Economia

Na Suíça, Haddad fala sobre ato golpista e desenvolvimento sustentável

No Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, o ministro da Economia Fernando Haddad afirmou que o Brasil retomará o crescimento econômico “com sustentabilidade fiscal e ambiental, e justiça social”.

Desde esta segunda, o ministro já se encontra na Suíça para o encontro mundial e tem a agenda cheia com autoridades e representantes de todo o mundo. À imprensa, Haddad disse que terá reuniões com “uma frequência enorme, mais de uma dúzia de encontros em dois dias”.

Somente nesta segunda, Haddad se encontra com o chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner, e com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn.

O Fórum de Davos ocorre entre hoje e sexta-feira, 20 de janeiro. O ministro ainda lembrou que o objetivo da agenda será, além dos encontros bilaterais, o de “dar recados do Brasil ao mundo”.

Em pleno encontro econômico, ele ressaltou a importância da segurança e estabilidade que o país tem que passar para o mundo e, assim, o recado político é o da defesa democrática, “o compromisso do Brasil com o combate a todo tipo de extremismo que vem dando a tônica no último período”.

Referindo-se à tentativa de golpe no país, Haddad lembrou que a resposta democrática do presidente Lula foi imediata: “No dia seguinte, houve uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal, o afastamento judicial do governador do DF, a visita dos 27 governadores a Brasília, que se reuniram com os Três Poderes da República num gesto de compromisso com a Constituição e com a agenda democrática.”

Também o ministro voltou a falar da importância do crescimento econômico, com aceno ao mercado, indicando uma “atenção às contas públicas”, mas com sustentabilidade ambiental. Por isso, Fernando Haddad foi ao encontro mundial na Suíça acompanhado da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

“A sustentabilidade ambiental ganhou uma dimensão na qual o Brasil tem muito a oferecer, não apenas em termos da retomada dos compromissos históricos, com o combate ao desmatamento e [uso de] energia renovável, mas, também, na pauta do desenvolvimento”, afirmou.

A agenda de desenvolvimento sustentável é uma das pautas do fórum internacional.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  • Pauta de desenvolvimento sustentável, interessante!
    O Brasil não produz placas de captação e transformação de energia solar em elétrica.
    O país exporta os minerais de terras raras utilizados para construí-las, mas não produz as placas.
    O Brasil não produz os modernos transformadores que possibilitam captar e tornar a energia eólica em eletricidade.
    A maioria esmagadora dos recursos do sistema de ensino brasileiro vai para as universidades públicas e essas, à décadas, não produzem uma pesquisa que tenha gerado alguma inovação relevante !
    Mas, os salários dos gestores das Universidades e as bolsas de pesquisas consomem imensos recursos sem que ninguém questione a qualidade dos projetos conduzidos e que nada apresentam de retorno! Reitores de universidades federais tem orçamentos que superam o de prefeitos de capitais estaduais!
    Diante desse quadro, de sucateamento e falta de governança como o Brasil pretende o "desenvolvimento sustentável"?
    Seremos eternos importadores de produtos tecnológicos?

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