Jornal GGN – Em um vídeo divulgado nesta segunda (28), Walmir Yemi Martins, ex-assessor do deputado estadual Mario Jardel (PSD), afirma que houve troca de cargos no Rio Grande do Sul por votos favoráveis em projetos do governo estadual, como a elevação do ICMS. O aumento das alíquotas do imposto foi decidida em setembro, onde o deputado Jardel deu o voto decisivo para a aprovação do projeto.
Walmir diz que Jardel recebeu cargos de confiança para votar no projeto do governo gaúcho. O deputado nega as acusações, e a oposição afirma que a denúncia é baseada em documentos do Ministério Público Estadual, que investiga o parlamentar e ex-jogador do Grêmio por suposto desvio de recursos de seu gabinete.
Enviado por Jorge Lima
Como antecipei aqui, há algum tempo, o grampo no Deputado Jardel trouxe a tona o “mensalão” patrocinado pelo Governo Sartori.
Do G1
Jardel negociou votos com o governo do RS, diz ex-assessor em vídeo
Imagens são de depoimento de ex-assessor do deputado na Assembleia. Deputado nega acusações e governo diz ter interesse no esclarecimento.
“Segundo ele, ele teria recebido alguns cargos, CCs do governo do estado. Mas ele dizia que o Danrlei tinha 50 cargos, e ele disse que teria recebido 10 cargos para votar o ICMS. Tudo cargo de confiança. Inclusive ele administrava direto com a, talvez o Roger possa saber. As pessoas levavam o currículo no gabinete, carimbava, o Jardel assinava e somente tinha validade se tivesse a assinatura do deputado, a indicação. Aí não sei se todos passaram. Tudo a partir do ICMS”, diz o ex-assessor no vídeo gravado durante depoimento no último dia 15.
A alta nas alíquotas do ICMS por três anos foi aprovada em sessão que terminou na madrugada de 23 de setembro. Jardel chegou em meio à sessão, e deu o voto decisivo para a aprovação do texto.
O vídeo partiu de deputados da oposição, que também veicularam a foto de um documento que seria do Ministério Público, relatando a conversa entre o chefe de gabinete de Jardel, Roger Antônio Foresta, e o então assessor Ricardo Fialho Tafas. O documento diz que ambos sugerem um acordo segundo o qual Jardel teria 10 pessoas nomeadas para cargos de confiança em troca do apoio do deputado a projetos do governo.
“Hoje entrou mais dois do Jardel no governo. Mais dois cargos, né? E o Jardel não me aparece para votar, né, cara. Eu não sei o que ele quer fazer. Ele está jogando, está brincando. Está no circo”, diz Roger durante a conversa registrada no dia 10 de novembro, ainda segundo o documento apresentado pelos deputados de oposição.
Jardel nega a acusação. Durante a sessão extraordinária convocada pelo governador José Ivo Sartori para a votação do pacote da sexta etapa do ajuste fiscal, o parlamentar afirmou que pretende restabelecer a verdade sobre as denúncias, mas reconheceu ter errado no início de seu mandato. “Estou começando agora na política. Estou começando errado, mas posso melhorar”, disse o deputado.
A oposição diz que a denúncia se baseia em documentos do Ministério Público Estadual, que em novembro deflagrou a Operação Gol Contra, que apura um suposto desvio de recursos no gabinete do parlamentar e ex-jogador do Grêmio.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo do estado, que afirmou que irá tomar conhecimento do assunto para depois de manifestar. O chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, disse que desconhece negociações com o deputado e que está à disposição para esclarecer o caso. Por meio de nota, o Piratini diz que “tem interesse e está à disposição para esclarecer quaisquer fatos tão logo sejam conhecidos dados concretos da investigação do Ministério Público”.
Leia a nota na íntegra:
“Em relação às informações apresentadas por deputados de oposição em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 28, a Casa Civil informa que tem interesse e está à disposição para esclarecer quaisquer fatos tão logo sejam conhecidos dados concretos da investigação do Ministério Público. A Casa Civil confia e aguarda a conclusão das investigações para manifestar-se sobre as informações divulgadas. Reitera que sua relação com representantes de qualquer partido é pautada pelos princípios da legalidade e que a participação do deputado Mário Jardel no governo é legítima, tendo seu partido composto a coligação de governo desde o primeiro turno das eleições. Nesta semana, os esforços estão voltados para a convocação extraordinária, esclarecendo sobre projetos que já tramitavam na Assembleia e novas medidas que são importantes para as ações do governo em 2016.”
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Troca de cargos por aprovação
Troca de cargos por aprovação de projetos? Ainda bem que isso não acontece nos governos do PT, não é mesmo?