Jornal GGN – Embora veja avanços na implantação do acordo de paz na Colômbia, o ex-presidente do país, Juan Manuel Santos, não só critica a lentidão do atual presidente do país, Iván Duque, para adotar os principais pontos como diz que a América Latina voltará a ver novas manifestações após a pandemia de covid-19.
“O conflito motivado por razões políticas acabou, mas é preciso que o atual governo (da Colômbia) impeça que grupos criminosos ligados ao narcotráfico ocupem as áreas que antes eram controladas pela guerrilha”, afirma Santos, vencedor do prêmio Nobel da Paz em 2016, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. Em 2020, 389 civis colombianos foram mortos em ataques de facções criminosas, o número mais alto desde a aprovação do acordo de paz, em 2016.
Sobre as manifestações na América Latina, Santos diz que a população já se mostrava insatisfeita com as lideranças políticas antes da pandemia de covid-19, mas que isso voltará com mais força por conta da piora do quadro.
“Esta crise revelou e agravou os problemas que a região sempre teve em relação a desigualdade e pobreza. Fez crescer a desconfiança das populações em seus dirigentes e em suas instituições. E isso coincidiu com uma falta de liderança na América Latina. O mundo de hoje se caracteriza pela falta de liderança em nível mundial, e o caso latino-americano é especialmente grave. Desde a Argentina até o México não há líderes com capacidade de transmitir segurança à sociedade. A região está à deriva”, diz Juan Manuel Santos. “As pessoas esperam muito do Estado, esperam igualdade, acesso a oportunidades, e, quando se vê que isso não foi entregue, sai às ruas para protestar”.
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