Apesar de os quatro países terem pedido desculpas pelo ocorrido, o presidente da Bolívia as considerou “insuficientes”. Morales salientou que o fato não pode ser considerado como um “acaso” ou um “erro”. O anúncio de asilo a ser concedido a Snowden pela Bolívia foi feito durante discurso na região andina de Oruro (Sudoeste do país), onde Morales estava acompanhado pelo presidente do Banco Mundial, o sul-coreano Jim Yong Kim.
O incidente ocorreu na terça (2), após Evo Morales participar de uma reunião sobre produção de gás na Rússia, onde Snowden aguarda por asilo político. Devido à suspeita e à não autorização de voo, Morales foi obrigado a permanecer em terras austríacas por 13 horas. O ex-agente da CIA é acusado, nos EUA, de espionagem após ter denunciado que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país.
Raúl Castro, por sua vez, reconhece o direito soberano de todos os estados latino-americanos a concederem asilo a Snowden, na opinião do presidente cubano, um “perseguido por seus ideais ou lutas contra os direitos democráticos, segundo nossa tradição”. Ele ainda salienta que as revelações de Snowden não causam quaisquer estranhamento ou surpresa, apenas confirmam a existência de um sistema de “espionagem global dos Estados Unidos, que viola a soberania das nações, inclusive de seus aliados e os direitos humanos”.
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