Jornal GGN – A percepção de melhora da economia brasileira tem trazido os investidores de volta para a bolsa brasileira, e o pregão manteve o ritmo de valorização apurado na segunda-feira (22), aproximando-se da marca de 49 mil pontos – desempenho registrado pela última vez em meados de junho. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em alta de 0,51%, aos 48.819 pontos e um volume negociado de R$ 5,635 bilhões. Com o resultado, os ganhos no mês chegam a 2,87%, e a perda em 2013 é de 19,90%.
“A bolsa chegou a disparar em relação aos seus pares lá fora, mas chamou realização no fim do dia. Caminhamos para o primeiro mês de fechamento positivo no ano, após seis meses de queda”, diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.
Os ganhos só foram afetados pela divulgação de dados econômicos abaixo da expectativa nos Estados Unidos, como o avanço de 0,7% no índice de preços de moradias no país. Mas o sinal favorável foi emitido pela China. Em pronunciamento, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que o governo não vai permitir que o crescimento do país seja inferior a 7%, uma vez que isso afetaria a meta de dobrar o tamanho da economia do país nesta década. “A China está tentando mostrar que vai desacelerar, mas que não vai ser nada traumático. No Brasil, o anúncio do corte de orçamento foi um grande paliativo, mas mostrou uma mudança de postura”, afirma o analista.
Também é importante lembrar que os papéis da bolsa brasileira encontram-se desvalorizados em relação a outros centros de negociação. “Nossa bolsa está muito atrasada em relação aos seus pares, e houve uma pequena melhora de curto prazo. [Ben] Bernanke [presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos] acalmou o mercado e praticamente arrumou o mês de julho para as bolsas. E a sinalização do primeiro-ministro da China de que o país vai perseguir um crescimento de 7,5% também foi algo bem visto”, explica Galdi.
Quanto ao câmbio, as negociações voltaram a registrar baixa, acompanhando o ritmo dos negócios no exterior. O preço no balcão fechou em queda de 0,54%, cotado a R$ 2,2240. Em julho, a cotação da moeda acumula baixa de 0,31%, ao passo que a valorização no ano chega a 8,75%. As informações são do serviço Broadcast, da Agência Estado. A moeda chegou a abrir em leve alta, mas voltou a recuar, por conta do comportamento do setor externo, e exportadores e importadores aproveitaram o dia para refazer suas posições. O Banco Central permaneceu fora das negociações, após realizar três leilões de swap cambial (operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro).
Quanto à temporada de balanços, Galdi afirma que o impacto dos resultados será localizado nos papéis – para esta quarta-feira (24), o mercado aguarda a divulgação dos resultados de empresas como a Telefonica/Vivo, Natura e Fíbria. Em termos de indicadores macroeconômicos, destaque para a divulgação do PMI (índice de gerentes de compras, elaborado pelo banco HSBC) na China e na zona do euro, além dos dados primários da indústria da zona do euro. “O PMI será o vetor da balança, principalmente os dados da China. Se eles forem bons, o mercado zera suas posições, e se for bom haverá valorização”, acredita Galdi.
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