Cozinhando a guerra mundial, por Gustavo Gollo

A Coreia do Norte vive pressionada há 70 anos, de modo que os de lá nasceram, cresceram e têm vivido sob a expectativa da guerra.

Tendo percebido que os EUA não aceitam a existência de países independentes destruindo os que ousam resistir a isso, os coreanos trataram de se armar.

Surpreendentemente, apesar de isolados do mundo, conseguiram construir bombas nucleares e foguetes intercontinentais, um portento. (Tentamos, no Brasil, fazer um foguete desses, certa vez, mas os americanos o sabotaram assassinando, simultaneamente, toda a equipe responsável pelo projeto. Os EUA, de fato, não permitem manifestações de independência).

A dupla realização coreana surpreende pelo grau de capacitação tecnológica demonstrado por eles. Falam muito mal dos norte-coreanos, mas acusá-los de ignorantes seria inadmissível; embora ainda muito pobres comparados a seus primos do sul, são quase tão cultos quanto eles. (Comparados com ambos, aliás, somos uma vergonha).

Em vista desses desenvolvimentos tecnológicos, e com o propósito de tentar manter a China sob vigilância e controle, os americanos apertaram o cerco sobre os norte-coreanos que, considerando os acontecimentos prévios no Iraque e na Líbia, tratam de alardear sua determinação em resistir a qualquer ataque e retaliar.

A resposta americana veio, como usual em seus modos, na forma de bombas, mísseis e simulações de invasão, tendo sido recebida sem receio pelos norte-coreanos crescidos sob a égide da guerra. Longe de esmorecer, os coreanos estão comemorando orgulhosamente seus próprios feitos.

Os chineses deixaram claro que intervirão em caso de invasão à Coreia, russos os apoiarão.

Tendo constatado que o conflito não se encaminha para um bom rumo, a presidente suíça se prontificou a intermediar o conflito, alertando que o problema não será resolvido pelo twitter. A proposta daria novo alento à solução do problema.

Tudo indica que a manutenção das diretrizes atuais de boicote e ameaças à Coreia continuarão dando os mesmos resultados, prometendo aumentar o impasse e agravar a situação até um ponto insustentável.

Os que mantêm essa dinâmica parecem estar cozinhando uma guerra mundial que logo estará no ponto de ser servida. O repasto cheirará a carne podre.

Redação

Redação

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  • Os estaudunidenses podem até

    Os estaudunidenses podem até sabotar tentativas de liberdade,

     

    estupidos somos que nós aceitamos, um paiís de baratas em que um presidente sabujo aceita um acordo de desamamento caracú, que aceita que um funcionario publico regiamente pago pelo estado receba ordens diretas de autoridades estadunidenses e prenda um héroi nacional sob a escarrada desculpa de corrupção, esse mesmo país que abrigou sem nenhuma dor de consciencia nazistas que cometeram crimes de guerra. Num país de baratas é assim, choramingam feitos crianças imbecis, num país de homens, fazem o que deve ser feito.........

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