Por Marco Antonio L.
Da InfoMoney
Consumo: nova classe média deve gastar mais de R$ 1 trilhão neste ano
SÃO PAULO – Os cerca de 104 milhões de brasileiros que integram a nova classe média devem gastar em consumo um total de R$ 1,03 trilhão neste ano. Segundo dados do levantamento feito pelo Data Popular e divulgados nesta segunda-feira (8), o valor considera a renda total somada ao crédito das famílias
De acordo com as categorias, o principal gasto da classe C, com 23,16%, será com os Serviços, que incluem cabeleireiros, manicures, lavanderias, sapateiros, empregados domésticos, cartórios etc. Os outros quatro grupos que estarão na mira da nova classe média são Alimentação e Bebidas (18,49%), Saúde e Beleza (8,32%), Transporte (8,17%) e Vestuário (5,12%).
Os dados fazem parte do documento que visa contribuir para o debate sobre o processo de criação de uma nova classe média no Brasil.
Intenção de compra
O estudo ainda avaliou a intenção de compra da baixa renda, a nova classe média e a alta renda, e detectou que os maiores percentuais estão mesmo com a classe C, conforme mostra a tabela abaixo:
Itens | Baixa renda | Nova classe média | Alta renda |
---|---|---|---|
Computador | 17% | 61% | 23% |
Eletrodomésticos | 22,3% | 56% | 21,7% |
Imóvel | 19,4% | 53,6% | 27% |
Carro | 8,2% | 51,7% | 40,1% |
Medicamentos | 19,9% | 49,7% | 30,4% |
Higiene e Beleza | 23,2% | 48% | 28,8% |
Fonte: Data Popular |
Potencial de consumo
O potencial de consumo da nova classe média está no patamar de US$ 661,9 bilhões. Um montante superior ao PIB da Argentina (US$ 370,2 bi), de Portugal (US$ 229,3 bi), do Uruguai (US$ 40,2 bi) e do Paraguai (US$ 18,4 bi).
Outra ferramenta utilizada para avaliar o potencial de consumo da classe C se refere à alimentação fora do lar, que totaliza 46,6%, e dentro de casa, 48,3%. Novamente, a classe C se destaca em relação às demais, cujo potencial de consumo ficou em 15,4% e 24,8% para a baixa renda, e 38% e 26,9% para a alta renda, respectivamente.
Sobre a pesquisa
Os dados foram levantados a partir de três frentes:
Pesquisa on-line com 16 mil pessoas, ouvidas em 26 estados e 251 cidades, no segundo trimestre de 2011;pesquisa nacional presencial com 5.003 brasileiros em 44 municípios, no primeiro trimestre de 2011;análise do Data Popular do histórico de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) e da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Cada classe social foi dividida a partir da renda domiciliar per capital mensal, ou seja, a soma de todos os rendimentos da família dividida pelo número de integrantes. Assim, a classe A tem renda domiciliar média de R$ 14.203; a classe B, R$ 6.070; a classe C, R$ 2.295; a classe D, R$ 940; e a classe E, R$ 273.
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