Justiça de Minas Gerais nega pedido de liberdade a Eduardo Azeredo

da Agência Brasil

Justiça de Minas Gerais nega pedido de liberdade a Eduardo Azeredo

Por André Richter – Repórter da Agência Brasil  Brasília

A Justiça de Minas Gerais decidiu manter a prisão do ex-governador do estado Eduardo Azeredo, que teve sua pena de 20 anos de prisão executada provisoriamente no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro. Na decisão, a desembargadora Mariângela Meyer Pires Faleiro entendeu que, por questões processuais, o mérito da condenação ainda não pode ser analisado, e a suspensão da condenação só pode ser aceita em casos excepcionais.

A magistrada também admitiu recurso contra a condenação, que deverá ser apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ao analisar o caso, a desembargadora entendeu que a condição de agente público de Azeredo foi utilizada duas vezes na condenação para chegar à pena final do ex-governador. De acordo com a legislação penal, a dupla valoração para aumentar a pena é ilegal. O fato poderá levar à revisão da pena nas instâncias superiores.

“Examinando o inteiro teor do acórdão atacado e as razões de decidir, constato que a pretensão recursal é possível que seja admitida, uma vez que a turma julgadora, realmente, valorou a condição de agente político que exerce cargo de influência/gerência tanto na primeira fase de aplicação da pena para aumentar a pena base, quanto na terceira fase”, escreveu a magistrada.

A defesa de Eduardo Azeredo alegou que o ex-governador deveria aguardar o julgamento dos recursos restantes em liberdade porque algumas provas não foram avaliadas pelo tribunal e que houve erros no cálculo da pena.

Ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do PSDB, Azeredo foi denunciado pelo suposto envolvimento em um esquema de corrupção voltado para beneficiar sua campanha de reeleição ao governo mineiro em 1998. Ele teria desviado cerca de R$ 3 milhões de três estatais mineiras. Para o Ministério Público Federal, a prática dos crimes só foi possível por meio do “esquema criminoso” montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Edição: Sabrina Craide
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  • Será solto no instante em que passarem as eleições!

    Enquanto a prisão de Eduardo Azeredo for útil para Alckmin, ele vai seguir preso... para fingie que o PSDB não é blindado pela justiça.

    No instante que o Santo for eliminado ou eleito... ADEUS PRISÃO!!! 

    TUCANO NASCEU PARA SER LIVRE!!! ROUBAR EM PAZ!!! BRASIL A FORA!!!

    • Apostei com um amigo meu que

      Apostei com um amigo meu que até o fim do ano ele sai  com ou sem prisão domiciliar (dizem que ele está no corpo de Bombeiros aqui em BH numa sala (como se fosse seu gabinete) e é tratado como um Coronel.  Meu amigo disse que ele foi condenado a 20 anos de prisão e que é impossível dele sair tão cedo. Da Andréa Neves e do primo d3funto do Aécio eu errei, disse que ficariam 15 dias presos no máximo mas sairam depois de 25 dias.

      • A Blindagem Tucana é a única instituição confiável no país

        Pode dobrar essa aposta... a blindagem tucana conta com juízes, Polícia Federal, Senado, Congresso, STF, mídia...

        É o "Megazord" da corrupção nacional... a União de todos os poderes sincronizados e coordenados em uma causa apenas: Livrar bandidos tucanos da cadeia.

  • A culpa é do Lula. Como eles

    A culpa é do Lula. Como eles vão manter o Lula Preso soltando o único álibe "preso" dos tucanistão?

  • Uma justiça para ser justa

    Uma justiça para ser justa precisa observar com os mesmos olhos casos idênticos. Marcos Valério aparece em cena primeiramente denunciando um esquema de corrupção em Minas, envolvendo um bando de tucanos para depois ir direto contra o PT nacional, puxado por um reles vagabundo, desqualificado, ladrão confesso, que, por ver seus interesses desfavorecidos pelo ex-ministro da Casa Civil de Lula, partiu desavergonhadamente contra José Dirceu, até o presente indo e vindo de cadeias diferentes, sempre para manter-se sob os holofotes da imprensa, aumentando o ódio dos anti-petistas, enquanto a justiça de Curitiba vai fazendo sua política injusta, questionável sob todos os aspectos.

    Azeredo, vendo-se cercado de denúncias, renunciou ao Senado, diferente de Dirceu que disse não renunciar ao posto de deputado por se considerar inocente, mas foicassado pelos companheiros. Sem nenhum respaldo legal, mesmo sem foro privilegiado, fciou debaixo dos mais variados escrachos dos ministros do STF, até de lá sair para ser preso, como tantos de seus companheiros, alguns, como Guschiquen, que foi dos poucos absolvido quando sua vida já não valia mais nada.

    A pergunta que nunca quis calar foi essa: por que o mensalão tucano não sai do papel? Alguns já até morreram sem conclusão dos inquéritos. Hoje, ver Azeredo numa prisão meio invejável por quem tá na Papuda, ou como Lula, sequer causa dor, ou não-dor. Não causa é nada.

    Azeredo ficou em situação semelhante a de Henrique Alves, que esteve uns dias num departamento de polícia em Natal, pertinhos dos seus familiares, de seu cafofo, e já está solto, sendo abraçado por uns abestados que choram e dizem que ele jamais mereceria tal destino, que sua vida é em liberdade, ao lado do seu povo. H. Alves, como diz o povão: Tá de boa.

    Quem tá frito mesmo é Dirceu e Lula, até que o ódio, se a Globo deixar, mude de grau, como as doenças: que pode ir do leve ao severo. O ódio contra esses dois não está nem no meio. É um ódio patológico, severo, daqueles que abrem feridas.

    Esse ódio é mais patológico porque se reveste de medo. Um medo danado de ver Lula voltar à política, com sua veia inflada, a falar o que bem quer, e fazer o que já diz pensar, indignado que se sente pela venda do nosso patrimônio, pela perda dos direitos dos trabalhadores, e por tanto mais que esse governo do cão insiste em fazer contra o nosso país.

    Azeredo não significa nada no quadro nacional. É um idoso cheio de medos, acanhado, sem motivos sequer para hoje estar preso. Ele é apenas mais um escolhido para fazer jogo de cena. 

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