Economia

BC segue com realidade paralela e mantém juros em 13,75%

O Banco Central não tem dado ouvidos aos críticos e manteve a taxa básica de juros do país estável em 13,75%, e deu a entender que a Selic pode subir nas próximas reuniões.

“Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento”, disse o Comitê de Política Monetária (Copom), em nota divulgada após a reunião.

“Em paralelo, dados recentes de atividade e inflação globais se mantêm resilientes e a política monetária nas economias centrais segue avançando em trajetória contracionista”.

No cenário doméstico, o colegiado diz que “o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom”, enquanto afirma que a inflação ao consumidor e as diversas medidas subjacentes seguem acima da meta da inflação.

“Por um lado, a recente reoneração dos combustíveis reduziu a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo. Por outro lado, a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária”, diz o Copom, comandado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

Sobre as perspectivas futuras, o Copom diz que continua avaliando se a manutenção dos juros estáveis por período prolongado poderá garantir a convergência da inflação, e sinalizou que a taxa Selic pode subir “caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

Leia abaixo a visão do jornalista Luis Nassif a respeito da atuação do Banco Central presidido por Campos Neto.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  • Os golpes com o PIX são brincadeiras infantis perto do golpe dos JUROS ESTRATOSFÉRICOS aplicados no Estado brasileiro pelo Banco Central para maximizar os lucros privados dos banqueiros com apoio da imprensa nóia-neoliberal. A dependência do BC do mercado é apenas um instrumento lucrativo nas mãos dos criminosos financeiros. Mas os crimes que eles cometem em escala industrial são considerados legais.

  • No relatório do COPOM sobre as razões para manutenção da taxa pornográfica, faltou dizer o verdadeiro motivo para tal temeridade. Na peça produzida pelos MARKET BOYS, eles esqueceram de informar que seu amo, o DEUS MERCADO, NÃO AUTORIZOU A REDUÇÃO DOS JUROS.Mas convenhamos, o que esperar de uma malta que nasceu e cresceu no mercados, ganharam e ganham dinheiro no mercado, aprenderam que o único método de combate a inflação é aumentara taxa de juros, que ao deixarem o BCB voltam com mais prestígio e melhores salários para os seus ninhos de aves de rapina. E para facilitar o seu modus operandi, se baseiam em metas inflacionárias, fundamentadas na chutometria dos pseudo economistas adeptos do deus mercado. É fato notório que durante os 23 anos de sua existência, nunca acertaram o centro da meta. Dá para acreditar nessa geente?

  • A análise puramente estatística da realidade econômica, sem se importar com a dor de barriga sofrida por cada componente é o que se vê na decisão do COPOM. Cada país com sua realidade, Reino Unido, EUA, EUROPA, Japão, entre outros países, tem uma realidade. E trabalham de acordo com essa realidade. O Brasil, em decomposição, com dificuldades de se resolver, de ser um ambiente mais favorável de negócios, não pode ficar esperando de braços cruzados, jogando roleta russa com os juros e sem qualquer comprometimento maior. Se o paciente tem resistido, do ponto de vista do patamar econômico ocupado pelo Brasil, é um desperdício. Há uma inversão de valores no País. Com Alexandre Tombini os juros foram a 7,25 e com Campos Neto abaixo de 3,0pp e em ambos os casos voltou a subir por causa da inflação. Ao invés de consertar o BCB e ter um órgão competente e eficaz, a genialidade brasileira resolveu que o mandato de quatro anos para a presidência e diretoria do BCB seria a solução definitiva pro País. Imagine, se Tombini tivesse mandato de quatro anos. E agora Campos Neto com a mesma lógica de não ter eficiência na condução da "política monetária" que engessa o País e não faz outra coisa a não ser o que até mesmo uma IA faria igual. Asfixiar a economia, os agentes produtivos da economia até que a inflação entre no número razoável e depois começar tudo de novo, igualzinho. Sem crescimento, sem ganhos de produtividade, sem ganhos de renda por competência superior, sem evoluir como sociedade econômica e presumivelmente civilizada.

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