No Jornal da Band de 14 de janeiro de 2015, o jornalista Boris Casoy noticiou burocraticamente que o governador de São Paulo admitiu que sabia que poderia faltar água. O político tucano preferiu evitar, em ano eleitoral, um racionamento preservaria os níveis dos reservatórios de água de São Paulo que poderia ser prejudicial para sua candidatura. “São águas passadas” finalizou o ancora da Band.
Boris Casoy está errado. Não são águas passadas, pois numa democracia as autoridades são responsáveis pelos seus atos e podem ser responsabilizadas pelas ilegalidades que cometem.
A Constituição do Estado de São Paulo prescreve que:
“Artigo 47 – Compete privativamente ao Governador, além de outras atribuições previstas nesta Constituição:
II – exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração estadual;”
Artigo 48 – São crimes de responsabilidade do Governador ou dos seus Secretários, quando por eles praticados, os atos como tais definidos na lei federal especial, que atentem contra a Constituição Federal ou a do Estado, especialmente contra: (NR)
V – a probidade na administração;”
A Lei 8.429, de 02 de junho de 1992, prescreve que:
“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;”
Ao tomar conhecimento do fato relevante (a possibilidade de falta de água) o governador de São Paulo deveria ter mandado executar o racionamento necessário à preservação dos níveis dos reservatórios paulistas. A água é essencial à vida e indispensável à higiene e ao bem estar da população que Alckmin infelizmente governa.
Quem exerce o cargo de governador de São Paulo não pode e não deve, por força do que consta na Constituição do Estado, colocar seus interesses pessoais ou os interesses eleitorais de seu partido acima do interesse público e do interesse da população paulista. O respeito ao princípio da probidade na administração exige do governador que se distancie de si mesmo e dos seus amigos, camaradas, parceiros e companheiros de partido. Alckmin não manteve este distanciamento. Ele preferiu beneficiar a si mesmo e ao PSDB mesmo sabendo que colocaria em risco a vida e o bem estar da população do Estado que governava. Sua conduta mesquinha, indigna, inconstitucional e provavelmente criminosa deve ser submetida a julgamento.
As águas não passaram como disse o jornalista Boris Casoy. Não passaram porque o governador pode e deve ser responsabilizado. Não passaram porque não ocorreu prescrição. Não passaram porque São Paulo não é e não pode ser uma “republiqueta de bananas” em que o governador está acima da Lei e age como se fosse um monarca irresponsavel perante o Legislativo, perante o Judiciário e perante a população só porque conta com o apoio de alguns jornalistas.
Se as instituições de São Paulo não forem capazes de responsabilizar o governador Geraldo Alckmin, o caso exige uma intervenção federal na forma do art. 34, da CF/88. São Paulo não pode ser uma terra de ninguém em que vigora a Lei do cão. A União pode e deve intervir nos Estados membros quando estes permitem que seus governadores coloquem seus interesses pessoais e partidários acima do interesse público e do interesse da população.
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Estelionato eleitoral
Foi o que foi.
inútil
"“São águas passadas” finalizou o ancora da Band."
De que serve um ancora se não há água?
Ainda mais um âncora desses que, na água, periga flutuar?
II - retardar ou deixar de
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;”
ele alem de cometer varios crimes contra a populaçao de SP. tambem preferiu pagar milhoes aos acionistas da SABESP a ter que investir no sisitema hidrico do estado. ésse é o pior crime que ele cometeu e ja deveria ter sido aberto o impeachment dele mais como é em SP terra do PSDB nao vai dá em nada. Alias a justiça brasileira nao tem força nem coragem para condenar o PSDB pelo contrario sempre os inocenta, mesmo com provas cabais .Ai esta um exemplo pois a justiça eleitoral ja deveria ter entrado com a cassasçao do mandato de Alckmin, por tudo que o estado está passando, ja que alem da falta de agua o crime toma conta do estado,
Artigo perfeito.
Só discordo
Artigo perfeito.
Só discordo da seguinte frase:
' As águas não passaram como disse o jornalista Boris Casoy só porque conta com o apoio de alguns jornalistas.'
Discordo pois não é somente o apoio de alguns jornalistas e sim de uma verdadeira máfia midiática nacional que protegem o verdadeiro cancer que é o conluio partidos/imprensa/roubalheira que impede o povo do nosso país de progredir e ter uma vida melhor.
PROJETO: LONAS PLÁSTICAS CONTRA A SECA
Amigos (as) madei esse projeto para o governo de SP e até agora nada? As chuvas estão acabando e o povo sofrendo.
Rio de Janeiro, 20 outubro de 2014 PROJETO: LONAS PLASTICAS CONTRA A SECA Caros amigos (as) não posso ver os meus irmãos paulistas sofrendo com a falta da água. No nordeste o povo aproveita água da chuva direcionando da sua casa, do teto, para a cisterna, por que o governo de SP, não cria corredores de lonas plasticas para direcionar água da chuva para o Sistema Cantareira fazendo artérias para irrigar o sistema? Devemos aproveitar cada gota de chuva que cair em SP. Não podemos perder esse bem tão precioso, isso é uma ideia de quem, quer ajudar o povo paulista, se eu estiver falando besteira me perdoem, só quero ajudar os meus irmãos paulistas. Atenciosamente:
Cláudio José, um amigo do povo e da paz.
Nassif
" seca, ótima
Nassif
" seca, ótima providência "
Quem sabe, São Pedro faz São Paulo acordar da alienação que habita a região.
Como diz a história, sem um pouco de sofrimento, não há mudança.
Sem chance
Mário,
Sem chance.
Tanto isto é verdade, que a sociedade paulistana acredita e sente prazer em acreditar no amigo nº 1 dos lixeiros, camaradinha comprovadamente ativo na repressão da ditadura que caminha rumo ao esquecimento, em resumo, é capaz de acreditar num celerado preconceituoso que não tem compromisso com coisa alguma, o caso deste cínico "Isto é uma vergonha" - deve ter criado o bordão ao se olhar no espelho.
Prezado Alfredo
Concordo, foi
Prezado Alfredo
Concordo, foi só ironia, por isto, aspas.
Abração
Não reparei
Mário,
Não reparei rsrsrs
Tô precisando tirar umas férias da internet, antes que eu comece a dar bom dia a cachorro.
Um abração
Pior se esse âncora flutuante
Pior se esse âncora flutuante sair na torneira de um distraído.
Antigamente se cantava: de
Antigamente se cantava: de dia falta água, de noite falta luz. São Paulo é assim. só que faltam os dois, de dia e de noite. A Sabesp, dizem, ´distribui água e recolhe esgoto. Na verdade, distribui dividendos, recolhe taxas e valoriza ações. Água, que é bom, necas. A Eletropaulo, dizem, distribui energia. Dizem. Nesta semana, dezenas de bairros tiveram energia cortada duas ou tres vezes, por horas e horas. Manutenção sucateada e lucratividade garantida. Metrô? Escola? O que é que a administração estadual não esculhambou? Enquanto isso, manifestacoes de rua protestando contra o aumento de ônibus. Dizem que mobilidade urbana é direito básico de cidadania. Quem sabe. E água? Que tal um MTL, movimento torneira livre?
As "águas passadas", não
As "águas passadas", não racionadas, farão muita falta no futuro.
Se não fosse tucano até a
Se não fosse tucano até a raiz o ministério público estaria no pescoço do Alckmin por causa da "restrição hídrica"...risco de tragédia incalculável afetando milhões de pessoas...enfim, cada povo tem o governo que merece.