Nos EUA Maia sobe expectativa do PIB brasileiro

Parlamentar também disse a empresários que não está otimista para a reforma da Previdência ainda em fevereiro
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Câmara

Jornal GGN – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve nesta segunda-feira (15) na sede da ONU, em Nova York, para tratar da crise humanitária na Venezuela e o impacto de refugiados no Brasil, mas o destaque foram seus comentários a respeito do equilíbrio fiscal no Brasil. Ao final da reunião, o deputado respondeu jornalistas respeito da política econômica no país e a saúde fiscal em 2019.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, deputado foi otimista, até demais, prevendo o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 que deve ser repetido no próximo ano. Entretanto, as projeções do Banco Mundial é um crescimento de 2% este ano e 2,3% em 2019.
Maia também subestimou consideravelmente o déficit fiscal do governo Temer previsto para 2018 em R$ 110 bilhões, enquanto as projeções oficiais são de R$ 157 bilhões no Orçamento. O parlamentar concluiu que a regra de ouro será cumprida em 2019 “com algum esforço”.
Sobre a dificuldade do governo em dialogar com o Congresso e conseguir o apoio da oposição para passar reformas consideradas importantes às contas públicas do Executivo, como a da Previdência, Maia declarou que é preciso “coragem para enfrentar os problemas” para lidar com a oposição, citando governadores petistas, como Fernando Pimentel, de Minas Gerais, e Wellington Dias, do Piauí.
“Defendo que a gente pare tudo e faça um debate junto aos governos (…) Dá para pactuar uma agenda mínima em que a gente tire do debate as paixões em torno das eleições. Com retórica, demagogia e populismo, não vamos a lugar nenhum.” disse, segundo a Folha, em tom de campanha, apesar de o parlamentar ter reforçado antes de sua viagem aos Estados Unidos que as eleições presidenciais são sua “última preocupação”.
Previdência
Nesta terça-feira (16), Maia discursou para empresários na Câmara de Comércio dos Estados Unidos ressaltando a importância da reforma da Previdência para equilibrar as contas fiscais da União. Mas admitiu estar sem otimismo que isso será possível em fevereiro.
“Neste momento, a gente prioriza a agenda da reforma da Previdência sem nenhum tipo de otimismo, sem nenhum discurso em que a gente diga que esta é uma matéria que estará resolvida em fevereiro de 2018”, disse.
O presidente da Câmara também criticou a decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro em suspender a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) ao Ministério do Trabalho.
“Não é fácil, e nós temos problemas hoje no Brasil na relação entre Poder Judiciário e, principalmente, Poder Executivo. Algumas decisões do presidente têm sido barradas pelo Judiciário, o que é grave. Isso também atrapalha a reforma da Previdência. Estamos, desde o dia 3, sem conseguir nomear a ministra do Trabalho – isso gera um impasse dentro de um partido que não tem muitos votos, mas para uma votação que a gente sabe que não é fácil chegar ao número necessário. Isso sempre gera dificuldades e atrasa a capacidade de articulação do governo”, declarou
Maia participa de encontros com políticos, empresários autoridades nos Estados Unidos e no México até quinta-feira (18).
*Com informações da Folha de S. Paulo e Agência Brasil
Redação

Redação

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  • Se o capital liberal tivesse

    Se o capital liberal tivesse sido mais explícito em '64 - como foi no Chile, chegando ao absurdo do borbardemento do palácio do governo por caças americanos, inclusive - agora seria mais fácil.

    Ainda se os operadores do capital no Brasil fossem brasileiros e patriotas... já pensou que legal se se encontrasse um jeito do capital operar no Brasil e, ao mesmo tempo, se promovesse prosperidade a todos, soberania nacional, menos desigualdades... mas, bah! Que bobagem! O capital não apenas não tem pátria como é fundamental para ele produzir concentração, desigualdade, carências e necessidades, "choro e ranger de dentes" até para manter a turma sob estresse, amedrontada, agressiva e competitiva. Ainda se houvesse uma, uminha que fosse, experiência no mundo todo, em toda a História, em que o capital correu solto, sem regulação firme do estado, e  as pessoas, o povo, experimentaram prosperidade e bem estar...

  • Acho que é implicância minha,

    Acho que é implicância minha, mas pra mim esse sujeito representa a encarnação da boçalidade: tosco, primário, míope, apático e limitado. Em suma, a mediocriadade encarnada.

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