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Confiança do empresário industrial tem pior resultado desde 2009

Jornal GGN – O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) chegou a 49,9 pontos no mês de julho e ficou bem próximo da linha divisória de 50 pontos, segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A retração de 4,9 pontos percentuais apurada ante o registrado em junho levou o indicador ao seu menor resultado desde abril de 2009, quando o Brasil enfrentava os efeitos da crise financeira internacional. O ICEI varia de zero a cem e, segundo a metodologia do índice, um resultado abaixo de 50 indica falta de confiança.

Os níveis de confiança foram reduzidos em todos os segmentos da indústria, mas o pessimismo foi visto com mais força no setor de transformação, em que o índice chegou a 49,2 pontos. No caso das indústrias de construção e extrativa, os índices seguem acima de 50 pontos: 51,2 e 52,3 pontos, respectivamente. “Há dois motivos para a queda da confiança em julho. O primeiro é a retomada da política de elevação dos juros e, o segundo, os protestos da população”, avalia o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

A percepção dos empresários é de que a situação de suas empresas e, sobretudo da economia brasileira, piorou na comparação com os últimos seis meses (índices de 44,7 e 34,1 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos). Segundo o levantamento, as expectativas para os próximos seis meses com relação à própria empresa ainda são positivas (58,2 pontos, abaixo dos 62,1 pontos registrados no mês anterior), mas os empresários acreditam que a economia brasileira continuará se deteriorando (46,8 pontos, ante 52,2 pontos em junho). Como está abaixo de 50 pontos, indica expectativas de piora.

Na visão de Fonseca, a queda na confiança dos empresários indica que a economia terá dificuldades de recuperação. “O empresário que não está muito confiante é mais conservador na hora de expandir a produção. Baixa confiança significa baixo investimento, baixa contratação de trabalhadores e baixa atividade industrial”, completa.

A pesquisa do ICEI foi feita entre 1º e 12 de julho com 2.475 empresas, das quais 874 são pequenas, 973 médias e 628 grandes.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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