Onde serão construídos os novos equipamentos públicos da cidade?

Jornal GGN – O prefeito Fernando Haddad assinou o decreto nº56701 anunciando a divulgação do registro de imóveis da cidade. Os dados podem ser acessados pelo site do GeoSampa, mecanismo de transparência da gestão urbana da cidade de São Paulo. Leia aqui e aqui as notícias em dezembro de 2015. 

Em fevereiro deste ano, a nova lei de zoneamento esteve em pauta na câmara dos deputados, nos jornais e na vizinhança. Aprovada dia 25 de fevereiro, uma proposta da Gestão Urbana do município reintera a possibilidade de criação de creches e postos de saúde em 3,2 milhões de m² de áreas verdes públicas na periferia. Os argumentos da secretarias podem ser lidos em artigo publicado aqui.

Com ajuda de um robô, o projeto Código Urbano raspou a base de dados do GeoSampa e identificou 4 milhões de metros quadrados de terrenos livres. O mapeamento está publicado aquiNo dia 16 de março, o projeto de jornalismo investigativo Arquitetura da Gentrificação denunciou ilegalidade em mudança recente feita na plataforma GeoSampa. 

Agora é necessário identificar-se como humano para acessar o banco de dados do GeoSampa. A descoberta de que existem 4 milhões de metros quadrados de terrenos livres na cidade, feita por um robô, não poderá ser refeita. O GeoSampa é um mecanismo de transparência para que a sociedade civil possa debater, por exemplo, a localidade dos equipamentos públicos a serem construidos em áreas desprovidas.

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Após grupo usar dados públicos, prefeitura de SP retrocede em transparência e dificulta acesso a informações, por Arquitetura da Gentrificação

Redação

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  • Cadê a ilegalidade? Negar acesso a robô?

    Cadê a ilegalidade? Negar acesso a robô? Lamento mas a questão é técnica. Interfaces para seres humanos não são para robôs, o dimensionamento do sistema é outro, a quantidade de consultas que um ser humano gera é diferente da quantidade de consultas feitas por um robô. É possível que devido ao uso dos robôs, cidadãos de carne e osso não possam acessar o sistema. Ou, para sustentar as demandas dos robôs, o sistema precisará de muito mais recursos. É prática comum de qualquer desenvolvedor bloquear o acesso de robôs a interface de usuário.

    Se a organização tem uma demanda legítima, não custa nada tentar pedir acesso direto ao banco de dados localmente ou pedir que seja desenvolvida um outro tipo de interface para pesquisas pesadas. A lei da transparência está do seu lado. Por qual motivo o sistema deve privilegiar uma organização capaz de construir um robô para a pesquisa no lugar de um cidadão comum, leigo em informática?

     

     

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