontais e apolíticas

    No início dos protestos de 2013, um amigo, ex-militante do PCB foi as tuas em Recefie-PE e postou uma foto das daquelas manifestações, percebi que não tinha nenhuma bandeira das tradicionais forças de esquerda que historicamente lutaram contra o regime de 1964 e antes e após o golpe de 64 estavam presentes em todos os momentos da conturbada vida política nacional, exigindo mais espaço popular. 

    Ao perceber isso, postei uma resposta para o companheiro sem vacilar, dizendo: Companheiro saia daí que essas manifestações são de direita.

    Você tem razão Fernando, manifestações exponâneas, sem direção e com pautas genéricas jamais foram da tradição das esquerdas, concordar com isso é captular diante do inimigo ideológico e a ele se curvar.

    Brilhante a sua análise...

  • Análise parcialmente correta, pois muito superficial.

    O autor do texto, Fernando Horta, que é historiador e deve ter acompanhado de perto as "manifestações" de 2013 deve dispor de muito mias informações. Portanto esperamos que le faça uma análise mais aprofundada do que ocorreu naquele ano. 

    Em 2013 agências e departamentos de inteligência, investigação e espionagem dos EUA (NSA, CIA, FBI, DoJ, etc.) roubaram informaçãoes estratégicas da Petrobrás, da Eletrobrás e outras empresas estratégicas; até os gabinestes da presidência da república foram grampeados.

    Note-se que Fernando Horta sequer citou o papel da grande mídia comercial (o PIG/PPV) e a associação dela com o MPF. O autor deve se lembrar que o consórcio PIG/MPF mudou e nacionalizou a pauta daquelas "manifestações populares". A PEC-37, que estabelecia limites claros à atução do MP  e das polícias (com destaque para o MPF e PF) foi criminalizada e rotulada como "PEC da impunidade". A Globo e o MPF formaram, então, uma associação simbiótica. No início do ano seguinte foi deflagrada a chamada operação "Lava a Jato", que sempre vi como uma Fraude Política  a Jato, uma verdadeira ORCRIM institucional, como hoje os mais bem formados, bem informados, atentos e observadores podem constatar de forma cabal. A Fraude a Jato é corolário das operações anteriores da trama golpista, notadamente das espionagens e "manifestações" de 2013, que enfraqueceram o governo popular e legítimo, abrindo caminho para a sabotagem que viria logo depois.

    Outro aspecto negligenciado pelo autor é a presença dos famigerados "P2", PMs e agentes de outras FFAA infiltrados nas "manifestações", sobretudo nos grupos que se auto-denominam "black-blocs". No Rio cheguei a ver homens de 1,80m de altura e mais de 80kg - verdadeiros trogloditas - vestidos de preto ou sem camisa, com um pano preto no rosto, deprendando lojas e bancos, aplicando voadoras sobre as vidraças; um cidadão comum jamais seria capaz dessas manobras de arte marcial. Além de depredar, eles iniciavam e estimulavam saques de lojas de departamento. Curiosamente nenhum estabelecimento bancário ou comercial entrou com ações contra o Estado, exigindo indenização; ou, se o fizeram, o PIG/PPV não noticiou.

    O autor mistura no mesmo saco Direita e Esquerda. A verdade é que alas de uma Esquerda inconseqüente e pouco alfabetizada polìticamente se juntaram à Direita e Extrema Direita, numa tentativa de capitalizar apoio dos que se mostravam descontentes com o governo da Presidenta Dilma Rousseff. A Esquerda Esclarecida e a ala que apoiava o governo legítimo não estavam naquelas manifestações, pois perceberam que as manifestações tinham um propósito claramente desestabilizador, visando enfraquecer o governo e preparar o terreno para um golpe de Estado. É certo que muitos analistas, jornalistas e mesmo estudiosos e acadêmicos embarcaram na onda e chegaram a afirmar que aquelas manifestações eram de uma juventude que não se sentia representada pelos partidos políticos existentes. Luís Nassif e Alberto dines são dois exemplos. Apenas no início do ano passado a ficha caiu para eles e muitos outros, que inicialmente se empolgaram com as "jornadas de junho de 2013".

    Em fim: o artigo se mostra superficial porque neglicenciou/omitiu aspectos importantes, os quais são essenciais à compreensão do que foram as "manifestações populares" ou também chamadas "jornadas de junho de 2013".

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