A terceira via da chapa presidencial Marina-Campos

Comentário ao post “Marina, você se pintou, por Wanderley Guilherme dos Santos

EDUARDO (nova gestão) e MARINA (nova política): uma esperança para o Brasil

A futura chapa presidencial EDUARDO e MARINA, em qualquer ordem conforme a conjuntura política eleitoral significará a vitória do bom senso da uma nova proposta de gestão + uma nova política para o Brasil o que não se resume aos simples chavões.

Essa aliança será sem dúvida uma bem-vinda aos olhos do cidadão comum, não organizado nos grandes movimentos institucionais, o povo ávido por novos direitos sociais junto com setores da iniciativa privada desenvolvimentista geradora de mais empregos e renda. Eis o que significa essa coalizão e que fará muito bem à nação, preparando-a para novos desafios democráticos, políticos, sociais e econômicos.

Ainda como expressão maior da boa política a vitória desta 3a via significará o fim da era bipolar PT-PSDB o que vem impedindo que os principais estados do país: São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás aliem-se ao governo central, e com isso, todas as medidas econômicas sofrem com a oposição de estados economicamente fortes contra o governo federal. EDUARDO e MARINA não terão maiores dificuldades em dialogar e conviverem em coalizão de governo com as lideranças do PT e do PSDB. Para o PSB essa sempre foi uma realidade possível.

O baixo crescimento econômico, a centralização administrativa decorrente de uma equipe fraca, a principais iniciativas de infra-estrutura paralisadas por falta de projetos e de operadores confiáveis e a total ausência de iniciativa de novas políticas sociais, com a saudável exceção do ´Mais Médicos´ acrescida ao natural desgaste de quem exerce o poder que o mês de Junho revelou, apresenta-se como adequado para um salto nas relações políticas e de poder no Brasil.

Pelo perfil de ambos, formarão uma chapa imbatível que vai calar fundo no coração dos brasileiros. EDUARDO é muito bem-quisto e respeitado no meio político e também empresarial e se comprovou um gestor moderno, coerente, democrático e determinado a sérios compromissos com o desenvolvimento sustentável sem abrir mão de políticas sociais inclusivas. O estado de Pernambuco é o que tem o maior crescimento no Brasil, mais que o dobro do crescimento chinês.

MARINA, mais que sonhadora tem uma trajetória ética de vida que a qualifica ao lado de LULA no imaginário popular. Querida entre os jovens e os mais pobres desfruta de imensa penetração no mundo acadêmico e é bem vista pela maioria dos jovens universitários, além de ser respeitada nos formadores de opinião pública e também nas comunidades populares que a vêem como a expressão máxima de uma nova classe dirigente, preocupada com a ética, a preservação do meio-ambiente para as futuras gerações, com renovação das políticas sociais – educação, saúde, habitação dignas – e com um desenvolvimento econômico não predatório. Não ser revela defensora de políticas públicas clientelistas nem paternalistas. Respeita a dignidade humana dos mais pobres. Tem sido uma ativista pela consciência de cidadania.

O PSB tem todas as condições históricas e políticas de ser a liga de união entre o que há de muito bom nos quadros do PT e o que há de saudável entre políticos, técnicos e intelectuais do PSDB capazes de somarem com um governo de coalizão nacional. Nessa coalizão os principais estados, desde o Sul até o Norte e Nordeste já governados por esses partidos, somarão com o governo federal para enfrentar e fazer as grandes reformas estruturais e institucionais que o Brasil precisa para garantir o futuro. A eterna divisão entre duas forças concorrentes como o PT e o PSDB fragiliza e acaba dividindo também os partidos menores e enfraquece a todos. Somados formarão confortável maioria parlamentar ética e disciplinada.

Nem o PT nem o PSDB jamais terão condições formarem esse tipo de governo em coalizão. São oriundos de um mesmo campo político que jamais caminharão juntos. O PSB desde o governo Itamar Franco e suas recentes alianças tem demonstrado conviver bem com essas forças políticas. Fez parte dos governos LULA e DILMA, mantém alianças exitosas com o PT e o PSDB na maioria dos estados, capitais e grandes cidades. Nada impede que continue assim, agora no comando das alianças.

Na história recente, os tucanos se renderam às forças da direita e sua pregação neoliberal dos anos 1990, produziu uma estabilidade econômica exitosa, mas, o excesso de privatização do patrimônio público perdeu a confiança da maioria dos brasileiros.

De outro lado, O PT ficou obrigado aos atuais compromissos de alianças conservadoras para a governabilidade indispensável não lhe permitindo avançar nas questões de fundo em razão de sua base de sustentação fisiológica e clientelista: as fundamentais propostas de reforma política da Presidenta DILMA foram enterradas pelos aliados sem qualquer complacência. Até os vetos presidenciais passaram a ser matéria negociável, mesmo que seja a destinação dos recursos do pré-sal para a saúde e a educação. A tal base governista exige e impõe orçamento impositivo subtraindo o poder da decisão administrativa. Ela exige e recebe a liberação de seus milhões em verbas orçamentárias. Ministros corruptos já ´faxinados´ se impõem e retomam o comando de ministérios cruciais ao desenvolvimento social e da infra-estrutura. Em razão da falta de confiança nos colaboradores os grandes projetos ficaram paralisados. A mácula do ´mensalão´ e os esqueletos da Delta continuam insepultos.

Esse poder político emprestado aos fisiológicos precisa ser destruído. Já fizeram mal demais à nação desde a prorrogação do mandato de José Sarney, na fase pré-constituinte de 1988, com a franciscana máxima ´é dando que se recebe. ´.

No governo do PT a paralisia das reformas é fruto também das alianças fisiológicas. A reforma agrária, uma das bandeiras históricas, morreu: aliados do governo não admitem nenhuma política séria e controlam as casas parlamentares.

Os movimentos sociais acoplados ao estado – pelegaram não há como negar isso – e perderam sua natural autoridade moral e política. Os grandes quadros políticos sucumbiram ao ´mensalão´ e aos aloprados. Grande parte da energia da aguerrida militância partidária é gasta no cumprimento do dever de os defenderem. Zé Dirceu, Mercadante, Genoino, Marta, João Paulo Cunha e Palocci perderam substância e viraram pó. Até Lula se encontra refém. E a culpa a eles atribuída pelo senso comum é na verdade culpa dos fisiológicos que tiveram em Roberto Jefferson e Valdemar da Costa Neto, suas expressões púbicas, reproduzidos em centenas dentre os 300 picaretas. Além desses, as alianças com Sarney, Maluf, Jáder Barbalho, Blairo, Kátia Abreu, Kassab e outros caciques perniciosos impediram e impediriam ainda mais na futura composição de governo do PT com os avanços e reformas tão necessários ao país.

A oposição tucana e seus satélites por serem apenas do ´contra´ jamais compreenderão que o processo de inclusão social é inexorável. FHC pensa que a direita poderá cooptá-la pela razão de não serem mais tão miseráveis. Mas na verdade essa nova classe média quer mais. Muito mais. Eles querem mais acesso à saúde pública. Querem melhores escolas para seus filhos. Querem que seus filhos cheguem à universidade com dignidade e mérito sem precisarem de cotas de privilégios. Querem habitação digna. Querem segurança e não querem seus filhos assassinados pelo estado. Querem empregos qualificados. E salários dignos. A oposição, pelo simples fato de terem que ser oposição, não compreende isso e não tem outros discursos nem projetos críveis. Não chegarão ao 2o turno.

As expressões políticas mais à esquerda perceberão que MARINA e EDUARDO não representarão a ameaça do retorno do neoliberalismo. Perceberão que essa aliança democratizará o estado e priorizará os investimentos sociais. Esse governo de coalizão, reunindo o que há de melhor no país, promoverá as reformas urbanas e agrárias e a do ensino público e das universidades. Não há saída. Essas serão propostas sinceras, necessárias e possíveis. O PSOL, PSTU, PCO, PCdoB e PEN, poderão até apoiar uma reforma na previdência, tecnicamente viável, que assegure a velhice de milhões de brasileiros que se encontra ameaçados de não disporem de um amparo previdenciário. Nos EUA os republicanos confirmam: eles não têm solidariedade nem fraternidade com os que ficaram para trás.

Se EDUARDO/MARINA conseguirem conduzir bem o processo eleitoral e conseguirem a vitória eleitoral que não está tão difícil, vislumbra-se que serão obrigados a edificação de um governo de centro-esquerda, somando em uma coalizão das melhores expressões políticas dos partidos de esquerda, somadas ao PT e ao PSDB com uma governabilidade estável – sem nenhum abalo nas elites econômicas – e constituído pelos os melhores quadros políticos do país. Sem a menor necessidade do apoio fisiológico que virá por osmose. Por simples sobrevivência política apoiarão o governo.

Isso significará também a alforria dos movimentos sociais e populares que retomarão sua pujança e exercerão com autonomia a sua função política e democrática, essencial, libertos das amarras do estado. Um futuro auspicioso, democrático, desenvolvimentista, com Política escrita com P no melhor sentido, inaugurar-se-á no Brasil.

Evidente que essa análise (e torcida) não pretende ser nem um pouco neutra nem imparcial. É a esperança de um militante do PSB, que fez essa proposta e a defendeu como moção partidária na última  reunião do Diretório Municipal do PSB em São Paulo, em 21/09 pp, 15 dias antes da surpreendente adesão de MARINA e da excepcional acolhida pelo PSB de EDUARDO. É, portanto a esperança com convicção.

José Roberto F. Militão, PSB, São Paulo.

Secretário Municipal de Promoção da Igualdade.

Presidente do Diretório Zonal – LAPA, Capital, S.Paulo.

Redação

Redação

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  • Não existe terceira via

    Não existe outra via que não seja a traçada pelo PT e aliados, nestes últimos 11 anos.

    O que existe é uma segunda opção para os votos anti PT, insuflados pelo PIG e o capitalismo global, visando obter um segundo turno nas próximas eleições.

    O ruim de ser apenas “anti” aconteceria no dia seguinte da sua eventual (e muito pouco provável, com o favor de Deus) vitória nas urnas: começar a ser “pró”, mas pró de que?

     

    • Alexis, tenho a lista dos "prós"

      André Lara Rezende, Gustavo Franco, e mais um boa lista de ex-economistas hoje banqueiros com projetinhos prontos para aumentar os $$$$ seus e dos amigos.

      E alguns bancos gringos, a Exxon-Mobil que não gostou do pre-sal (tinha sal de mais) e mais uma boa lista de grandes corporações "amigas".

      Mas a Marina vai explicar para eles como respeitar o meio ambiente, sim sim é para acreditar...

  • Premissas Falsas

    Seria tudo lindo se o militante Militão não partisse de duas falsas premissas, como os fatos recentes estão a demonstrar: nova gestão + nova política. Onde? Quem? Ele parte do pressuposto que o mero discurso dos candidatos é fato, está comprovado na prática. No caso, a soma da nova gestão e a nova política que se apresentam tem como resultado o oportunismo.

  • A questão é a disputa pelo controle do estado.

    Creio que os grupos políticos em torno do PSB e de Marina Silva, estão na disputa pelo controle do estado, são muito mais pragmáticos do que principistas.
    Apesar as proximidades com o PT, a alternativa escolhida pelo PSB e por Marina Silva de ir para a oposição,  tem mais haver com o enfraquecimento gradual e sucessivo da oposição PSDB,  que a cada eleição vem perdendo terreno como a principal alternativa de poder, o que abre o espaço para ser ocupado por outra força política.

    Creio que o PSB e Marina Silva apostam no apoio da maior da grande mídia, na medida em que se confirmar o enfraquecimento da oposição PSDB, mas podem estar errados, já que é grande também possibilidade da maior parte da grande mídia vir apoiar um governo do PT com maior participação do PMDB,

    A saída do grupo de Marina Silva do governo do PT, foi seguida pelo PSB,  o que aumenta o espaço de participação do PMDB no governo do PT, tanto nos estados, mas  principalmente no governo federal.

    Para o PSB e Marina Silva vencerem as eleições, além de contar com o enfraquecimento da oposição PSDB, precisam também de um enorme desgaste do Governo da Presidenta Dilma, o que parece pouco provável a menos de um ano das eleições de 2014.

    Precisamos lembrar que em ano eleitoral, governos municipais, estaduais e federal abrem demasiadamente o cofre para tentar se reeleger e/ou tentar eleger seus aliados, são gastos em obras e ações políticas que  tem grande impacto na economia, gerando emprego e renda, o que favorece os candidatos da situação, se no período anterior não houve recessão e desemprego, o que e justamente a atual situação da disputa eleitoral.

    São as contradições das disputas políticas, onde os candidatos dos governos estaduais de oposição são obrigados a aumentar o gasto público dos governos estaduais e municipais para tentar se reeleger,  o que acaba beneficiando o candidato do governo federal, mas é um efeito colateral que não pode ser evitado.

    De qualquer maneira, caso o PT elabore uma estratégia para impedir coligações estaduais com os candidatos do PSB e de Marina Silva, o PSB e Marina Silva podem sair das eleições de 2014, muito menores do que entraram, ou seja uma bancada de deputados bem menor do que a atual. O risco é enorme.

    Creio que caso o PSB e Marina Silva vençam as eleições de 2014, com uma pequena bancada no congresso, será criada uma situação de vácuo de poder, onde muito provavelmente uma aliança em torno do PMDB, com participação do PSDB tentará controlar o governo federal,   a câmara de deputados e o senado federal.

    A disputa pelo controle do estado é permanente  no capitalismo, e não será diferente em um governo do PSB e Marina Silva.
     

     

    • Luz Amarela no PMDB

      Ataque violento ao poder exercido pelo PMDB, o que justifica a super exposição do Temer ultimamente.

      A estratégia é primária, dão mais cargos agora ao PMDB para alijá-lo adiante do poder.

      Subestimam a inteligência da maior força política do Brasil.

      Vai acabar mal.

  • Um somatório de embustes

    Dificilmente veremos um oportunismo tão descarado quanto o praticado agora por Eduardo Campriles e Marina Radonski. 

    O primeiro é o capo do PSB, partido que participou ativamente do governo federal capitaneado pelo PT, desde 2003. Ou seja, o PSB apoiou e defendeu os governos petistas durante quase 11 anos consecutivos. Saíram do governo há menos de 20 dias e agora falam que 'o que está aí já deu o que tinha que dar'! 

    Oportunismo puro e simples. 

    E este oportunismo canhestro fica pior ainda quando constatamos que Campriles passou o ano inteiro de 2013 dizendo que se Lula fosse o candidato do PT em 2014 ele recuaria de suas pretensões... 

    Quer dizer então que Dilma não presta e Lula presta? 

    Não, quer dizer apenas que o Joaquim Silvério dos Reis de olhos verdes é um dissimulado oportunista, sem discurso algum que valha mais do que dois reais. O governo do PT é bom com Lula e ruim com Dilma, diz o Coronel Esmeralda! 

    Pois que diga isto na campanha, e, enquanto isto, Lula dirá o que sempre disse, que votar na Dilma é o mesmo que votar nele e que Dilma é Lula e Lula é Dilma. 

    O discurso fraudulento do Calabar mequetrefe não se sustenta por mais de cinco minutos. 

    Quanto a Marina Radonski, carreirista, oportunista, demagoga, incompetente e representante do mais tradicional e conservador fisiologismo, dizer o quê? 

    Nos últimos quatro anos trocou de partido quatro vezes, fazendo coro com uma das práticas mais abomináveis da política brasileira! 

    Foi ministra de Lula durante quase sete anos e lá demonstrou toda a sua incompetência. Carlos Minc e Izabella Teixeira fizeram mais pelo Meio Ambiente do Brasil, em quatro anos, do que Marina Radonski fez em sete. 

    Jamais se preservou tanto o meio ambiente e nunca houve desmatamento tão ínfimo da Amazônia quanto o que se verifica atualmente (e principalmente depois que a incompetente Marina saiu do Ministério do Meio Ambiente). 

    O verdismo da 'sonhática' é uma fraude política. Marina Radonski quer que o verdismo conservacionista e reacionário que representa paire acima dos partidos e da própria política! 

    Qual é a posição da incompetente com relação à distribuição de renda, à geração de empregos com carteira assinada ou com relação à reforma agrária? O discurso da 'Madre Tereza do Obscurantismo dos Últimos Dias' é um amontoado de nada com nada, elevado a enésima potência. 

    Com que autoridade os dois embusteiros se apresentarão como uma novidade em 2014? 

    Criticam o PT pelas alianças e fazem pior! Ao invés de alianças, trazem reacionários de todos os naipes para dentro do próprio PSB! 

    Já imaginaram Paulo Maluf filiado no PT? Já imaginaram Paulo Maluf filiado no PT e presidente da seção estadual paulista do PT? Se não imaginaram, nem percam tempo, pois isto nunca irá acontecer. 

    O que houve na cidade de São Paulo foi uma aliança onde o PP apoiou Haddad do PT, nada mais do que isto. Eu ficaria preocupado se fosse o contrário... 

    Ou se o PT houvesse perdido a eleição para o Serra, que é milhões de vezes pior e mais pernicioso para o Brasil do que o decadente Paulo Maluf dos dias de hoje.

    Mas os Borhnausen serem admitidos como filiados no PSB e receberem o mimo de controlar o PSB do estado de Santa Catarina parece que não causa estranheza alguma nestes que pretendem representar uma 'nova' política, não é mesmo? 

    A grande verdade é que o casamento de conveniência entre Eduardo Campriles e Marina Radonski representa tudo o que há de mais atrasado na política brasileira, indiscutivelmente. 

    Apresentam-se como novidades quando são, na verdade, a face da dissimulação, do oportunismo político e do personalismo desvairado desprovido de qualquer projeto de esquerda.

    São a nova direita, envernizada, 'horizontalizada', verdista e aprisionada às teses do capital financeiro. 

    Os tucanos enfrentam problemas e o Itaú e a Casa das Garças procuram novos profetas. Os "socialistas", pelo jeito, aceitarão de bom grado o torpe e ridículo papel de combatentes do 'chavismo' do PT. 

    Ou seja, se apresentam como a antítese das experiências populares tidas e havidas na América do Sul nos últimos dez anos! Mais conservador e retrógrado do que isto é impossível. Nem José Serra ousou ir tão longe...

    • Juros pornográficos

      Concordo com o Diogo nesta.

      Existe espaço para uma candidatura honesta, que coloque os juros pornográficos não em 7,25%, mas negativos como nos países que comandam o Dólar.

      Uma candidatura com real chance de empalmar o poder por ser honesta, e pleitear a soberania do Brasil, especialmente onde ela faz a diferença, seu dinheiro, tirando milhões da miséria ou semi-miséria  a que estão condenados.

      Os que se apresentam hoje como primeira, segunda e terceira via são títeres teleguiados a cumprir os mandos do dono do Dólar, condenando os brasileiros ao porrete e a miséria.

      Surpresas hão de pintar por ai.

       

  • Terceira via é periférico, PSDB tornou-se periférico.

    Terceira via é periférico, PSDB tornou-se periférico.

    Hoje, no Fora de Pauta, indiquei um artigo de 2010,  com a instigante tese de Marcos Nobre sobre o peemedebismo.

    No artigo Marcos Nobre estabele que a atual, desde Lula, polarização é entre o PMDB e oPT.

    Algo proximo ao PT estar puchando a corda para a esquerda e o PMDB representanto como um grande leviatã a única possibilidade de oposição ao próprio governo do qual faz parte. É o PMDB que pucha a corda para a direita para manter o goveno ao centro.

    Sobre a chapa Marina/Campos e a "terceira via" nada mais claro e objetivo, tal como cópia exata da outrora terceira via inglesa, e sobre isso digo que  não passa de um discurso maquiavélico tal como foi lá na ilha britânica.

    Campos ganha com a entrada de Marina na sua chapa presidencial um discurso mais palatável à classe média. Se antes o seu discurso neoliberal de gestão e enxugamento da máquina pública agregava alguns setores mais à direita, estes são ampliados com o discurso “ecoliberal”, de “desenvolvimento sustentável”, de Marina tão agradável aos ouvidos nos jovens da classe média.

    Em um mundo onde faltam ideologias claras este discurso da chapa Campos/Marina tem a possibilidade de agregar amplos espectros da política, tanto à esquerda, quanto à direita, passando pelo centro. Essa falta de clareza é o que possibilita o surgimento da chamada “terceira via”, estranha figura concebida pelo “mainstream” para capturar de volta o Estado quando este se encontra governado por forças que inserem parte da população esquecida nos ditames democráticos e amplo apoio da população.

    É esse maquiavélico discurso da “terceira via” que possibilita a união de esquerda e direita para tentar ganhar eleições frente à governos de amplo apoio popular de  implantações de mais direitos e amparos sociais.

    Portanto, a união de Campos/Marina forma uma forte chapa para 2014, tanto do ponto de vista do marketing, quanto por procurar representar a juventude num quadro de esgotamento da polarização PT/PSDB.

    Mesmo com todas essas possibilidades a candidatura Dilma tem reais chances de vitória no primeiro turno. Já era assim, conforme pesquisas recentes, quando Marina ainda aparecia como possível candidata. O que ainda falta para consolidar definitivamente esta tendência de vitória esmagadora é um programa mais ousado, que enfatize mais a mudança que a continuidade.

    O artigo de Militão (PSB) já demonstra a influencia do "sonhático" de Marina.

    Com o peemdebismo que prioriza as eleições locais e o afastamento do PSB do governo, levará a um fortalecimento ainda maior do PMDB e enfraquecimento do PSB nas cidades e estados.

    • Composições do futuro

      Vi o programa do PSB ontem - excelente do ponto de vista de marketing. E, concordo, acende a luz amarela no PSDB: se não se cuidarem, vão ficar em terceiro lugar na eleição presidencial de 2014.

      Continuo com a ideia de que a coisa se resolve no primeiro turno - na verdade, minha impressão é que a eleição do ano que vem será uma passada de rodo do PT e do PMDB. Mas é interessante pensar em um segundo turno em que o PSDB esteja fora; e vai compor com quem? Como?

    • Desculpem os erros graves de

      Desculpem os erros graves de português. O blog, depois do comentário do colega Mario Ávila, não me permitiu fazer as correções.

    • Esgotamento da polarização PT/PSDB

      Quando leio sobre este tal  "esgotamento da polarização PT/PSDB" e "terceira via" fico com a impressão de que estão querendo falar que PT e PSDB tem que dar lugar ao "novo".

      No entanto, entendo que a polarização se esgotou porque o PSDB acabou. O PT não tem que dar lugar a algo novo. Ainda não.

  • Propaganda discarada

    O post ,ou comentário que virou post,é uma propaganda discarada da dupla Campos- Marina,parece retirado de editorial de algum veículo da velha mídia ou de de seus colunistas.Treceira via???Marina se filia ao PSB e ja se coloca como candidata a presidente,num claro afronte ao Partido e a Campos,defenestra apoios por contra própria,com um cinismo arrogante,ela conta com apoio do Itaú e Natura,2 devedores da receita,.Ja começa com um discurso cheio de ódio,que pegou tão mal que tentou consertar,mas ficou pior.Sem as alianças que,campos conseguiu ou cairam no seu colo, terão pouca penetração no sul,então não importa de onde venha,elementos da direita estão indo para o PSB.Então é só uma tentativa de, em um candidato novo,tambem tentar associalo-lo ao novo,junto com uma militante verde,que vem demonstrando o quanto é só discurso,que é só imagem,que não tem conteudo,proposta,apenas o revanchismo,o rancor contra os ex companheiros.Que terceira via é esta,contra o que vai,ou que muda?  e como conseguir sem contrariar ja  a sua base de apoio?

  • Tá explicado

    Tá explicado. Comecei a ler o texto e não reconheci o autor mas percebí o cunho político e a propaganda de um futuro que "poderá", "deverá", "conduzirá", "democratizará"...


    Só o tempo dirá!!!

  • A evolução da espécie

    No momento, prefiro ver a Marina sob a ótica da teoria da evolução das espécies, que ele tanto renega:

    No começo, era "sonhática".

    Sob pressão de financiadores, virou "programática".

    Uma vez no ambiente socialista, tornou-se "problemática".

    Será se, no poder, ela evoluirá para "lunática"?

  • Viajando na Maionese.

    "Pelo perfil de ambos, formarão uma chapa imbatível...","o PT e o PSDB ... Somados formarão confortável maioria parlamentar ética e disciplinada","O PSOL, PSTU, PCO, PCdoB e PEN, poderão até apoiar uma reforma na previdência..."

    Em que planeta esse senhor habita?

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