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Pronunciamento de Yellen afeta mercado; bolsa cai 0,87%

Jornal GGN – A bolsa fechou em baixa na sexta-feira, repercutindo as indicações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, de que os juros norte-americanos podem subir “nos próximos meses”.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em queda de 0,87%, aos 49.051 pontos e com um volume negociado de R$ 4,372 bilhões. A bolsa passa a acumular queda de 9,01% no mês e ganho de 13,15% no ano.

Em dia de negociações menos volumosas por conta de um pregão “prensado” entre o feriado de ontem e o final de semana, o giro financeiro da Bovespa foi de R$ 4,36 bilhões, sendo R$ 4,24 bilhões no mercado à vista.  

No Brasil, a dívida pública federal total (DPF – inclui dívida interna e externa) recuou para R$2,799 trilhões em abril, variando -3,01% em relação aos R$2,886 trilhões de março. A DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal interna) foi de R$ 2,670 trilhões (-3,03%) e a DPFe (Dívida Pública Federal externa) foi de R$ 129,6 bilhões (-2,70%). A parte da DPF que vencerá nos próximos 12 meses baixou para 18,86% em abril, frente à 22,65% em março. O prazo médio da DPF aumentou para 4,75 anos em abril, contra 4,59 anos em março. Na DPF, o custo médio acumulado em 12 meses subiu a 14,25% a.a. em abril, ante 14,19% a.a. em março.

Nos Estados Unidos, a presidente do Fed, Janet Yellen, proferiu discurso hoje no qual citou, entre outros: “se a economia continuar a melhorar, será apropriado subir juros cautelosamente”; “alta dos juros será cautelosa e gradual”; e “aumento de juros nos próximos meses provavelmente será apropriado”.

“Enfim, (Yellen) não ratificou que os juros subirão na reunião de 15 de junho próximo, mas, deixou uma porta entreaberta para possíveis elevações nas quatro reuniões do 2º semestre deste ano”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório. Em termos de indicadores, a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no primeiro trimestre registrou crescimento de 0,8%, ante +0,5% na prévia anterior. Segundo os analistas, o consumo das famílias variou +1,9%, idêntico à prévia anterior, mas, abaixo do +2,1% esperado pelos agentes. Já o dado final do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, mesmo vindo menor do que a prévia de 95,8 e do 95,4 esperado pelo mercado, mostrou avanço para 94,7 em maio, versus 89 em abril.

No câmbio, a cotação do dólar fechou em alta de 0,38%, a R$ 3,611 na venda. Na semana, a moeda acumulou valorização de 2,64%, em período caracterizado pelo vazamento de áudios e a Lava Jato.

Após um feriado na quinta-feira, as operações do dia foram influenciadas pelo pronunciamento da presidente do Federal Reserve (o Banco Central dos EUA), Janet Yellen, que disse que os juros podem subir “nos próximos meses”. Pela manhã, o governo dos Estados Unidos divulgou dados revisados do PIB (Produto Interno Bruto). O país cresceu ao ritmo anual de 0,8%, ante 0,5% divulgado no mês passado.

No Brasil, a sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios na emenda do feriado de Corpus Christi. Também não houve atuação do Banco Central no mercado de câmbio. No exterior, o volume de operações também era limitado uma vez que os mercados norte-americanos não vão abrir na segunda-feira (30) devido ao feriado do “Memorial Day”.

Para segunda-feira, os agentes aguardam a publicação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), boletim Focus, o índice nacional de expectativa do consumidor pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o resultado primário do governo central no Brasil, além do índice de sentimento econômico e de confiança do consumidor na zona do euro; índice de preços ao consumidor na Alemanha; taxa de desemprego e produção industrial no Japão.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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