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Ensino com receita oriental

Wilson Risolia e alunos da coreana Science High School, uma academia de Ciências fundada em 1989 com foco em experimentações científicas | Foto: Divulgação Secretário Estadual de Educação do Rio busca na Coreia e na China exemplos de sucesso

Rio –  O Rio enviou uma comitiva para China e Coreia do Sul para importar receitas orientais de sucesso na educação. Professores, diretores de escolas e autoridades passaram a semana em Seul e chegam segunda-feira a Pequim.

O grupo conheceu uma política mais rígida de selecionar e promover os educadores, que, em contrapartida, são mais valorizados. Para se tornar professor na Coreia do Sul, além de cursar Pedagogia, é preciso passar por exame, entrevista e prova prática.

promoção a diretor adjunto de escola só vem depois de, no mínimo, 21 anos de rede. Cinco anos após se formar, o docente volta para a universidade e faz especialização com carga de 300 horas. O esforço compensa: o salário de um professor com 10 anos de rede é de cerca de R$ 6 mil e, a cada cinco anos, ele é transferido para novos postos de trabalho.

“Quando iniciamos nosso planejamento estratégico, em 2011, buscamos muitas informações e nos baseamos no sistema coreano e chinês. Colhemos excelentes resultados e agora queremos avançar ainda mais”, explicou o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia.

O diretor da Divisão de Planejamento Educacional do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, Chon Hong Kim, explicou que o ensino coreano se baseia no tripé “família, escola e aluno”.

“As famílias participam diretamente da educação. Vão às escolas, ajudam no trânsito na hora da entrada e saída e acompanham lições”, contou. Lá, 99% dos alunos fazem cursos extracurriculares.

Segundo a diretora geral do Ministério, Youmi Suh, o segredo do desenvolvimento educacional está na formação dos professores: “Os mais bem-avaliados recebem incentivos e treinamento no exterior”.

Proposta de intercâmbio de alunos

O secretário de Educação da província de Chungcheongbukdo (a melhor da Coreia do Sul em educação), Lee Kee Yong, e Risolia iniciaram negociação para que alunos e professores coreanos e fluminenses façam intercâmbio.

Risolia propôs a criação de colégio nos moldes do programa Dupla Escola, na área de ciências exatas, para a educação de futuros cientistas.

Na província, o professor é avaliado todo ano, e as escolas com melhores práticas de gestão levam bônus. Alunos com pior desempenho têm acompanhamento individual.

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