Mercado projeta PIB de -2,7% ao fim de 2015

Jornal GGN – A projeção de instituições financeiras para a retração da economia este ano voltou a piorar: a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) ao fim deste ano foi reduzida pela décima semana consecutiva, de -2,55% para -2,70%, segundo dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central. Para 2016, a expectativa de retração foi alterada pela sétima semana, passando de -0,60% para -0,80%.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 6,45% neste ano, em sua quinta semana consecutiva de queda (a projeção na semana anterior apontava perda de 6,20%). Em 2016, a projeção de crescimento passou de 0,50% para 0,20%, no quarto ajuste seguido. O prognóstico para o saldo da balança comercial foi mantido em US$ 10 bilhões no fim de 2015, e os dados para o próximo ano subiram de US$ 20 bilhões pra US$ 21,30 bilhões.

A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,28% para 9,34%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 5,70%, contra 5,64% previstos na semana passada. Esse foi o sétimo aumento seguido na projeção para inflação em 2016.

Quanto aos outros índices de preços pesquisados, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi alterada de 7,77% para 8,25%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,77% para 7,86%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 9,30% para 9,46%, este ano.

Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC elevou a taxa básica de juros por sete vezes seguidas. Após tal ajuste, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu em seu último encontro pela manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano – percentual que deve se manter até o fim de 2015, para começar a cair em 2016 – o prognóstico para o fim do próximo ano subiu de 12% para 12,25%, com a média do período avançando de 13,13% para 13,38%. O percentual para os preços administrados neste ano foi mantido em 15,20% pela terceira semana consecutiva, e o total para 2016 subiu de 5,88% para 5,91%.

A projeção para a cotação do dólar, ao final este ano foi ajustada de R$ 3,70 para R$ 3,86, em sua terceira semana consecutiva de ajuste (a média do período também subiu pela terceira semana, passando de R$ 3,32 para R$ 3,38). Para o fim de 2016, a projeção chegou a R$ 4, também em seu terceiro aumento seguido, com a média avançando pela oitava semana, de R$ 3,75 para R$ 3,91.

O prognóstico dos agentes para a dívida líquida do setor público (em relação percentual ao PIB) ao fim deste ano subiu pela segunda semana consecutiva, de 36,20% para 36,30%, enquanto os dados para o fim de 2016 passaram de 39,10% para 39,20%. O déficit em conta corrente em 2015 foi ajustado pela terceira semana, de -US$ 73,50 bilhões para -US$ 71 bilhões. A variação para 2016 foi mantida em -US$ 65 bilhões pela segunda semana.

Os dados de investimento estrangeiro direto foram mantidos em US$ 65 bilhões pela sexta semana consecutiva, ao passo que os dados de 2016 foram reduzidos de US$ 64,90 bilhões para US$ 63 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  • Explicação

    Com a previsão do crescimento da Índia, China e Africa do Sul, e a recessão do Brasil e da Rússia, os Brics devem virar ICS.

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