Jornal GGN – A fala do ministro da Economia Paulo Guedes foi infeliz. Infeliz e inapropriada. Inapropriada e cruel. Pode escolher. Setores diversos se levantaram contra o dito, que agrediu e desqualificou parte importante do Estado, aquela que garante que mudanças de governo não paralisariam a Nação. Leia a nota da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro a seguir.
Há poucos dias, o ministro da Economia Paulo Guedes comparou os funcionários públicos a parasitas. Entretanto, parasitas são organismos que vivem em associação com hospedeiros, dos quais retiram meios para a sobrevivência. Assim, a analogia mais correta para esta relação é a exploração do trabalhador pelo sistema capitalista. No nosso país, não há parasitismo maior do que aquele estabelecido entre o sistema financeiro – ao qual o ministro dedicou sua vida profissional – e as riquezas geradas pelo trabalho da sociedade brasileira.
Historicamente desvinculados de responsabilidade sociais, os rentistas representados pelo ministro devem suas fortunas à exploração dos mais humildes e do meio ambiente. Para defender seus privilégios, dedicam-se a lançar infâmias contra os que atuam nas ações típicas do Estado: educação, saúde, segurança, infraestrutura, preservação ambiental entre outras. Diante de seus pares, o ministro deixa evidente a quem é leal e a que interesses serve. E estes não poderiam ser mais distintos dos nossos.
Na UFRRJ, nos dedicamos à construção de um modelo de sociedade calcado na vida plena e criação de oportunidades para todos. Nesta perspectiva, o servidor público tem uma extraordinária responsabilidade. Cabe a nós sermos guardiões das conquistas que marcam a história dos grandes avanços da humanidade: as liberdades, os direitos humanos, a ciência, a cultura, a justiça social e o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
A Administração Central da UFRRJ repudia quem desqualifica trabalhadores que se dedicam a desafios tão nobres, como os funcionários públicos de nosso país.
Seropédica, 10 de fevereiro de 2020
Reitoria da UFRRJ
Substituta de Sergio Moro, juíza admite erros no caso Tacla Duran, mas garante que não…
Incertezas políticas e internacionais estão por trás da disparada de preços do minério, diz professor…
A cada dia, ficamos esquecidos no dia anterior sem ter conseguido entender e ver o…
Exército aumentou o número de militares e opera hospital de campanha; Transportes se comprometeu a…
Escritor e membro do MPT, Ilan Fonseca propõe alternativas ao oligopólio que controla trabalhadores sem…
Barragem 14 de Julho, no interior do Rio Grande do Sul, rompe com as fortes…
View Comments
Bravo! Excelente! É o mínimo que um "Parasita" tchutchuca merece.
Espero que ele encontre um Alien (8º Passageiro) e que este incube sua prole no paladino da destruição!
Paulo Guedes que estudou na escola de Gilberto Freire, definitivamente matriculou-se na escola Olavista/militar. Em breve será batizado por Edir Macedo e pode até se tornar um Bispo emérito! Guedes bateu duro no parasita Bolsonaro é seu clã parasitário. Essa sim é uma cepa parasitária resistente!
Não tem isso de.nota de repudio, todos.os.sindicatos e associações do funcionalismo público tem obrigação de aciona-lo judicialmente...
Suas ofensas não foram a.toa, está utilizando a mesma tática de criar um.ambiente favorável as tais reformas, assim como fez quando da destruição da previdência.....
Cria-se o inimigo, imagina-se a catástrofe se a destruição do serviço público não for aprovada......e utiliza-se a mídia canalha para fazer o serviço sujo.....
Ou o funcionalismo parte para o ataque e derruba esse senhor, ou engulam as ofensas.....mímimi não dá.....
Boa tarde. Realmente, o ministro foi infeliz no comentário e errou gravemente ao generalizar a cerca do funcionalismo público, porém, existem sim funcionários públicos, em todos os setores, que agem como verdadeiros parasitas, não desempenhando suas funções de forma minimamente desejada, e prejudicando a população. Falo com propriedade. Sou funcionário público. Sei bem o que é fazer várias funções para cobrir a lacuna deixada por outros que só querem saber do salário e usam o fato de serem concursados como escudo, e vivem a sombra de quem realmente trabalha e se compromete com o serviço público.
Não apóio a declaração do ministro, de forma alguma, mas também não sou hipócrita em não admitir que no universo do funcionalismo existam muitos preguiçosos.
Opinião particular, livre de ideologias e crenças.