O IPCA-15 em 12 meses chegou aos 10,05%, entrando pela primeira vez na casa dos dois dígitos. É a inflação Paulo Guedes. Seu esboço de política econômica consistia em uma enorme desvalorização do real e uma tentativa de redução da taxa de juros. Desta forma, o país poderia salvar o crescimento através do aumento das exportações – especialmente de manufaturados, que ganham competitividade com o câmbio desvalorizado.
Desdenhou vários aspectos da conjuntura:
Nesse momento, o correto seria atuar sobre o câmbio, através das reservas cambiais administradas pelo Banco Central; ou impor algum imposto de exportação, para reduzir o repasse das altas dolarizadas para o mercado interno.
Nada fez, nada sabe, não tem a mínima condição operacional de atuar em cima de problemas muito mais simples. O resultado é a estagflação que ameaça a economia.
Confira o IPCA-15 de setembro de 2021, prévia do IPCA:
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Ao contrário de Nassif, julgo que Guedes tem sido um sucesso completo para aqueles que o apoiaram. O desmonte do Estado nacional atingiu, com ele, velocidade plena. Petrobrás, BC, Eletrobrás, BB, CEF, Previdência Social, Educação Pública, SUS, em todos os quadrantes sua ação foi eficaz e efetiva. Resta agora a última grande tacada, a quebra dos próprios princípios da Administração Pública, com a reforma por ele proposta e com grandes chances de aprovação. Feito isso, pode-se fazer a cassação da chapa Bolso-Mourão, pois o trabalho está completo. Além disso, é importante ter claro que ele deixa uma obra completa, com a volta da inércia inflacionária e as bombas orçamentárias. O próximo governo, que ninguém sabe qual será, já está com sua ações completamente presas à pauta futura que ele Guedes está impondo.