Após denúncia de propina, amigo de Moro abandona defesa de procurador da Lava Jato

Jornal GGN – A jornalista Mônica Bergamo escreveu mais um capítulo da polêmica história do ex-advogado da Odebrecht que denunciou suposto tráfico de influência e pagamento de propina para obter um acordo de delação premiada com os procuradores de Curitiba, em ação da Lava Jato.
Segundo a jornalista, o advogado Carlos Zucolotto, que é “amigo pessoal” do juiz Sergio Moro, abandonou oficialmente a defesa do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima em um processo trabalhista que tramita no Superior Tribunal de Justiça. A desistência ocorreu na segunda (28), um dia após Bergamo revelar a denúncia feita por Duran e de Santos Lima ter negado que era representado por Zucolotto.
Ex-advogado da Odebrecht, Duran é acusado pela Lava Jato de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Diante das acusações, ele tentou fechar um acordo de delação e afirma que o amigo pessoal de Moro ofereceu seus serviços devido aos “bons contatos” que teria em Curitiba.
Em troca do acordo, Zucolotto teria solicitado que um terço dos honorários fosse pagos “por fora”, para que pudesse repassar a outras pessoas que teriam ajudado nos “bastidores”.
Duran não tem as mensagens que trocou com o amigo de Moro porque elas foram destruídas por um aplicativo de celular, mas aponta que guarda o e-mail com a proposta de delação feitas pelos procuradores nos mesmos moldes negociados com Zucolotto. O ex-advogado da Odebrecht está na Espanha e é considerado foragido – o País negou sua extradição.
“A acusação contra Zucolotto foi rebatida com veemência por Moro. Para ele, Duran é foragido e não merece crédito. Os procuradores dizem o mesmo e lembram que ele é acusado de 104 crimes. O advogado não coloca Moro sob suspeita”, reforçou Bergamo.
“Duran diz que a diferença dele para outros delatores é que, como está livre, na Espanha, fala sem sofrer qualquer tipo de coação ou ameaça de prisão, o que tornaria sua história ‘mais crível'”, acrescentou.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Vaza a Jato

    Agora a palavra do foragido não tem valor por ser contra eles? No futuro iremos ter acesso a documentos que mostrará que todos da lava jato são pagos regiamente para conduzir esta farsa e quebrar o Brasil.

  • Não estou "alcançando", pois,

    Não estou "alcançando", pois, o tal Duran falou sobre o advogado (trabalhista?) e suas possíveis (?) implicações com procuradores (assim, no plural e sem individualizar ninguém) e, mesmo assim, o desMoronado lançou "nota oficial"? Primeiro, que merreca é essa de "nota oficial"?Acredito que, no caso da JF, apenas sua (dela) assessoria de imprensa é que poderia "lançar" notas oficiais, afinal, o desMoronado não é autoridade para tanto, apenas, mais um de pato a ganso. Mas, qual a razão para o juizeco ficar tão brabo? Será que o assunto chegou muito perto da esposa e do cumpadre? Haveria outros "causos" ainda para vir à tona? A Bergamo estaria "novelizando" a "estória" tipo "chantagem"? Não caberia à corregedoria (existe?) da JF dar uma geral nisso tudo? Bem como a corregedoria (existe) do desministério publicado? Sei não, o cara nem falou no juizeco e ele "saltou de banda"? Como está, na minha pobre e leiga leitura, "pegou na veia".  

    • O MOROTÓ DE GOIABA DEPOIS QUE

      O MOROTÓ DE GOIABA DEPOIS QUE VIROU ARTISTA DE CINEMA NÃO PERDE A POSE

      Êita pêga! Sua santidade o juizeco moro, mergulhou de cabeça na arapuca cheia de merda, armada por seu próprio pessoal. Lascou-se na armadilha montada pelo próprio bando. 

      E depois, fica retado com a fofoqueira que divulgou o feito? Não tou entendendo mais nada. Não era essa a regra do jogo de trapaças?

      Orlando

  • Hummm ..segundo a biblia de

    Hummm ..segundo a biblia de Moro e de Rosinhar Weber (aquela que não tendo prova CABAL contra Dirceu o condenou assim mesmo pq a literatura jurídica assim o permitia, dizia ela)  

    ..segundo eles, por dedução, dizer que "provas telefonicas" forma destruídas é "prova" da existência de conluiu e envolvimento entre o que é acusado (o tal amigo de Moro) e o que denuncia (o fugitivo)  ..rpova da exist~enica de crime organizado e de formação de quadrilha

    https://www.youtube.com/watch?v=yAYbkymMbvQ

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