Foto: Marcos Correa/PR
Jornal GGN – O presidente Michel Temer pretende aproveitar o recesso parlamentar para mudar o foco da agenda política, abafando a denúncia contra ele que deverá ser votada no dia 2 de agosto, na Câmara dos Deputados.
Além disso, a ideia é chamar a atenção para um discurso de retomada de reformas, como a previdenciária e a tributária, em um cenário que ainda pode ficar pior para o presidente.
Entre os fatos negativos que podem surgir contra Temer, estão uma nova denúncia da Procuradoria-Geral da República, por obstrução de Justiça, e as possíveis delações premiadas do doleiro Lúcio Funaro e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente acredita que é necessário se reaproximar de empresários, daí a ideia de discutir a reforma tributária e a previdenciária.
Ainda de acordo com o jornal, Temer vai gravar vídeos nesta segunda (17) nos quais vai defender a reforma trabalhista, aprovada na semana passada no Senado, e também falar sobre a continuidade de outras mudanças na legislação. Além disso, o presidente tem uma reunião marcada com centrais sindicais para a quarta-feira.
Outro ponto na tentativa de mudar o foco da agenda seria a apresentação de uma medida provisória alterando as regras do PIS e da Cofins, após o retorno do recesso parlamentar.
Entretanto, a oposição acredita que o esforço do Planalto será em vão e que outros fatos vão piorar a situação do presidente. Carlos Zarattini, líder do PT, afirma que o “orçamento está em uma situação caótica” e que os efeitos do controle de gastos será sentido a partir de agosto.
“As verbas para custeio dos ministérios estão acabando, e isso vai atingir concretamente a população. O governo está sem uma pauta real”, afirma.