Justiça define auxílio-moradia às vítimas no Paissandu

Jornal GGN – O juiz da 25ª Vara Cível Federal de São Paulo, Djalma Moreira Gomes, deferiu nesta quarta-feira, dia 13, o pedido de ação civil pública para que seja feito o pagamento do auxílio-moradia por prazo indeterminado às vítimas do desabamento do Edfício Wilton Paes de Almeida, no Paissandu, em São Paulo. O auxílio deve continuar até a entrega de habitação definitiva pelo poder público, e isso não tem prazo para ocorrer.

O auxílio-moradia tem uma parcela de R$ 1.200 e as seguintes de R$ 400. Os cadastrados já começaram a receber o benefício, mas outros  moradores ainda podem se cadastrar. A prefeitura informa que 152 famílias se inscreveram e 139 já começaram a receber o auxílio-moradia.

Mesmo com esta decisão da Justiça, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo avisou que vai recorrer por entender que o valor fixado não é adequado e que insistirá para que o Poder Público seja obrigado a fornecer atendimento definitivo às famílias.

Na ação civil pública, além do pagamento de auxílio-moradia por tempo indeterminado, havia o pedido de que fosse fornecido imóvel adequado para abrigar as famílias vítimas do desabamento, oferecimento de ítens de necessidade básica aos acampados no Largo do Paissandu, banheiros químicos e fim das remoções forçadas.

Esses pedidos vieram de encontro às necessidades dos desabrigados acampados no Largo e que lá permanecem até hoje, desde 1º de maio, quando ocorreu o incêndio e desabamento. Eles estão em barracas, mas não há infraestrutura básica para atender essas famílias.

A Justiça Federal de São Paulo determinou, no dia 23 de maio, a instalação de banheiros químicos. A prefeitura tinha um prazo de 48 hroas para cumprir a decisão e, em 1º de junho instalou dez. O atraso a prefeitura colocou na conta da paralisação dos caminhoneiros.

A tragédia no Largo do Paissandú deixou cinco mortos e dois desaparecidos. O prédio era de propriedade da União e já havia sido denunciado como precário. A ocupação era irregular, como tantas, e o poder público foi omisso, como em outras tantas vezes.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

View Comments

  • É UM auxílio-moradia, mas não

    É UM auxílio-moradia, mas não é AQUELE auxílio-moradia, para desapontamento das vítimas.

Recent Posts

Moody’s muda perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil

Agência coloca prognóstico em patamar positivo; caso mudança de nota de crédito se confirme, país…

5 horas ago

“Cuidar da floresta é mais rentável que derrubar árvores”, afirma Lula

Presidente fala sobre temas que interessam ao Brasil e ao Japão às vésperas da visita…

5 horas ago

Presidente Lula sanciona mudanças na tabela do Imposto de Renda

Isenção tributária chega a quem recebe até dois salários mínimos no mês; em SP, presidente…

6 horas ago

Estratégia federal vai aumentar uso da bactéria wolbachia contra a dengue

Soltura de mosquitos infectados está programada para ocorrer em julho; objetivo é reduzir casos a…

7 horas ago

Sindicatos seguem em luta contra privatização da Sabesp

Vereadores discutem mudar legislação para que capital paulista seja inclusa no plano de venda da…

7 horas ago

Em defesa prévia, Moro diz que CNJ está gastando “dinheiro público inutilmente” para investigar seus abusos

Trabalho da Corregedoria do CNJ pode abrir caminho para ação na esfera penal contra o…

8 horas ago