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IGP-10 reverte deflação e sobe 0,31% em setembro

Jornal GGN – O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) reverteu a deflação de -0,55% apurada em agosto e encerrou o mês de setembro em alta de 0,31%, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar do avanço, o resultado ficou abaixo do apurado em setembro de 2013, quando a variação foi de 1,05%. O total acumulado em 2014, até setembro, é de 2,01%. Em 12 meses, o IGP-10 variou 4,04%.

Ao longo do período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,35%, ficando bem acima dos -0,91% contabilizados em agosto. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,20% em setembro, ante -0,51% em agosto, devido ao desempenho do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,46% para 2,05%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, ficou em 0,88%. No mês anterior, a taxa de variação foi de -0,02%.

A variação do grupo Bens Intermediários chegou a 0,49%. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,10%. Quatro dos cinco subgrupos avançaram durante o período, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, que passou de -0,38% para 0,39%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 0,55%. No mês anterior, foi registrada variação de -0,13%.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas chegou a 0,37%, revertendo a taxa de -2,38% contabilizada em agosto. O resultado foi influenciado pela aceleração de itens como soja em grão (de -4,55% para -0,58%), bovinos (de -1,01% para 3,22%) e milho em grão (de -8,03% para -1,12%). Em sentido inverso, destacaram-se os itens cana-de-açúcar (de 0,02% para -0,16%) e pedra britada (de 0,76% para -0,99%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chegou a 0,26%, ante 0,01% em agosto. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice ampliaram suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação, que passou de -0,18% para 0,21%, puxado pelo desempenho do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -12,52% para -5,59%.

Outros grupos que avançaram no período foram Transportes (de -0,20% para 0,28%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,26% para 0,43%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,17% para 0,49%) e Vestuário (de -0,30% para -0,14%), com destaque para os itens tarifa de ônibus urbano (de -0,27% para 0,31%), passagem aérea (de -9,05% para 4,83%), medicamentos em geral (de -0,33% para 0,20%) e roupas (de -0,57% para 0,00%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos que reduziram suas taxas de variação foram Comunicação (de 0,08% para -0,44%) e Despesas Diversas (de 0,17% para 0,16%). Na primeira classe de despesa, destaca-se o item tarifa de telefone residencial (de -0,02% para -2,79%), e na segunda, cartão de telefone (de 1,15% para 0,20%).

Já o grupo Habitação manteve a variação de 0,39% registrada na apuração de agosto. Em sentido descendente, destaca-se o item tarifa de eletricidade residencial (de1,72% para 0,49%) e, em sentido oposto, taxa de água e esgoto residencial (-1,40% para -0,27%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,15% em setembro, ficando abaixo dos 0,45% registrados no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,31%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,19%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação. Em agosto, este índice registrou taxa de 0,68%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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