Agência de risco está preocupada com eleição de Jair Bolsonaro

Foto: AFP

Jornal GGN – Não são apenas os movimentos sociais, entidades ou organizações representantes de minorias e boa parte das mulheres brasileiras que estão apreensivas com a possível eleição de Jair Bolsonaro (PSL). O mercado também enxerga a possibilidade de um governo da extrema-direita com preocupação. Foi o que indicou a agência de classificação risco S&P Global.
Para o analista de ratings soberanos para a América Latina da agência, Joydeep Mukherji, estamos falando de um candidato “outsider”, que “aumenta o risco de incoerência ou de atrasos” na economia brasileira.
A informação foi dada por Mukherji durante um seminário sobre a América Latina, que é realizado a cada três meses, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo. E, para a agência de classificação de risco, apesar de ambos os nomes marcarem altas taxas de rejeição, os motivos para esse repúdio da população são diferentes.
“O candidato do PT não é um outsider, mas Bolsonaro é, o que aumenta o risco de incoerência ou de atrasos em ter as coisas feitas depois das eleições”, afirmou Joydeep Mukherji nesta segunda-feira (1).
O representante manifestou a posição considerando que o Brasil está com problemas fiscais e sociais muito grandes e que a economia não está reagindo e, dessa maneira, haverá muito trabalho a ser feito pelo novo presidente da República.
“Essa é a nossa preocupação no futuro: o quão rapidamente e efetivamente o novo líder vai lidar com essas questões”, apontou.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  • Em imagem internacional, o golpe está liquidado

    O Comitê de Direitos Humanos da ONU, pela esquerda ao centro, e a The Economist, pela direita, acabaram com qualquer imagem ou esperança de prestígio que o golpe e seu candidato preferido poderiam ter no âmbito internacional.

    Não estamos mais em 1964, os dois anos corridos desde 2016 estão valendo por 20 anos daquele período. Quem está embarcando nessa canoa furada é porque ainda tem pensamento analógico. A queda do cavalo vai ser grande. Pena que não caem só os golpistas, mas o país todo.

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