Justiça

Defesa de Bolsonaro acusa hacker de calúnia contra o ex-presidente

A defesa de Jair Bolsonaro acusou o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, de caluniar o ex-presidente durante depoimento a CPMI dos ataques de 8 de janeiro.

A queixa-crime, apresentada por Bolsonaro, diz que o programador praticou calúnia ao afirmar, durante o depoimento, que o ex-mandatário teria pedido para grampear o telefone do ministro Alexandre de Moraes. A defesa se diz indignada com as declarações do hacker.

“A defesa do presidente Bolsonaro se mostra indignada com as declarações mentirosas, irresponsáveis e evidentemente dirigidas do senhor Delgatti, razão porque houve por bem promover a queixa por crime de calúnia”, afirma o advogado Paulo Amador da Cunha Bueno.

A defesa diz ainda que o hacker teria lesionado a honra de Bolsonaro diante de diversas pessoas, uma vez que o depoimento foi veiculado por inúmeros meios de comunicação.

— Segundo ele (Bolsonaro), eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo — disse Delgatti na sessão da CPMI, ocorrida em 17 de agosto. — Eu era o hacker da Lava-Jato, né. Então, seria difícil a esquerda questionar essa autoria, porque lá atrás eu teria assumido a ‘Vaza-Jato’, que eu fui, e eles apoiaram. Então, a ideia seria um garoto da esquerda assumir esse grampo — completou ele. Depoimento do hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti à CPMI dos ataques de 8 de janeiro.

A ação penal já foi distribuída e será analisada pelo 3º Juizado Especial Criminal de Brasília, vinculado ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

Com informações do jornal O Globo

Isadora Costa

Isadora Costa

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  • Calúnia, como assim? O processo que o bolsonaro move contra o Delgatti já é a prova de que ele realmente vai responsabilizar o hacker por todos os malfeitos, como ele mesmo disse que ia. Sobre a lesão da "honra" do bolsonaro aí já é um pouco "forte" e a ação poderá deixar de ser apreciada por absoluta falta de objeto.

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