Jornal GGN – Lançada pela Defensoria Pública de São Paulo, a cartilha “Vamos falar sobre masculinidade?” traz orientações para coibir o machismo na sociedade, procurando dialogar com o público masculino.
“É preciso conversar com os homens sobre como determinados comportamentos são ofensivos às mulheres e danosos a eles mesmos”, afirma Yasmin Pestana, defensora pública e coordenadora Auxiliar do Núcleo de Promoção e Defesa das Mulheres. Serão distribuídas 10 mil nas unidades do órgão e também no site da defensoria.
“Esse perfil que a gente chama de masculinidade hegemonizada, um padrão de como deve ser o homem – não pode demonstrar sensibilidade, não pode chorar, tem que ser provedor –, tudo isso tem que ser discutido nas localidades”, diz a defensora, afirmando os homens poderão refletir sobre sua conduta.
A publicação fala sobre violência doméstica, Lei Maria da Penha e orienta sobre serviços de acolhimento. “A cartilha surge diante da necessidade de se discutir com os homens, não só aqueles que já tiveram envolvimento criminal com violência doméstica, mas todos os homens, sobre o machismo”, pontua Pestana
Para ela, é preciso refletir sobre o vínculo entre masculinidade, agressividade e autoritarismo, que acaba resultando na prática da violência doméstica.
O núcleo de Yasmin procurar fornecer suporte teórico e prático aos defensores públicos, em âmbito estadual, com cerca de 40 municípios atendidos. O núcleo da Defensoria também é responsável por fiscalizar e monitorar políticas públicas voltadas à proteção da mulher.
Além da cartilha, a Defensoria Pública também irá organizar dois eventos para discutir gênero e masculinidade nas cidades de Santo André e Ferraz de Vasconcelos. Os debates são abertos para o público e não há necessidade de inscrição.
Terça-feira (14) – 19h às 21h30 – Defensoria Pública em Santo André – Rua Senador Fláquer, nº 922, bairro Casa Branca
Quarta-feira (15) – 17h às 19h30 – Defensoria Pública em Ferraz de Vasconcelos – Rua Carlos Gomes, nº 215, Vila Romanópolis