Cultura

Alfredo Dias Gomes presta homenagem ao ídolo Elvin Jones, por Carlos Motta

Alfredo Dias Gomes presta homenagem ao ídolo Elvin Jones

por Carlos Motta

Acompanhado por um respeitável time de músicos (Jessé Sadoc, trompete e flugelhorn; David Feldman, piano; Jefferson Lescowich, baixo acústico), o baterista carioca Alfredo Dias Gomes comemora três décadas de carreira solo – e mais de uma dezena de discos lançados –  com seu novo álbum “Tributo a Elvin Jones”. Gravado em seu próprio estúdio, na Lagoa, com o engenheiro de som Thiago Kropf, o disco pode ser ouvido nas plataformas digitais – download e streaming na Apple Music, Spotify, Deezer, Amazon e YouTube Music.

“O fascínio pelo estilo de Elvin Jones é antigo”, diz Alfredo. “A primeira vez que o vi tocando foi em uma fita de vídeo VHS, ainda nos anos 80. Ele tocava jazz, mas de uma maneira diferente, com um estilo vigoroso, com uma pegada quase rock. Isso me fascinava, especialmente porque naquela época eu tocava fusion”. Desde então, a vontade de gravar Elvin Jones foi amadurecendo. Ao pesquisar sobre o baterista, Alfredo percebeu que em 2024 faz 20 anos de seu falecimento, ocorrido em 18 de maio de 2004. Foi então que decidiu fazer essa homenagem.

Durante a gravação, Alfredo Dias Gomes fez ajustes especiais na sua bateria para capturar o estilo único de Elvin Jones. “Mudei toda a afinação, soltei a pele do bumbo e afinei no estilo do som do Elvin.” Essas modificações permitiram que Alfredo reproduzisse o estilo do renomado baterista de jazz.

No repertório de “Tributo a Elvin Jones”, Alfredo selecionou algumas músicas icônicas do baterista, como “Three Card Molly”, “Whatever Possessed Me”, “Someone’s Rocking My Jazzboat”, “October Child” e “Day and Night”. Além dessas, o lançamento apresenta uma composição original de Alfredo Dias Gomes, intitulada “Drum Solo & Duo”, com a participação do baixista Jefferson Lescowich.

Nascido no Rio de Janeiro, Alfredo Dias Gomes estreou profissionalmente na música instrumental aos 18 anos, tocando na banda de Hermeto Pascoal, com quem gravou o disco “Cérebro Magnético” e participou de inúmeros shows, com destaque para o “II Festival Internacional de Jazz de São Paulo”. Também tocou e gravou com Márcio Montarroyos, Ricardo Silveira, Arthur Maia, Nico Assumpção, Ivan Lins e muitos outros, além de participar da primeira formação do grupo Heróis da Resistência.

Em sua discografia, Alfredo lançou três singles (“A Lenda”, de 2023, “Vou Deitar e Rolar”, de 2020, e “Serviço Secreto”, de 1985) e os álbuns: “Metrópole” (2021), “Jazz Standards” (2020), “Solar” (2019), “JAM” (2018), “Tributo a Don Alias” (2017), “Pulse” (2016), “Looking Back” (2015), “Corona Borealis” (2010), “Groove” (2005), “ECOS” (2000), “Atmosfera” (1996, com participações de Frank Gambale), “Alfredo Dias Gomes” (1991, com a participação especial de Ivan Lins).

Redação

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