Por Reinaldo Melo

No blog Inquietas Leituras

 

São Paulo secou-se. O que antes era um estado com viés progressista, onde a ideia de uma multiculturalidade era a amarra com o mundo contemporâneo, tornou-se um lugar em que o totalitarismo quase que monocrático nega a própria visão que o paulista tem de si.

A Semana da Arte Moderna, ocorrida em 1922, foi um grande passo dado rumo à modernização artística, econômica e  cultural do Brasil. Abriram-se as janelas para que se desenvolvesse uma visão de país fora da óticas das oligarquias rurais e da intelectualidade aristocrática, que produzia um pensamento que não coadunava com a nova sociedade que surgia. 

A Semana de 22 foi movimento chave para SP se colocar como condutor do Brasil

Dentro do movimento, porém, havia um racha: de um lado, os escritores, como Oswald de Andrade, que defendiam uma Literatura que retratasse o Brasil literalmente, “como falamos, como somos”; do outro, artistas que defendiam uma postura nacionalista e xenofóbica cuja arte deveria retratar as glórias da pátria.

Muitos acadêmicos criticam a superestimação da Semana de 22, afirmando que o culto que se faz dela está muito mais ligado à visão de São Paulo como protagonista do desenvolvimento nacional, o bairrismo peculiar que o  estado tem, do que à suposta importância para o desenvolvimento das artes, visto que indícios de modernidade já eram encontrados em obras anteriores. Não é à toa que a parte patriótica e xenofóbica do movimento de 22 participará do Integralismo, que possui como um dos princípios a abolição de “Estados dentro do Estado” e de “partidos políticos fracionando a Nação”.

O romance de 30 foi um foco de resistência a esse bairrismo. Escritores dos estados fora do eixo São Paulo/Rio de Janeiro construíram obras sobre um país que parte dos escritores da semana queriam esconder: o Brasil da miséria, da fome, da seca. Graciliano Ramos, injustamente rotulado de regionalista, compôs em Vidas Secas um mosaico pleno das agruras do sertão e de seus habitantes.

Mais de setenta anos depois e o estado de São Paulo, afora de não ter aprendido a lição de que há vários Brasis além da parte que ele ocupa, vive uma situação idêntica a dos personagens do escritor alagoano, condicionados pela ignorância e pela seca.

Nesta ano foi noticiada a queda do já então pífio ensino médio paulista. 40% dos alunos saem da escola com aprendizado insuficiente em Língua Portuguesa. Quase 60% não possuem conhecimento adequado em Matemática. Esses índices demonstram que São Paulo vem construindo uma população impossibilitada de ler gráficos, fazer cálculos ou interpretar índices e estatísticas e, ao mesmo tempo, incapaz de ler e entender textos. Uma fórmula magnífica para manter uma população mal informada, alienada de qualquer processo social, acrítica, uma massa de Fabianos a repetirem o mantra: “Governo é Governo”.

Concomitantemente, o estado se deparou com uma crise hídrica. A iminente falta de água, que o governo diz ser consequência pela falta de chuvas, mas, na verdade, é em decorrência da privatização da SABESP e de falta de investimentos de manutenção e de captação de água, foi assunto totalmente explorado nas eleições. Há uma crise de proporções humanitárias vindo, mas maioria do povo paulista sequer quis se aprofundar no assunto e como “Governo é Governo”, então o governador estava certo em suas premissas e mereceu a reeleição.

 

A Privatização da água em SP é uma das causas de sua crise hídrica

O estado que sempre se colocou como a locomotiva do país, o mais desenvolvido, industrializado e racional, sempre se comparando com o Norte/Nordeste, pontuando estas regiões como o retrato do atraso, sofre hoje das mesmas mazelas que um dia se orgulhou de não as ter: índice pífio de educação, falta de água e adoração por oligarquias solidificadas no poder.

Estima-se que a população de nordestinos de São Paulo gire em torno de 20%. Por conta da migração nordestina ocorrida a partir da industrialização na década de 50, pode-se afirmar que o povo nordestino contribuiu e muito para com o crescimento econômico do estado mais rico do país. Mas não apenas economicamente, já que as relações de povos não se fazem de forma monotemática. Houve também a contribuição cultural: artística, culinária, musical, etc. O Nordeste está em São Paulo e São Paulo está no Nordeste. Não é à toa que a capital do estado é chamada de maior cidade nordestina do Brasil.

HItler dizia que “Temos de matar o judeu dentro de nós”. Há nessa fala dois pontos curiosos: o de que o judeu tem um espectro a invadir a identidade alemã e lhe dominar e de que o nazista se sentia parte ou originado do mundo judaico.

A ignorância é a base para o nazifascismo se instalar. E em decorrência à baixa formação educacional da população do Estado de São Paulo, atrelada à ideologia fascista do integralismo, assistimos na última semana a uma mostra de afirmações antidemocráticas (e por que não nazifascistas?) advindas de parte povo paulista.

 

Afirmações nazifascistas de paulistas na Net

Propostas como construir um muro separando Norte/Nordeste do resto do Brasil (não é mera coincidência com os muros que separavam os guetos judeus da população alemã), causar um holocausto ou jogar uma bomba atômica foram algumas das diversas pérolas de ódio destinadas a uma população que votou em maioria no partido oposto ao do governo do Estado de São Paulo.

 

Proposta idêntica ao guetos para judeus na Alemanha Nazista

Celso Furtado sempre denunciou as diferenças entre o Sudeste e o Nordeste, afirmando que a industrialização daquela região criaria o atraso desta, e criou, no governo Juscelino Kubitschek a Sudene, órgão que ajudou na modernização nordestina. Mas tal politica foi abortada no regime militar, mantendo-se o Nordeste nos índices de subdesenvolvimento.

Ao contrário de São Paulo, que agora possui mazelas de regiões subdesenvolvidas, parte do Nordeste vem acumulando benefícios por conta de uma política desenvolvimentista.  Entre 2002 e 2010, o PIB do Nordeste passou de R$ 190 bilhões para R$ 500 bilhões. O número de universitários praticamente dobrou nos últimos dez anos, da base de 4 milhões para 7,5 milhões. Em 2000, eram 4,3 milhões de trabalhadores nordestinos com carteira assinada. Hoje, ultrapassa a ordem de 13 milhões. Fora o fato da ONU estabelecer que o Brasil saiu da lista dos países com problemas com a fome, por conta da assistência que se dá aos habitantes miseráveis da região.

Celso Furtado:o grande idealizador do desenvolvimento no Nordeste

Como então julgar como burro e analfabeto um povo que predominantemente vota a favor de uma política que vem favorecendo a sua região? Não seria burrice e analfabetismo funcional e político votar a favor de um governo que vem patrocinando agruras como: o desmonte da educação básica, fundamental, média e superior do estado; a falta de investimento em captação de água, o que pode causar danos à saúde, ao comércio e à produção industrial; a matança de centenas de pessoas na baixada santista desde 2006, onde grupos de extermínio ligados a forças repressoras do estado declararam guerra às populações das periferias desta região?

Essa onda de ódio talvez seja um hitlerismo às avessas, enquanto que o austríaco defenderia matar o nordestino que está dentro dos paulistas, o povo de São Paulo quer matar o mito paulista que hoje o próprio paulista vê nos nordestinos, já que estes colhem números proporcionais aos da época do desenvolvimento paulista. Só essa inversão psicológica é base para explicar tamanho recalque.

E como cereja no bolo de tanto ódio e preconceito, até um ex-presidente da república faz coro com a turba nazifascista ao afirmar que o voto no governo atual é por falta de informação dos habitantes dos grotões do país. É de salientar o fato repugnante de um ex-presidente da república desconhecer  o próprio país que chegou a governar, chamando todo uma região de grotão e desmerecendo o processo democrático que um dia o fez chegar na cadeira de chefe de estado. Mas tal opinião é compreensível, já que o mesmo ex-presidente tem seu reduto, justamente, em São Paulo.

Fernando Henrique Cardoso: Ex-presidente e acadêmico que desconhece o país

A História mostra que os grandes impérios caíram por não se darem conta da realidade em que viviam. Roma mesmo adotou para si a imagem que não tinha diante dos próprios povos  que dominava, subestimando estes, que um dia viriam eles mesmos a derrubá-la. O Terceiro Reich, de Hitler, idem. Superestimou sua capacidade bélica. Não é de surpreender que quando Hitler se viu derrotado, uma das primeiras medidas foi destruir o suprimento de água do povo alemão, já que este não era superior a ponto de vencer uma guerra.

Talvez parte do povo paulista sinta hoje um narcisismo ás avessas. Não podendo ou não querendo ver a si mesmo, sentindo conscientemente ou inconscientemente que seu apogeu como protagonismo de desenvolvimento sucumbiu a uma nova lógica em que o capital não possui mais pátria ou regiões definidas, sente-se mais confortável a apontar para o suposto atraso dos outros quando na verdade é o seu próprio atraso que deveria estar em debate. Mas o que esperar de um povo que, em maioria, nunca quis ver o que há lá fora, para além das janelas do integralismo, não se preocupa com sua educação, não se preocupa com sua harmonia social, não se preocupa nem ao menos com um elemento vital para a vida: a água?

Não é à toa que em São Paulo se vive uma seca de democracia.

http://inquietasleituras.blogspot.com.br/2014/10/democracias-secas.html

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • São Paulo bairrista? É o

    São Paulo bairrista? É o MENOS bairrista dos Estados brasileiros, acolheu imigrantes de todos os Estados do Brasil generosamente e de braços abertos, ninguem em São Paulo pergunta de onde vc veio, é irrelevante, tem gente do Brasi inteiro e do mundo inteiro, cidadaos comuns e sumidades, como o Prof.Adib Jatene, dois Presidentes  recentes que não são nascidos em São Paulo fizeram aqui toda sua carreira politica e vc ainda diz que São Paulo é bairrista?

    • Você, Araujo, contrapõe

      Você, Araujo, contrapõe impressões subjetivas e vagas a dados concretos para sustentar sua tese, e acha que assim prova seu ponto. Não prova. São Paulo É bairrista, sempre foi. E não é democrático.

      Não vou me dar ao trabalho de repetir ou acrescentar dados que mostram o atual bairrismo paulista, pois Reinaldo Melo já os mostrou suficientemente. Nem vou me dar ao trabalho de detalhar o separatismo paulista de 1932, que hoje a paulistada diz ter sido um movimento constitucionalista, hehehehe. A estes dados concretos e fatos, você contrapõe "São Paulo bairrista? É o MENOS bairrista dos Estados brasileiros, acolheu imigrantes de todos os Estados do Brasil generosamente e de braços abertos", quer dizer, subjetivismo barato contra fatos e dados.

      São Paulo "acolhe" imigrantes "generosamente" segregando-os em guetos distantes, nos grotões bandeirantes;  impondo-lhes um sistema de transporte cruel em que são tangidos como gado e amontoados como sardinha em lata em ônibus e trens;  submetendo-os a matança paralegal nos grotões e a cadeia indiscriminadamente; menosprezando-os como o artigo mostra, por meio de manifestações reiteradas de desapreço pelos imigrantes brasileiros (!), propondo que a terra dos nordestinos seja bombardeada; reservando-lhes trabalhos indignos e humilhantes (e sem essa de que todo trabalho é digno, não é); e explorando, no sentido marxista, a mão de obra desses nobres brasileiros, onde, verdadeiramente, nasceu a nacionalidade brasileira. Não bastasse isto, queimam suas casas (nunca se viu tanta favela queimar como em São Paulo, talvez só na Faixa de Gaza) e os desalojam manu militari como aconteceu em Pinheirinho. Este é o "acolhimento" paulista aos nordestinos, que de generoso nada tem. Estes são os fatos, e não conversa fiada.

      Há muitos anos, por razões profissionais, fui a São Paulo, e um jovem executivo paulista de um banco, com a arrogância típica paulistana dos que "acolhem" os de fora "generosamente" disse a mim, que vivia no Rio, que eu não tinha quase sotaque, hehehe. Lembrei de meu pai, português, que, quando brasileiros lhe diziam que tinha sotaque, respondia, e com razão, que sotaque têm vocês: o falar correto é o de Portugal, especialmente o lisboeta. O falar culto do português brasileiro continua sendo o praticado na cidade do Rio de Janeiro, e, se alguém fala com sotaque, é o paulista, como seus "um chopes e dois pastel, cincoeinta e outras deselegâncias". Este é o acolhimento paulista, que tenta diminuir quem chega já no primeiro contato.

      Se houve lugar que acolheu os imigrantes foi o Rio de Janeiro. Foi do Rio que manifestações culturais nordestinas chegaram a todo o Brasil, tanto musicais, quanto humorísticas. Baião, xaxado, embolada, Jackson do Pandeiro, Chico Anísio, Tom Cavalcante, João do Vale. Não se ouve falar de favelas queimada no Rio, mesmo as de Copacabana (muitas delas iniciadas por nordestinos). Já em São Paulo, o que se tem é um besteirol imitativo de uma cidade que finge ser Chigago, hehehehe e que nada criou em termos culturais. Que vive de 1922, um movimento bairrista cujas finalidades vêm sendo falseadas ao longo dos anos.

      São Paulo é a terra da ignorância, truculência, exploração, hipocrisia frutos de BAIRRISMO estúpido. São Paulo além de ser o túmulo do samba, é o túmulo da democracia e da brasilidade. São Paulo é um cemitério.

  • lembra do geraldo, do grupo

    lembra do geraldo, do grupo Rumo?

    "olha o geraldo, pessoal...

    não vou,,

    não quero,

    eu fico envergonhado,

    porque todo mundo olha,

    todo mundo fala,

    todo mundo reparando,

    tdo mundo  me secando"

  • delenda Sao Paulo. Todos os

    delenda Sao Paulo. Todos os movimentos que fizeram o país avançar, como lembra o WerneckVianna, foram contra, contra Sao Paulo. São Paulo é, é o atraso; por isso insistem tanto nessa retórica de que conduzem o país. Foi assim com a escravidão, com a República, com os Direitos Sociais, etc; até com Juscelino!

    A estratégia é isolar o tucanistão e deixá-los lá na síndrome de estocolmo deles... Que sejam muito chiques e pt saudações! Foi o governo deles, afinal, que impediu os estados de se mexerem.... Qualquer coisa é intervenção e pt., saudações, afinal direitos básicos estao sendo não garantidos lá no meio daqueles liberaaais de meia tigela...

  • "Não é à toa que a parte

    "Não é à toa que a parte patriótica e xenofóbica do movimento de 22 participará do Integralismo"

    Plínio Salgado participou da semana de 22.

    Será que os tucanos presidirão o centenário do movimento? Se confirmar, o "Abaporu" do centenário será um óleo sobre tela simbolizando um "picolé de chuchu" estilizado, pintado por algum grafiteiro debochado.

  • Mito por mito, uma história interessante, em Inglês

     

    A Pedra Preta

    The Black Stone

     "The Black Stone"AuthorRobert E. HowardCountryUnited StatesLanguageEnglishSeriesCthulhu MythosGenre(s)Lovecraftian horrorPublished inWeird TalesPublication typePeriodicalMedia typePulp magazinePublication dateNovember 1931

    "The Black Stone" is a classic short story by Robert E. Howard, first published in the November 1931 issue of Weird Tales. The story introduces the mad poet Justin Geoffrey and the fictitious Unaussprechlichen Kulten by Friedrich von Junzt.

    Among Howard's stories that can be considered part of the Cthulhu Mythos — this one is no exception — it is written as a mythos story rather than as simply a tale compatible with the Lovecraftian universe. It follows the same pattern and has the same features asH. P. Lovecraft's classic work, and it is an obvious wink to Howard's friend and mentor, Lovecraft himself.

     

    Contents

      [hide1 Synopsis2 Characters2.1 Justin Geoffrey2.2 Friedrich Wilhelm von Junzt2.3 Narrator3 References4 External links

     

    Synopsis[edit]

    “And the thought recurs to me--if such a monstrous entity as the Master of the Monolith somehow survived its own unspeakably distant epoch so long--what nameless shapes may even now lurk in the dark places of the world?” — The Black Stone, Robert E. Howard

    The story opens with an unnamed narrator being gripped with curiosity by a brief reference to the Black Stone in the book Nameless Cults, aka The Black Book, by Friedrich von Junzt. He researches the artifact but finds little further information. The ancient (though its age is debated) monolith stands near to the village of Stregoicavar ("meaning something like Witch-Town") in the mountains ofHungary. There are many superstitions surrounding it, for instance anyone who sleeps nearby will suffer nightmares for the rest of their life and anyone who visits the stone on Midsummer Night will go insane and die. Though the Monolith is hated and disliked by all in the village, it is said by the Innskeeper that "Any man who lay hammer or maul to it die evilly." So that all of the villagers simply shun the stone. (though the narrator notices damage done to the stone."

    The narrator decides to travel to Stregoicavar on vacation. Along the way he hears of the local history and sees the site of an old battlefield, where Count Boris Vladinoff fought the invading Suleiman the Magnificent in 1526. Local stories say that Vladinoff took shelter in a ruined castle and was brought a lacquered case that had been found near the body of Selim Bahadur, "the famous Turkish scribe and historian", who had died in a recent battle. The unnamed contents scared the count but at that moment Turkish artillery collapsed the castle and killed the occupants.

    Reaching the village, the narrator interviews some of the villagers. The current inhabitants are not the original people of the village - they were all wiped out by the Turkish invasion in 1526. They are said to have been of a different, unknown, race than the Hungarians with a reputation for raiding their villages and kidnapping women and children. A school teacher reveals that according to legend, the original name for the village was Xuthltan and the stone was worshiped by pagans at one time (although they probably did not erect it themselves). The black stone is "octagonal in shape, some sixteen feet in height and about a foot and a half thick."

    A week after arriving the narrator realizes that it is Midsummer Night and makes his way to the stone. He falls asleep an hour before midnight but wakes to find the chanting and dancing people around the stone. After much dancing, during which the narrator is unable to move or do anything but observe, a baby is killed in sacrifice. Shortly a giant toad-like monster appears at the top of the stone and a second sacrifice, a young girl, is offered to it. The narrator faints at this point and decides that it was a dream when he wakes again (there is no evidence of any of the night's events).

    Thinking back to the earlier tale, he decides to secretly excavate the ruined castle at night and recover the box that was buried along with Count Boris Vladinoff. He translates the text of a scroll found inside the crushed box, which turns out to be a record of Selim Bahadur's raid into the valley. The Turks found the toad-monster worshipers and eradicated them all. They also found in a nearby cave "a monstrous, bloated, wallowing toad-like being and slew it with flame and ancient steel blessed in old times by Muhammad, and with incantations that were old when Arabia was young". The narrator realizes that his "dream" was actually a vision of a real event in history and that the Black Stone is really the spire of a massive fortress, while the cliffs that surround it are its battlements. The rest of the castle lies buried under the Hungarian mountains. He throws the scroll and a small gold idol of the toad (also from the box) into the Danube.

    The narrator ends with the belief that the words of the Nameless Cults are real and not "the ravings of a madman" as he had at first. With this comes the thought "Man was not always master of the earth--and is he now?"

    Characters[edit]

    Justin Geoffrey[edit]

    (1898–1926) A poet who wrote "The People of the Monolith" after visiting the village of Stregoicavar and died "screaming in a madhouse" five years before the events of the story. He is remembered by the villagers as acting in an odd manner, with a habit of mumbling to himself. The story opens with this stanza, which is attributed to him:

    "They say foul things of Old Times still lurk
    In dark forgotten corners of the world.
    And Gates still gape to loose, on certain nights.
    Shapes pent in Hell."

    Friedrich Wilhelm von Junzt[edit]

    (1795–1840) An eccentric German poet and philosopher noted for his extensive travels and membership in myriad secret societies. He is mainly remembered as the author of the Unaussprechlichen Kulten (Nameless Cults or The Black Book), which was published shortly before his death. Six months after his return from an expedition to Mongolia, he was found dead in a locked and bolted chamber with taloned finger marks on his throat.

    Robert M. Price compares the death of Von Junzt to the demise of Abdul Alhazred, author of the Necronomicon: "[In] Lovecraft's tongue-in-cheek 'History of the Necronomicon'...he recounts the doom of Abdul Alhazred. 'He is said by Ebn Khallikan . . . to have been seized by an invisible monster in broad daylight and devoured horribly before a large number of fright-frozen witnesses.' ...And 'what of the monstrous hand that strangled out his life?' In both cases, the coroner reports the cause of death as a phantom monster suspiciously like the one that rent Lovecraft himself limb-from-limb in Robert Bloch's 'The Shambler from the Stars'.".[1]

    At the time of his death, von Junzt was working on a second book, the contents of which are unknown since it was burnt to ashes by his friend, the Frenchman Alexis Ladeau. Afterwards, Ladeau slit his own throat with a razor after having read the work. Von Junzt was one of the few people to have read the Greek version of the Necronomicon.

    Narrator[edit]

    Almost nothing is known about the story's anonymous narrator. He is very learned, with extensive knowledge of history and anthropology, and has read much on the subject of ancient religion, including obscure or bizarre authors like von Junzt. His tastes in poetry go to the obscure and weird too, such as Geoffrey.

    References[edit]

    Jump up^ Price, "The Borrower Beneath (Howard's Debt to Lovecraft in 'The Black Stone')", Crypt of Cthulhu #3.)Wikisource has original text related to this article:The Black StoneRobert E. Howard (1998) [1931]. "The Black Stone". Tales of the Cthulhu Mythos (1st ed. ed.). New York, NY: Random House. ISBN 0-345-42204-X.

    • A conexão com a nota do Dollar
      The Keys of Enoch explains the eye and pyramid with some handy artwork to boot... havent read it though, just admired the artwork.

      The Chintamani Stone also has something to do with this story.

      One source says that Nicholas Roerich... ...even bringing a mysterious stone to guide the League of Nations on behalf of the Masters. According to legend, the 'Chintamani Stone' was believed to be a part of a magical meteorite from a solar system in the Orion constellation.This Chintamani Stone is sent wherever a spiritual mission vital to humanity is set up, and is returned when that mission is completed.

      http://www.conspiracyarchive.com/NWO/All_Seeing_Eye.htm

      "It appears to be a trapezohedron made of black stone or ore, with glowing striatons. However it is more, or less, than stone. Scientists would not be able to study it completely because it exists only partially in in humanities concept of matter and space. 

      It is more than an artifact, it is a key to doors that were sealed aeons ago.

      Part of the stone was kept in a monastery in Tibet, the second in the Museum of Natural history in Manhattan, and the final piece in the city of Agartha.

      One ancient South American Legend relates that the god Tvira built a temple on an island in the lake Titicaca to hold three holy stones called the Kala.

      Similarly three black stones were venerated by the Muslims in the Ka'aba at the great mosque in Mecca. There are several traditions associated with the stones but all agree on its celestial origin. Muslims say that the stones were originally white but turned black after absorbing dark or evil thoughts. 

      In Hungary, near the village of Stregoicavar, there was a monolith that 19th century occultists spoke as one of the keys. There was a lot of superstition regarding the stone and the monolith, especially the assertion that if anyone slept in its vicinity that they would be haunted by monstrous nightmares of another world afterwards forever. 

      In many texts the stone is referred to as the Shining Trapezohedron. A number of esoteric and suppressed volumes dating back to the Gnostic tradition mentioned the original form of the stone as a Trapezohedron. An Arab scholar who went by the name of Abdul al-Hazred wrote of it in his 18th century manuscript, Kitab al-Azif. Von Junzt alluded to it in his Unausprechlichen Kulten, as did the Ponape scripture and Pinn's De Vermiis Mysteriis.

      The most recent mention of the stone is from the 1920's and directly reference the reason why the stones were called keys. 

      In Buddhist and Taoist, there is the Tradition of Eight Immortals, eight masters who reside beneath a mountain on the Chinese-Tibet border. The City, known as Agartha in some legends and Hsi Wang Mu in others, is possibly underground and has been said by many as to be near Lhasa. There have been numerous and dubious reports of explorations of tunnels leading to the city, but the most convincing came from Nicholas Roerich, a Russian artist and Mystic.

      During his travels in Asia in the first decade of the twentieth century he heard about Eight Immortals and their abode in the mountains. He learned from a native guide about a huge vault inside the Kun Lun mountain range where treasures had been stored from the beginning of history and of strange gray people. 

      In the 1920's a high abbot from the Trasilumpo lamasery entrusted Roerich with a fragment of a magical stone from another world, The Chintamani Stone, alleged to have come from the Sirius system. Ancient Asian texts claim that 'when the son of the sun descended upon the Earth to teach mankind, there fell from the heaven a shield which bore the power of the world. 

      Roerich's wife wrote that the stone possessed a dark luster, like a dark heart, with four unknown letters.. Roerich recognized the four letters on the stone to be Sanskrit and translated them to mean 'Through the Stars I come. I bring the chalice covered with the shield. Within it I bring a treasure, the gift of Orion.'

      Its radiation was stronger than Radium but on a different frequency.

      Asian legends state that this radiation covers a vast area and influence world events. The main mass of the stone is kept in a tower in the city of the Starborn.

      According to ancient texts the stone was sent from Tibet to King Solomon in Jerusalem, who split the stone and made a ring out of one piece. Centuries later Muhammad took three other fragments to Mecca. A smaller fragment was sent with Roerich to Europe to help aid the establishment of the league of nations. With the failure of the League, Roerich returned the fragment to the Trasilumpo lamasery in Tibet. 

      Supposedly the thirteenth Dalai Lama decreed that the fragments were to be kept in separate places for safe keeping. 

      During Roerich's journey to Tibet he reported he saw a flying disk, a term he used two decades before the phrase was coined. His guide told him it was from the city of Agartha.

      Roerich speculated that the stone was a form of Moldavite, a magnetic mineral said to be a spiritual accelerator. Some historians said that the stone can act as a homing beacon, leading to the man piece and the city of the Eight Immortals.

      The Abbot told Roerich how the immortals were made of air and clay, formed by Mu Kung, the sovereign of eastern air and Wang Mu, the queen of the western air. A post Taoist twist is that they are from a planet in the solar system of Sirius and established an outpost in the Tibet Mountains to conduct their genetic hybrid experiments. 

      Roerich's theory about the stone is that it is charged with Shugs, currents of psychic force. He speculated it resembled an electrical accumulator and may give back, in one way or another, the energy stored within it. For instance, it will increase the spiritual vitality of anyone who touches it, infusing him with knowledge, or enhancing psychic abilities, that allow him to glimpse Agartha, the valley of the Eight Immortals.

      The stone, according to Balam, is a key, a key to all futures and everyone's destiny. It is a point of power, a nontechnological quantum vortex.

      More data to follow, hopefully."

      http://www.jamesaxler.com/dlwsg/chintamani_stone.htm

  • O Imperio Romano não foi

    O Imperio Romano não foi derrotado pelos povos que dominava e sim pelos hunos, que não eram súditos de Roma.

    A queda de imperios é uma tema de enorme complexidade a partir de  causas e concausas diversas, é primarismo pretender criar uma teoria geral aplicavel a todos os imperios. O Terceiro Reich nunca foi um imperio, conceito que implica em seculos de dominação não só militar mas tambem cultural, Roma durou 7 séculos, o dominio do Terceiro Reich sobre parte da Europa durou 5 anos e não deixou legado, Roma deixou imenso patrimonio cultural nos territorios que governou, a começar da lingua, tampouco foi um derrota completa, transferiu-se para o Oriente durou mais 10 séculos em Constantinopla.

    • Nada a Ver

      Você é inconsistente. O Império Romano do Oriente, isto é, o Império Romano, durou, como você mesmo disse, mais mil anos depois da queda do Império Romano do Ocidente. O Império Romano só acabou quando o Império Romano do Oriente caiu e quem o derrubou foram os turcos otomanos em 1453. Portanto, quem deu fim ao Império Romano foram os turcos otomanos, não os hunos.

      O Império Romano do Ocidente caiu quando Roma foi tomada pelos hérulos (bárbaros germânicos originários do sul da Escandinávia) em 476.

      Não foram os hunos que derrubaram o Império Romano, portanto, foram os turcos otomanos. Os hunos nem mesmo derrubaram o Império Romano Ocidental.

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