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IPCA-15 desmente pirações estatísticas de Campos Neto, por Luís Nassif

Se Roberto Campos Neto está vendo inflação, recomenda-se uma consulta ou a um oftalmologista, ou a um psicanalista ou ao tesoureiro de suas contas pessoais. O último IPCA-15 divulgado, referente ao mês de abril, foi de apenas 0,21%, perfazendo 3,77% em 12 meses.

A maior pressão foi de alimentos, com irrisórios 0,13% de alta; a menor foi de transportes, com -0,10%.

Desde que houve a reoneração dos combustíveis, o IPCA-15 anual tem caído sistematicamente.

No acumulado de 12 meses, percebe-se todos os grupos sob controle. A maior influência no índice final foi Alimentos e Bebidas, mas com meros 0,8%.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • "We the people" estamos sujeitos a representantes da banca financeira em ações que devem ser de Estado e respectivos governos eleitos, cujas estratégias são autorizadas pelas urnas. Ao invés disso, criam uma independência que por si só vira um tabu finaceiro e miRdiático.
    Ai do "retrogrado" que for contra!
    O apavorante é que o mesmo acontece em diversos outros setores onde bancadas parlamentares e os donos de míRdia também têm interesses diretos, como no agronegócio.
    Ou seja banqueiros e fazendeiros acumulando fortunas com a esmagador apoio da sua ässessoria de imprensa e relações públicas.
    E assim, "we the people" top, top, top!...

  • Faço compras no mercadinho de meu bairro, semanalmente.
    Há 2 anos atrás pagava R$60,00 (frutas, legumes).
    Hoje, pago,pelas mesmas coisas ,R$ 180,00 !...
    Preciso retornar a escola para calcular diferente desses índices,ditos oficiais ?!...

    • não, precisa aprender sobre estatistica e seus calculos, é uma ciencia aprenddida em nivel superior, em algumas graduações que trabalham com a ferramenta. no nivel médio o assunto é raso assim como o desgoverno passado, que não aumentava o salario, por 4 anos.

  • Como ele exerce um cargo na administração pública que se tornou independente do poder executivo, então ele pode imaginar, criar situações fictícias para manter, para sustentar suas opiniões e implementá-las na política monetária do BACEN..

  • Eu acho que esse Nassif não frequenta supermercados pra ver que os preços estão nas nuvens. A realidade que ele vê é a mesma dos que fizeram o L e torram nossa grana. A nossa realidade é bem diferente. Cria vergonha e não comenta o que tu não sabe.

  • " A maior pressão foi de alimentos com "Irrisórios" 0,13% de alta". Como é bom ser classe média e não precisar se preocupar com o básico (alimentação) para a própria subsistência, e aí poder acreditar nos dados oficiais da inflação. Gente que não vai aos mercadinhos ou supermercados ou sacolões, ou que indo não tem a sua renda quase toda comprometida ali. Enfim, gente que não é pobre e por isso não tem comprometimento com a pobreza, com o Brasil também não (de uma vez que esse é um país de população pobre, e caso as estatísticas me contradigam prefiro ficar com a realidade da pobreza da população do que com a suposta veracidade das estatísticas). Mas a alta dos preços que nós que somos pobres sentimos talvez seja devida à nossa percepção distorcida pela falta de objetividade na visada da situação, à sazonalidade dos preços,aos efeitos do el Nino, la Nina, não é mesmo? E são esses que pretendem pensar, arquitetar o "desenvolvimentismo" do país.Não sei se é pra rir ou debochar. Os Policarpos Quaresmas da vida. Mas como diz a frase: Quem tem fome tem presa. Ah! Quem tem fome precisa de salário e muito alto, pra poder comer.

  • Cara, votei no Lula. Era o único caminho viável pra poder retirar aquele FDP da presidência, mas tirando o fato do Lula trazer um pouco de civilidade para o processo político do país, o que mudou para os pobres? para os assalariados? Nada. Alguns itens nos mercados, supermercado e sacolões tem uma queda de preço, para passada uma ou duas semanas logo aumentar novamente,isso ao mesmo tempo que muitos outros itens compensam com grande alta a queda de preço daqueles (enfim, é um movimento circular, isso quando há esse movimento e os preços não ficam simplesmente estagnados na carestia, consumindo quase toda a renda do trabalhador porque essa renda cresce infinitamente menos que os aumentos dos preços). A vida do pobre assalariado e não assalariado não é fácil, nesse país nunca o foi, na verdade essa vida é simplesmente trabalhar, comprar comida e pagar as contas (quando dá pra fazer isso tudo), e se distrair, se divertir, ter momentos de lazer, como der (um almoço com a família, tomar uma cerveja pra relaxar, ver algum entretenimento estúpido pra descansar a cabeça das preocupações). A vida de uma pessoa pobre é bastante pragmática, prática, sem ilusões, está direcionada à busca da sua subsistência, essa mesma subsistência que representa "Meros 0,8%" ou "irrisórios 0,13%".Ah! Alguém comentou: " os idiotas falam o que quiser, os dados estão aí". É verdade. Fico pensando que os famosos "cabeças de planilha" se aplicam a muita gente.

    • Assistir a rede Globo, assim como todos que fizeram o L. É bom pra relaxar e deixar o cérebro escorrer pelo nariz.

    • Olha! Eu não sou lá um dos grandes defensores do Lula e, em grande parte, votei nele pelos mesmos motivos que vc, meu caro!
      Mas particularmente, em que pese minhas críticas, dentre elas sentir que o Lula está mais para um governo de centra direita do que progressista, eu acredito que as coisas melhoraram pra mim sim. Cara, eu fui no mercado e cheguei a pagar quase 10 reais em um litro de oleo, mais de 65 em uma caixa de leite, e sou pobre com crianca pequena em casa. Combustivel, o Etanol chegou a custar 6 ou 8 reais, dava até medo de usar o carro.

      Eu diria que as suas críticas são genuínas de certa forma, nao sei qual o seu viés ideologico, mas no meu, criticar saindo pela direita não vale mto a pena! Apesar de criticar muitas coisas em relação ao Lula, em especial, a falta de combate do seu governo, eu diria que, no que se refere à questão alimentar, ele tem se empenhado de maneira minimamente coerente com seu programa político. Ressaltar também que ele está retomando a política de estoque de alimentos, que pode nos dar um alivio em tempos de estiagem. Claro que a gente pode criticar mta coisa a respeito dessas medidas, como por exemplo, essa lei Kandir bem zoada que temos, que favorece, à base de recursos publicos, a exportação de alimentos e não a produção interna.. Vish.. da pra falar mta coisa, mas, pra mim, dá pra falar mta coisa, sem ficar dando margem para direitista encher o nosso saco depois! .. Se cabe a minha singela opinião e experiência particular.

      • Então, também fui ao mercado quando o óleo de cozinha estava R$10, hoje ele não custa esse preço, sofreu uma queda, assim como em curtos intervalos sofre uma alta, o que ocorre é que ele se estabilizou em uma faixa de valor desproporcionalmente alta em comparação com o aumento da renda do trabalhador no mesmo período (e isso ocorre com os preços da maioria dos itens básicos de alimentação. E para tudo isso são usados como desculpa os eventos climáticos, a cotação internacional dos produtos, a sazonalidade dos preços, mesmo o país apresentando safras recordes ou mesmo o valor pago ao produtor por produtos básicos importantes sendo baixo). Sobre o etanol não posso dizer nada, pois não possuo carro, mas acredito que uma certa mudança positiva na política de preços dos combustíveis era algo próprio dos governos anteriores do PT e que com certeza o Lula iria buscar fazer novamente (como uma das marcas do seu governo, já na campanha eleitoral). Com relação à alimentação, eu questionei qual a mudança que o governo Lula causou na vida dos pobres, e respondi que nenhuma. Nenhuma, porque a luta pra se alimentar, pra conseguir fazer o salário render na compra de alimentos continua igual (a flutuação de preços, pra mais e pra menos, está dentro de uma estabilidade de valor que é muito maior do que os ganhos do trabalhador). Essa crítica foi menos ao governo Lula (que veio após um período de terra arrasada, que está nas mãos de um congresso que é uma máfia, que em certo sentido é refém do agronegócio que é mais uma máfia) e mais ao desleixo e desconsideração com que o autor do artigo tratou a questão do preço dos alimentos. Sobre ideologia, eu nem sei se isso existe de uma maneira realmente prática hoje em dia, isto é, se existe além do discurso. De qualquer maneira a minha ideologia, se ela existir como uma posição prática além de discurso, é trabalhar, pagar minhas contas, ter uma vida minimamente confortável e me instruir o máximo que posso, esperando que todo brasileiro pobre possa fazer isso ou tenha esse direito, com o mínimo de aperto possível.

  • Não estou falando nada disso pra defender posição do presidente do Banco Central, não. É que achei um escárnio, um desprezo, a falta de atenção, a desconsideração em relação aos preços altos, absurdos dos alimentos. Não vejo sequer qualquer tipo de crítica à forma de avaliação e medição da inflação no país, país que sendo absolutamente estratificado socialmente e economicamente, não discrimina e não considera índices de inflação de acordo com essas mesmas desiguldades (absolutizando, assim, dados oficiais de inflação).

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