“Eles estão fazendo os testes básicos e, nos próximos dias, começarão a interagir com um ambiente virtual e com uma veste robótica estática, que permite que andem sem sair do lugar. Podemos medir a reação do paciente, como ele está se saindo, calibrar os dados de cada paciente antes da chegada do exoesqueleto ao Brasil, prevista para fevereiro”, explicou o coordenador do projeto Andar de Novo, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.
“O nosso objetivo é criar novas tecnologias que possam restabelecer de uma forma significativa o controle motor em pacientes que sofram com lesões da medula espinal e outras doenças neurológicas que geram um grau de paralisia muito severo”, explica. O projeto conta com a participação do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra, idealizado por Miguel Nicolelis, e a parceria da AACD, mas é um consórcio internacional sem fins lucrativos.
“Não precisamos inovar como os outros países inovaram. Podemos ter a nossa própria estratégia de desenvolver uma indústria biomédica, ou uma ciência que tenha impacto para a sociedade. Se tudo der certo do jeito que a gente planejou, é um marco para a ciência brasileira. É uma maneira totalmente nova de mostrar para pessoas que jamais teriam contato com notícias científicas que a ciência está em todo lugar, que a ciência faz parte da nossa vida. Vai ser como colocar o homem na lua”, compara Nicolelis.
O projeto Andar de Novo é apoiado pela Agência Brasileira da Inovação (Finep), com R$ 33 milhões, mas também abarca a participação de cientistas da Universidade de Duke, na Carolina do Norte (Estados Unidos), onde o professor Nicolelis leciona, além de universidades dos estados norte-americanos do Colorado, Kentucky e Califórnia, instituições europeias em Munique (Alemanha), em Lausanne (Suíça), e em Paris (França).
Com informações do Portal da Copa.
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