Por Redação RBA
Pela medida provisória, Bolsonaro mudava a atual regra para escolha do reitor, pela qual professores, alunos e funcionários das unidades federais indicam nomes que comporão uma lista tríplice. O nome mais votado é confirmado pelo presidente, para um mandato de quatro anos.
O texto de Bolsonaro tornava obrigatória a consulta à comunidade acadêmica para a formação da lista tríplice, mas caberia ao presidente escolher o nome, independente de ser o mais votado ou não. Acabava também a paridade no peso de estudantes, professores e funcionários na indicação.
Outra mudança: permitia ao presidente da República nomear reitores pro tempore caso houvesse “irregularidades no processo de consulta”. Foi o que aconteceu na Universidade Federal da Grande Dourados e no Centro Federal de Educação Tecnológica Cefet do Rio de Janeiro (Cefet-RJ) durante a validade da MP.
“Os danos provocados pela MP 914 não poderão ser sanados, pois as nomeações ocorridas não serão revistas. Preocupa-nos as consultas previstas para o período de isolamento social e as seções sindicais devem estimular esse debate conforme o cenário local, diante da diversidade que há nas IES”, disse em nota o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Antonio Gonçalves.
Também em nota, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) se manifestou. Para o conselho, a MP 914 surgia na contramão da democracia, ferindo a lei de criação dos institutos federais e, de forma inadequada, se sobrepondo à autonomia das instituições.
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