Jornal GGN – Embora o faturamento da indústria tenha sido 1,2% menor em outubro, a variação acumulada ao longo de 2013 aponta um crescimento de 4,6%, segundo levantamento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O relatório aborda seis aspectos do comportamento da indústria, e revela que, “além do faturamento em alta gradativa, no médio prazo”, a tendência no ano tem sido de “queda pequena, mas constante” na utilização da capacidade instalada (UCI), segundo informações do gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Após a queda apurada em setembro, a UCI ficou em 82,1% nem outubro, sem variação na relação mensal. Contudo, a comparação com os dados de outubro de 2012 apontam uma retração de 0,3 ponto percentual. No ano, houve queda de 0,5 ponto percentual.
Na comparação com outubro do ano passado, a utilização da capacidade instalada aumentou em 11 dos 21 setores pesquisados. No mesmo período, o emprego aumentou em 14 setores e a massa real de salários cresceu em 17. “Esse resultado de contrapontos, combinado com as oscilações entre queda e crescimento nas variações mensais em 2013, mostra a dificuldade que a indústria encontra para se recuperar”, diz a CNI.
Segundo Fonseca, o aumento apresentado pela atividade industrial não se reflete de forma disseminada entre os indicadores do mercado de trabalho, uma vez que a massa real de salários caiu 1,3% em relação a setembro, enquanto o nível de emprego aumentou 0,2% e as horas trabalhadas cresceram 0,7%.
Os indicadores de comparação mensal não são os mais otimistas, segundo Fonseca, mas, quando se observam os números no ano, a situação é melhor, salvo com relação à UCI, que caiu de 82,4% para 82,1%.
No acumulado até outubro, o faturamento real evoluiu 4,6%, a massa salarial real cresceu 1,9%, o rendimento médio real do trabalhador teve expansão de 1,3%, o nível de emprego aumentou 0,7% e o número de horas trabalhadas manteve-se estável, com evolução de 0,1%.
Entre os setores avaliados na pesquisa da CNI, metalurgia, máquinas e equipamentos tiveram bom ritmo de atividade no ano. Em contrapartida, o setor farmacêutico apresentou o pior desempenho, com quedas de 13,3% no faturamento, 7,1% na massa salarial, 7,1% no rendimento médio real, 3,8% nas horas trabalhadas e 3,5% na UCI. O emprego, no entanto, ficou estável no setor.
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