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Onde está Guardiola?

O Corinthians, por causa do título da Libertadores, virou modelo defensivo para os times brasileiros

Estamos em agosto, e o Brasileirão, principal competição nacional, ainda patina. Tudo por causa do calendário ruim -já foi pior-, do descaso com a qualidade dos jogos e da incompetência dos dirigentes.

O presidente da CBF, José Maria Marín, em vez de pagar a viagem dos presidentes das federações estaduais e acompanhantes para ver a Olimpíada, poderia contratar alguns jardineiros ingleses para cuidar dos gramados do Brasil.

O Atlético-MG, líder, o Fluminense, terceiro colocado, e o Corinthians, que estaria entre os primeiros se não fosse a Libertadores, jogam de maneira parecida.

Tite, que ficou bravo quando disseram que o Corinthians atuava muito recuado, como fez o Chelsea, contra Barcelona e Bayern, aprendeu com o time inglês e outros europeus, a formar uma equipe mais compacta e mais forte na defesa. Com o título da Libertadores, o Corinthians passou a ser modelo para outras equipes brasileiras.

Quando esses times perdem a bola, os jogadores pelos lados recuam para marcar ao lado dos volantes, formam uma linha de quatro no meio-campo, às vezes, muito recuada, com poucos espaços entre elas. Isso fortalece o sistema defensivo.

A dificuldade é, quando recuperam a bola, ficar muito longe do outro gol.

Além disso, os times brasileiros têm pressa de chegar ao gol, por meio de chutões e lançamentos longos. Não dá tempo para os jogadores defenderem e atacarem. Daí a diminuição no número de gols. O Atlético-MG é o time que melhor ataca e defende.

O Vasco, vice-líder, e o Grêmio, quarto colocado, são um pouco diferentes. O Vasco possui sempre três marcadores no meio-campo e mais Éder Luís, pela direita, que consegue defender e ainda voltar para atacar.

O Grêmio também forma uma linha de quatro no meio, com dois volantes e um meia de cada lado. A diferença do Grêmio é ter uma dupla de atacantes (Kléber e Marcelo Moreno), o que é, hoje, cada dia mais raro.

Enfim, os times brasileiros começam a evoluir taticamente.

Parece que acabou a longa fase de prepotência dos treinadores, de acharem que não têm nada para aprender com os técnicos de outros países.

Por falar em treinador, por onde anda Guardiola? Foi ele quem não quis continuar no Barcelona. Não ficou claro o motivo. Guardiola recusou outras ótimas propostas. Será que ele quer ficar só, desaparecer?

Ou será que se ausentou para estudar futebol e bater longos papos com o Loco Bielsa, sobre tática, como já fizeram? Será que Guardiola assiste a todos os grandes jogos, na arquibancada, disfarçado?

Redação

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