Economia

Bancos adotam ‘contabilidade criativa’ nos EUA, diz site

As instituições financeiras nos Estados Unidos podem estar lançando mão de manobras contábeis para reduzir suas perdas, como forma de evitar as falências vistas ao longo das últimas semanas.

Após o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank em março, investidores começaram a questionar os balanços e, segundo o site Accounting Today, algumas instituições reclassificaram ativos de “disponíveis para venda” (available for sale) para “mantidos até o vencimento” (held to maturity).

Por conta das perdas observadas no ano passado por conta da alta dos juros, tal manobra permitiu a instituições que evitassem perdas semelhantes às que levaram o Silicon Valley Bank à falência, uma vez que a instituição precisou vender seus títulos do Tesouro por um valor menor do que o pago na aquisição.

A reclassificação de ativos não atingiu apenas bancos menores – instituições como JPMorgan Chase, Truist Financial, Wells Fargo e US Bancorp reavaliaram centenas de bilhões de dólares em ativos.

Porém, as instituições correm outros tipos de risco, que começaram a ser investigadas pela U.S. Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM norte-americana) após as falências do SVB e do Signature Bank.

Entre os pontos que levantaram dúvidas, estão as vendas de ações por alguns dos principais executivos do SVB algumas semanas antes do colapso da instituição, e o papel dos auditores que só deixaram a situação clara pouco dos bancos fecharem.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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