Justiça

Bolsonarista é condenado a 51 anos de prisão por assassinar apoiadores de Lula após eleições

O Tribunal do Júri de Iporã, no Paraná, condenou Erick Hiromi Dias a 51 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado e ao pagamento de 70 dias-multa pelo duplo homicídio de um casal após o resultado das eleições de 2022, que consagrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o novo presidente da República. 

Apoiador de Jair Bolsonaro (PT), Dias respondeu por homicídios qualificados, consumados e tentados, além de disparo e porte ilegal de arma de fogo. 

De acordo com apurações da Polícia Civil, o crime ocorreu durante a comemoração de apoiadores de Lula em uma rua da cidade. O réu discutiu com familiares, por divergências políticas, e atirou contra diversas pessoas. 

Uma das vítimas, Rosineide da Silva, foi baleada no pescoço “por tentar acionar o serviço policial para cessar as atividades criminosas praticadas pelo denunciado”, de acordo com o Ministério Público. José Wellington Lima Barros, foi atingido no peito e faleceu durante a internação.

Erick Dias atirou, inclusive, contra o próprio irmão, que foi atingido por um tiro e sobreviveu.

O réu possui registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), mas não tem autorização para portar a arma de fogo além do trajeto entre o clube de tiro e a própria residência. 

Sentença

O júri não reconheceu os crimes de tentativa de homicídio, pois segundo a defesa, Dias faz uso de remédio controlado para o tratamento de transtorno bipolar e depressão e, desta forma, não estaria totalmente consciente no dia 30 de outubro de 2022, data dos homicídios. 

A defesa considerou a pena alta e desproporcional e, por isso, deve recorrer. Dias está preso preventivamente e não poderá recorrer da sentença em liberdade. 

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Camila Bezerra

Jornalista

Camila Bezerra

Jornalista

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  • E tem uma história muito estranha que aconteceu em Guaíra (PR), 21/11/22. Um padre, que teria tendência de esquerda, ou pelo menos não apoiava Bolsonaro, fato que se recusara a proferir uma missa no acampamento em frente ao QG, teria se suicidado, com um corte de faca no pescoço. Não deixou carta porque teria feito isso, não se falou em investigação sobre possíveis câmaras de segurança, mas imediatamente a polícia concluiu que ele teria cometido suicídio. Nas redes sociais, políticos que apoiavam Bolsonaro, comemoraram. E nunca mais se falou sobre o caso.

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