Economia

Copom reduz juros para 11,25% ao ano

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) manteve o ritmo de queda da taxa básica de juros e reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de 11,75% para 11,25%, em decisão que já era esperada pelos analistas.

Segundo comunicado divulgado após a reunião, a decisão tomada de forma unanime pelo colegiado “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025”.

Ao analisar o cenário internacional, o Copom citou a volatilidade do cenário, com destaque para o início do ciclo de flexibilização de política monetária nas principais economias e pelas reduções nos núcleos inflacionários, embora as variações em diversos países permaneçam elevadas.

Dentro do cenário doméstico, o colegiado enfatizou que o “conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom”, mas ressalta a existência de fatores de risco em ambas as direções.

Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, o Copom lista “(i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado”.

Entre os riscos de baixa, ressaltam-se “(i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado”.  

“O Comitê avalia que a conjuntura, em particular devido ao cenário internacional, segue incerta e exige cautela na condução da política monetária”, diz o Copom, ressaltando a “importância da firme persecução” das metas fiscais estabelecidas e “serenidade e moderação na condução da política monetária”.

Caso o cenário esperado seja confirmado, os integrantes do Copom indicam que o ritmo de queda dos juros deve se manter em 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões, uma vez que “esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

A íntegra do comunicado do Banco Central pode ser acessada clicando aqui

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Recent Posts

Petrobras reduz preço do gás natural para as distribuidoras

Potencial de queda chega a 35%, a depender dos contratos e volumes movimentados; queda no…

10 horas ago

Medida provisória viabiliza importação de arroz

Para evitar especulação e manter preço estável, governo federal autoriza a compra de até 1…

11 horas ago

Governo do RS levou meses e milhões para projeto climático; UFRGS o faz em dias

Governo de Eduardo Leite levou mais de 7 meses e R$ 2 milhões para projeto…

12 horas ago

O discurso conservador e ultra-ideológico de Javier Milei em política exterior

Os “libertários” desconfiam da política exterior ativa, não acreditam em regimes internacionais e aspiram a…

12 horas ago

As tragédias das enchentes, por Heraldo Campos

As tragédias das enchentes não são de agora, mas as atuais são mais graves, comprovadamente,…

12 horas ago

Ministério das Mulheres recebe denúncias de abusos em abrigos no RS

Relatos foram apresentados em reunião online; Prefeitura de Porto Alegre anuncia abrigos exclusivos para mulheres…

13 horas ago