Categories: Poesia

Contemplação

Contemplação

dec.80

Se me apresento ao mundo

Com olhos de estar distantes

Pode parecer aos que são contentes

Desinteresse, descaso ou desquerer.

Eis que não são olhos de enxergar.

São olhos de olhar, não são olhos de ver.

Se meus olhos não perguntam,

É porque não são olhos de inquirir.

Não procuram no que vêem

Nenhum sentido a se buscar.

Talvez tenham à vista horizonte tão largo

E tão plano

Que não exista um único, um só ponto

A chamar sua atenção.

Entre confusos e perplexos,

Contemplantes.

Não são olhos de argüir,

Não procuram,

São olhos de achar.

Redação

Redação

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