De Judas a Cristo, as comparações bíblicas de Levy

Jornal GGN – As comparações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a figuras bíblicas não cessam. Depois de a presidente Dilma Rousseff afirmar que o ministro não pode ser visto como um Judas por liderar as medidas impopulares de ajuste fiscal, o vice-presidente Michel Temer disse que Levy deve ser tratado como “Cristo”, por ter “sofrido muito”.
“Ele tem que ser tratado como Cristo, na medida em que sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária, na medida em que deixou um exemplo extraordinário para todo mundo”, disse o peemedebistam nesta segunda (08).
A comparação deve-se ao fato de que, para Temer, as medidas anunciadas pelo ministro serão, inicialmente, difíceis, “complicadas”, mas que vão gerar “os melhores resultados”.
O vice reuniu-se na noite desta segunda com o titular da Fazenda e com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Hoje, Temer conversará com os líderes do Senado para, de acordo com ele,  traçar o “panorama geral” da Casa, com vistas à aprovação das desonerações da folha de pagamento para 56 setores da economia, incluídas no Projeto de Lei 863/2015, enviado pelo Planalto ao Congresso. Adiada pela Câmara, a votação deve ser retomada este mês.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  • Como um chicago boy, ex-diretor do bradesco e atual ministro,

    que tem agido para garantir o lucro dos especuladores e o desemprego dos pobres, pode ser considerado alguém que sofreu como cristo por que foi criticado? Esses senhores deveriam ser obrigados a viver de bolsa família por pelo menos um mês e encarar o desespero real fruto de suas políticas econômicas para entenderem o significado de sofrimento.

  • Desoneração não estava de todo errada

    Alguns setores industriais exportadores deveriam continuar com a desoneração. Algunss têm melhor retorno custo benefício, aqueles em que possuímos vantagens comparativas. Não adiantaria subsidiar (é disso que se trata) setores já esmagados pela competitividade chinesa ou, pasmem, mexicana.

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