Terremoto que atingiu o México foi o maior nos últimos 32 anos


Prédios de Oaxaca danificados após o México ter sido fortemente sacudido por um terremoto de 8,4 pontos de magnitude na escala Richter – Foto: Mario Arturo Martinez/EPA/Lusa

Da Agência Brasil

O terremoto que atingiu a costa sudoeste do México foi o mais forte registrado no país nos últimos 32 anos. Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (OBSIS/UnB), o fenômeno natural, que teve magnitude 8,1 na escala Richter (considerado forte), aconteceu por conta de uma falha normal em uma profundidade intermediária.

O terremoto atingiu a costa na costa sudoeste do México, próximo da cidade de Chiapas, às 23h49 de quinta-feira (7). Segundo informações do Observatório, foi gerado um alerta de tsunami na região.

Até o momento, foram registrados cinco terremotos secundários, com magnitudes entre 4,9 e 6,1, pelo sistema do OBSIS/UnB. Um alerta de Tsunami foi gerado para a região e as ondas podem atingir até 3 metros de altura, segundo o professor Marcelo Rocha, do Observatório Sismológico.

A região é considerada propícia a terremotos por conta de duas placas, a de Cocos e a placa do Caribe. De acordo com Rocha, a placa do Caribe está entrando embaixo da placa de Cocos. O terremoto é a consequência de vários anos de acúmulo de energia sísmica entre as placas.


Hotel afetado por terremoto no estado de Oaxaca, no MéxicoÁngel Hernández/EFE

Terremotos desse tamanho são descritos de forma mais apropriada como deslizamentos sobre uma área de falha maior. Os eventos de falha normal do tamanho do terremoto do dia 8 são tipicamente cerca de 200×50 km (comprimento x largura).

Ao longo do último século, a região dentro de uma área de 250 km do hipocentro do terremoto sofreu outros oito abalos sísmicos de magnitude maior que 7. A maioria ocorreu na zona ao sudeste do evento perto da fronteira México-Guatemala, e nenhuma foi maior que a magnitude de 7,5.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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