Cientistas usam nanotecnologia para criar armadilhas contra percevejos

Jornal GGN – Pesquisadores da Stony Brook University, nos Estados Unidos, desenvolveram, a partir de nanotecnologia, um tipo de teia artificial composta por microfibras cerca de 50 vezes mais finas do que um fio de cabelo humano. A teia, que age como armadilha contra percevejos e outros insetos, impede a locomoção, alimentação e, consequentemente, a reprodução dos insetos, contendo infestações. O recurso é considerado seguro tanto para humanos quanto animais domésticos, já que não utiliza compostos químicos.

A teia nanotecnológica está em fase de registro de patente, mas já está sendo comercializada por uma empresa especializada em métodos não tóxicos de controle de pragas. O novo tipo de “armadilha” foi desenvolvida no Centro de Tecnologia Avançada da Stony Brook University, em um programa cujo principal objetivo é incentivar uma maior colaboração tecnológica e econômica entre a indústria e as universidades de pesquisa.

A pesquisadora Miriam Rafailovich, professora de Ciência de Materiais e Engenharia e codiretora do Programa de Engenharia Química e Molecular da Stony Brook University, explica que a teia é milhões de vezes mais densa do que produtos têxteis como tecidos ou tapetes. Por isso, as minúsculas fibras da teia são capazes de aprisionar os insetos. “As microfibras prendem [os insetos], unindo-se em suas patas por meio das microestruturas, tirando sua capacidade de locomoção e impedindo-os de se alimentar e de se reproduzir”, afirma.

Ao longo do desenvolvimento da teia nanotecnológica, os pesquisadores fizeram testes – todos bem sucedidos, segundo eles – usando percevejos e cupins de laboratório. A meta do grupo de pesquisadores é levar a tecnologia ao consumidor e ajudar as pessoas a se livrarem dos insetos. No caso dos percevejos (Cimex lectularius), o problema está no fato de que eles se alimentam do sangue das pessoas, enquanto elas dormem. Pesquisas apontam que as mordidas desses insetos podem causar desde apenas uma marca imperceptível como reações alérgicas graves nos humanos parasitados.

Confira o vídeo que mostra percevejos sendo capturados pela teia:
 

 

Redação

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