Dívida pública federal chega a R$ 2,878 tri em maio

Jornal GGN – O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,82% em termos nominais durante o mês de maio, passando de R$ 2,799 trilhões para R$ 2,878 trilhões, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. As emissões da DPF corresponderam a R$ 55,80 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 11,48 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 44,32 bilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve o estoque ampliado em 2,77% ao passar de R$ 2,670 trilhões para R$ 2,744 trilhões, devido à emissão líquida, no valor de R$ 44,69 bilhões, e pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 29,28 bilhões.

Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), houve aumento de 3,94% na comparação com o resultado do mês anterior, chegando a R$ 134,70 bilhões, equivalentes a US$ 37,47 bilhões. Desse total, R$ 122,42 bilhões (US$ 34,05 bilhões) referem-se à dívida mobiliária (títulos), e R$ 12,28 bilhões (US$ 3,42 bilhões), à dívida contratual. A variação deveu-se principalmente à desvalorização do real frente às moedas que compõem o estoque da dívida externa.

No mês de maio, as emissões da DPF corresponderam a R$ 55,80 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 11,48 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 44,32 bilhões, sendo R$ 44,69 bilhões referentes à emissão líquida da DPMFi e R$ 370 milhões referente ao resgate líquido da DPFe.

As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 55,80 bilhões: R$ 42,04 bilhões (75,33%) em títulos com remuneração prefixada; R$ 9,70 bilhões (17,39%) remunerados por índice de preços e R$ 4 bilhões (7,18%) em títulos indexados a taxa flutuante. Do total das emissões, R$ 52,65 bilhões foram emitidos nos leilões tradicionais e R$ 0,25 bilhão nos leilões de troca, além de R$ 1,43 bilhão relativo às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto e R$ 1,47 bilhão relativo às emissões diretas.

Em relação à composição da DPF, houve redução na participação da DPMFi, passando de 95,37%, em abril, para 95,32%, em maio. Em contrapartida, a DPFe teve sua participação aumentada de 4,63% para 4,68%. A parcela dos títulos com remuneração prefixada da DPF passou de 34,48%, em abril, para 35,32%, em maio. A participação dos títulos indexados a índice de preços apresentou redução, passando de 34,55% para 33,96%. Já os títulos remunerados por taxa flutuante passaram de 26,16% para 25,84% do estoque.

De acordo com o Tesouro Nacional, o percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses subiu de 18,86%, em abril, para 20,40%, em maio. O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 19,15%, em abril, para 20,76%, em maio. Os títulos prefixados correspondem a 63,72% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a índices de preço, os quais apresentam participação de 31,02% desse total.

Em relação à DPFe, observou-se que o percentual vincendo em 12 meses passou de 12,86%, em abril, para 12,88%, em maio, sendo os títulos e contratos denominados em dólar responsáveis por 82,42% desse montante. Destaca-se que os vencimentos acima de 5 anos respondem por 50,20% do estoque da DPFe.

O prazo médio da DPF apresentou redução, passando de 4,75 anos, em abril, para 4,67 anos, em maio. O prazo médio da DPMFi diminuiu, ao passar de 4,64 anos para 4,55 anos. Já o prazo médio da DPFe passou de 7,11 anos para 7,04 anos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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