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Dilma rebate vaias: “Resisti à tortura física, xingamentos não vão me intimidar”

Jornal GGN – A presidente Dilma Rousseff rebateu, na manhã desta sexta-feira 13, as vaias que recebeu de parte da torcida que acompanhou a estreia do Brasil na Copa do Mundo, ontem, na Arena Corinthias. A chefe do Executivo, que tentará a reeleição em outubro, destacou que o povo brasileiro não pensa da mesma maneira que os hostilizadores transpareceram no estádio, e frisou que, ainda assim, ela não se sente enfraquecida pelas ofensas. Ela lembrou que resistiu a agressões piores, durante o período ditatorial.

“Não vou me deixar perturbar, atemorizar, por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e famílias. Na minha vida pessoal, quero lembrar que enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Suportei, não foram agressões verbais, foram físicas. Suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do meu rumo. Nada me tirou dos meus compromissos, nem do caminho que tracei para mim mesma. Não serão xingamentos que vão me intimidar, atemorizar. Não me abaterei por isso, não me abato e nem me abaterei”, disse a presidente. 

“O povo brasileiro não age assim e não pensa assim. Sobretudo, o povo não sente da forma como esses xingamentos expressam. O povo brasileiro é civilizado e extremamente generoso e educado. Podem contar que isso não me enfraquece. Podem contar”, completou.

A declaração da presidente ocorreu em meio à inauguração de um dos trechos do BRT Expresso do Distrito Federal. 

Dilma aproveitou a ocasião para agradecer aos trabalhadores e demais agentes envolvidos na construção das obras do mundial de futebol. “A Copa é um momento de afirmação do Brasil, e nós ontem demonstramos que conseguimos superar todos os obstáculos para realizar a Copa”, observou a presidente.

Com Blog do Planalto

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Vaiar ou não vaiar....
    Será que a vaiar a presidente num evento mundial traduz o espírito de um país?Será que a presidencia atual é culpada de todas as mazelas deste país?Não vou desfiar um rosário de incompetências e atos corruptos de outros partidos e deste também, porque todos tem podres enormes. Tanto que se coligam facilmente entre si, mesmo sendo adversários, se isto lhes convém e lhes garantem alguns votos.Será que a população mais pobre, aquela que hoje consegue comer melhor, viver melhor vaiaria a presidente ontem? Porque eles estão em melhor situação, mas não estavam no estádio, não tem como comprar ingressos para estar nestes eventos.Será que esta vaia era de fato prá presidente? Será que quem vaiou acha de fato que ela é uma pessoa física e pessoa política merecedora de vaias?Já vimos hoje Eduardo campos e Aécio apoiarem as vaias de ontem. Olha só... Justo quem... Será que os que vaiaram a presidente, sua história, sua biografia acham de fato que estes dois podem substituí-la com mais competência, correção, honestidade e realizações...Escutem as próprias vaias. Reflitam sobre elas. Vaiar pra reclamar é válido. Mas se parar por aí, é atitude de rebelde sem causa, de bebê chorão.Corram atrás de soluções, de informaçãoes sobre candidatos com biografias que garantam um mínimo de competência para os cargos que exercerão e sobretudo de candidatos honestos e de fato bem intencionados.Será que vale a pena votar em partido ou político prá se favorecer seja de que forma for por ele estar no poder? Não sou de nenhum partido, portanto me sinto livre prá pensar, escolher, refletir sem paixão, sem preconceitos. Um partido não deve ficar tanto tempo no poder. Não é saudável. Mas vamos ser responsáveis com nosso voto. Vamos pensar no país e não em sí próprio.A presidente acertou e errou no seu mandato, mas não merecia as vaias de ontem e muito menos xingamentos com palavras de baixo calão, que só mostram como a nossa classe média e alta, que teve todas as oportunidades na vida, são mal educados, grosseiros e desrespeitosos com todos que estavam assistindo este espetáculo. Lamentável...  

  • Lamentos

    "A ignorância é uma paixão!"

    Esta frase bem poderia ser de um gênio como Nelson Rodrigues, que com certeza se sentiria enojado com a manisfestação tribofe da torcida brasileira na abertura da Copa, diga-se novamente, dessa "elite" que odeia o verdadeiro POVO  de nosso país.

    O presidente é uma instituição pública, independentemente de quem ocupe o cargo, devemos respeito. Quando o mundo assistiu a agreção de uma autoridade brasileira, tivemos o testemunho de uma paixão que habita a alma daqueles que se dizem patriotas e, também, que fazem de conta que são elite cultural desse país. Que vergonha nacional!

    É certo que da mesma forma que trataram a presidente Dilma, também tratam a coisa pública, as pessoas, a nossa terra  Brasil.

    Uma coisa é certa, o povo não estava representado lá, na Arena Brasil, mesmo. Até porque o nosso povo não é tão ignorante. 

     

    Bola pra frente!

     

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