Dilma orientou exclusão de perdas do balanço da Petrobras, diz jornal

Jornal GGN – A decisão de divulgar o balanço financeiro trimestral da Petrobras sem contabilizar as perdas envolvendo dos desvios de dinheiro decorrentes dos esquemas investigados pela Operação Lava Jato teria tido “o dedo do Palácio do Planalto”. A presidente Dilma Rousseff acompanhou pessoalmente o assunto, diz O Estado de S. Paulo em matéria sem fonte.

Segundo o jornal, incluir o prejuízo no balanço da estatal foi avaliado como um risco à empresa, “que poderia ter suas contas rejeitadas por CVM e SEC, com sérias consequências para sua diretoria e conselheiros”.

O Planalto teria avaliado também que abordar o tal prejuízo sem previsão seria “chancelar” um dado que ninguém, na verdade, sabe precisar. “Dentro desse raciocínio, a decisão foi de que o melhor é não apresentar nenhum dado, por ora, até se encontrar o método considerado aceitável de precisão de cálculo”, diz o off. 

Na quarta-feira (28), o jornal O Globo publicou uma entrevista com o procurador da República no Paraná Deltan Dallagnol, que atua na Operação Lava Jato. Segundo ele, ainda é difícil cravar um número que represente os desvios que ocorreram na Petrobras.

“Existem estimativas feitas na imprensa de que o valor do prejuízo seria superior a 10 bilhões de reais. Contudo, a fonte desse número são relatórios do COAF sobre movimentações suspeitas, relativas a diversos investigados e não necessariamente relacionadas à Petrobras. É difícil fazer uma estimativa, mas alguns parâmetros apontam hoje para prejuízos superiores a 5 bilhões de reais apenas na área de abastecimento. Não podemos esquecer que houve corrupção já comprovada também na área internacional, o que pode elevar a estimativa”, comentou.

Com informações de Estadão e O Globo

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

View Comments

  • Mas, meu Deus, para tomar

    Mas, meu Deus, para tomar essa decisão esdrúxula era necessário esperar quase três meses, criando expectativas falsas?

    É essa a tão propagandeada "nova governança" da Petrobras? Vamos muito mal.

  • "Existem estimativas feitas

    "Existem estimativas feitas na imprensa de que o valor do prejuízo..." Eles vazam e depois dizem que é a imprensa. Que conluio do cão!!!

  • Isso é intriga da oposição

    Isso é intriga da oposição para envolver  Dilma.  Petrobras é mais do independente, tem poder de fazer o quiser sem que deva satisfação a seu ninguém

  • Se o fez...

    Fez muito bem!

    Embora não creia que tenha autoridade para isso. Influência sim.

    Balanço não é lugar de brincar de conjecturas bilionárias.

  • Dilema político-contábil

    Não sei qual a mágica que estão tentando aplicar. Acho empulhação. É impossível (ou quase) quantificar o over price embutido nos ativos ou investimentos sem uma devassa em todos os contratos e projetos da Petrobrás. Sobretudo pela dificuldade de retroagir às datas, preços e cambio da época de cada evento. O roubo, os tais 3%, os desvios estão imobilizados e fim de papo....não é prejuizo......não é conta de resultado......é conta patrimonial. Bem, há uma saida: reavaliação de ativos....com redução patrimonial....e tributação do excedente das amortizações e depreciações.

  • Dilema político-contábil

    Não sei qual a mágica que estão tentando aplicar. Acho empulhação. É impossível (ou quase) quantificar o over price embutido nos ativos ou investimentos sem uma devassa em todos os contratos e projetos da Petrobrás. Sobretudo pela dificuldade de retroagir às datas, preços e cambio da época de cada evento. O roubo, os tais 3%, os desvios estão imobilizados e fim de papo....não é prejuizo......não é conta de resultado......é conta patrimonial. Bem, há uma saida: reavaliação de ativos....com redução patrimonial....e tributação do excedente das amortizações e depreciações.

  • Mas isso é evidente, balanço

    Mas isso é evidente, balanço é coisa séria, nao se pode chutar um número e tirar do balanço. Tem que justificar e muito bem justificado em normas e parametros contábeis. 

    Creio que o que se possa fazer é uma completa reavaliação dos ativos, nada mais que isso. 

  • Prejuízo na Petrobras

    Não é possível colocar no balanço da Petrobras nenhum prejuizo. Se houve obra superfaturada e a Petrobras já pagou por ela, o prejuizo já foi incorporado como custo. Ou seja todas as obras que tiveram seus preços majorados para gerar uma propina de 3% como dizem, e a Petrobras já efetuou o pagamento, o prejuizo ja está embutido nos custos aumentados. Dessa forma, se as obras já foram pagas, o prejuizo já ocorreu na diminuição do lucro auferido. Se for colocado no balanço algum tipo de prejuizo por obras superfaturadas e já pagas, a Petrobrás estará sendo penalizada duas vezes.

  • Balanço

    Qualquer que fosse o "prejuizo" apresentado - 50 milhões ou 50 bilhões - haveria um monte de gente apontando fraude nos cálculos, e o assunto renderia manchetes escandalosas mais algumas semanas. Não existe maneira de quantificar o suposto "prejuizo", porque não existe limite para o lucro das empresas contratantes.  Suponhamos que uma obra tenha custado X, 20% acima do que seria o "custo".  Quanto disso é lucro lícito e quanto é ilícito? Claro  que pode ter havido suborno de funcionários da área, mas terá ele saído de sobrepreço ou do lucro da empresa? 

  • Pelo jeito vivemos uma repetição de "O petróleo é nosso"

    Está ficando gritante o conluio para detonar com a Petrobrás e o Governo Federal.

     

    Um artigo assinado pelo Torres Freire (?) no UOL, hoje, é um descarado lobby para a demissão de Graça Foster e a condução de algum "top do mercado" (deve ser algum Pires, Steinbruch ou Zilberstejn da vida, de certo algum campeão da mídia) para o comando da estatal.

    A receita do tal artigo é a manjada de sempre: Como fontes "cúpula do Governo", "gente do Governo", "pessoas de relevância no Governo", Conselheiros, Ministros etc.

    Pelo jeito, revivemos hoje a batalha do "Petróleo é nosso", ao invés de Getúlio, Dilma. Ao invés de Chateubriant, Marinhos (e penduricalhos). Ao invés de Lacerda, Serra ou Aécio. Ao invés da Aeronáutica, o Judiciário.

Recent Posts

Reajuste dos planos de saúde: por que a ANS é omissa na regulação dos preços abusivos?

Pacientes ficam à mercê de reajustes abusivos e desamparados com rescisões de contratos cada vez…

9 minutos ago

Moro escreveu recado duro a Salomão na primeira intimação que recebeu do CNJ; oficiais levaram 2 meses para encontrá-lo

Bilhete antecipa parte da defesa que Moro fará perante o plenário do CNJ; saiba o…

13 minutos ago

O STF e os guardas da porta do presídio, por Luís Nassif

Se CNJ e CNMP não enfrentarem os desafios no horizonte, desaparecerá o último bastião institucional:…

16 minutos ago

Parece que uma anistia está sendo urdida, por Fernando Castilho

Muita gente já esqueceu as centenas de milhares de mortes pela Covid-19, a tentativa de…

18 minutos ago

Câmara da Argentina aprova projeto de reforma econômica de Milei

Câmara ainda precisa votar, à parte, o projeto sobre aumento de impostos para pessoas físicas…

36 minutos ago

Mais intensa, onda de calor segue até 10 de maio

Alta pressão atmosférica bloqueia a formação de nuvens de chuvas intensas e mantém temperaturas até…

46 minutos ago