Jornal GGN – Indicado para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal pelo presidente Michel Temer, Alexandre de Moraes passou a se dedicar a cortejar senadores, se exponde a cenas constrangedoras.
A opinião é de Bernardo Mello Franco, em sua coluna de hoje (15) na Folha de S. Paulo. O jornalista cita o jantar no barco de um senador que “costuma receber políticos e belas mulheres em festas sem hora para terminar” e também a romaria pelo Senado que incluiu uma conversa com Fernando Collor, um dos acusados no esquema de desvios da Petrobras.
Para o jornalista, Moraes deveria ter uma postura mais sóbria e ser mais comedido. “Não pega bem que o futuro juiz confraternize tão abertamente com os políticos que terá que julgar”, afirma.
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Da Folha
Bernardo Mello Franco
Imagine um tribunal em que os réus tenham o poder de escolher quem vai julgá-los. É o que acontece neste momento com o Supremo Tribunal Federal, responsável pelos processos contra parlamentares acusados de corrupção.
Citado 43 vezes na delação de um lobista da Odebrecht, o presidente Michel Temer indicou seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga aberta na corte. Agora a nomeação precisa ser confirmada pelo Senado, que reúne mais de uma dezena de investigados na Lava Jato.
Apesar de o governo ter ampla maioria da Casa, Moraes não tem poupado esforços para ser aprovado. Desde que foi anunciado, ele se dedica em tempo integral a cortejar senadores e pedir votos, como um candidato em campanha eleitoral.
O beija-mão tem exposto o futuro ministro a cenas constrangedoras. Na semana passada, ele participou de um animado jantar na chalana Champanhe, ancorada no lago Paranoá. O barco pertence a um suplente goiano e é conhecido como “love boat”. Nas noites de Brasília, costuma receber políticos e belas mulheres em festas sem hora para terminar.
Nesta terça (14), Moraes fez nova romaria pelo Senado. Numa das paradas, posou sorridente ao lado de Fernando Collor, acusado de receber R$ 29 milhões no petrolão. O ministro tem dado atenção especial aos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, que reúne dez suspeitos de envolvimento no esquema.
A Constituição estabelece que os ministros do Supremo são escolhidos pelo presidente e referendados pelo Senado. A regra é antiga, e Moraes não pode ser responsabilizado pela ficha corrida dos parlamentares.
No entanto, as circunstâncias deveriam impor uma atitude mais sóbria de quem pretende vestir a toga de ministro do Supremo. Não pega bem que o futuro juiz confraternize tão abertamente com os políticos que terá que julgar. Moraes deveria ser mais comedido, nem que seja só para manter as aparências.
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beija....
Moraes no STF é a matéria que faltava à latrina para justificar seu uso. O fundo do poço (ou da latrina) no Brasil não chega nunca. Mas cachorro atrás do rabo, onde cremos existir toda esperteza do mundo, verificamos Terra de Principiantes. A mesma jogada do governo anterior indicando Dias Toffoli ao STF. Como reclamar agora, este partidarismo ideologico que abriu a porta? Nem querendo comparar um com outro, mas o mesmo abismo, a mesma falta de qualificação e de estatura que faltava a um, falta igualmente no outro. Entre tantos agravantes do caso de Moraes é que no exercício das funções públicas até aqui, não passou de peça decorativa. Decorativa e de muito mal gosto.
Duvidas
Gostaria de saber como o Kojak conseguiu incluir todas essas inconsistências no seu currículo Lattes.
Ao que eu ouvi falar a plataforma não aceita a inclusão de doutorado de dois anos (para doutorados sem Mestrado precedente demandariam 5 e meio anos), pós doc anterior ao Doutorado (doc), livre docência em apenas um ano. Teria ele cursado a mesma universidade do ÇERRA45? Teria a USP dado uma mãozinha para tão distinto aluno do orientador Dalmo Dalari? Ou o seu curriculo foi feito numa portinha de fotocopiadora na praça da Sé?
http://justificando.cartacapital.com.br/2017/02/13/carreira-meteorica-de-moraes-na-academia-e-repleta-de-criticas-e-tem-pos-doc-inexistente/