PF ouve testemunhas de empresas investigadas no inquérito dos Portos


Foto: Alan Santos/PR
Jornal GGN – Novas testemunhas do inquérito dos Portos, que recai contra o presidente Michel Temer, por ter editado em 2017 um decreto que favoreceu empresas do setor portuário, serão ouvidas nesta quarta-feira (18).
Foram chamados a depor pessoas que poderiam esclarecer a participação de empresas intermediárias, como a JP Tecnolimp, que fechou um contrato de quase R$ 60 milhões durante 15 anos com a Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp). E a relação dessas empresas co a Argeplan, do coronel Lima.
Entre eles, o advogado Adalberto Calil, que trabalhou no grupo da transportadora Júlio Simões, que integra o grupo da transportadora. Ele prestou testemunho por volta das 10h da manhã de ontem na sede da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
A ligação de JP Tecnolimp esbarra, ainda, no amigo de Temer, o coronel João Baptista Lima Filho, uma vez que tem como suposta sócia ocula a Eliland do Brasil, que teria sido usada pelo coronel como empresa de fachada para “receber recursos indevidos de empresas do setor portuário”.
Também seguindo essa linha foi chamado a prestar informações o advogado Gabriel de Carvalho Jacintho, que foi mencionado por Paulo Siqueira como uma das pessoas que abriu a Eliland do Brasil, com a interferência da Argeplan. Ele prestou depoimento por volta das 16h nesta terça.
Ainda foi intimado o dono da Júlio Simões, Fernando Simões. Entretanto, seu advogado foi presencialmente às autoridades informar que ele não poderia prestar o depoimento nesta terça, tendo que remarcar outra data.
E nesta quarta-feira (18), os delegados da PF devem continuar os interrogatórios, recolhendo os depoimentos de dois executivos de uma empresa que integra o grupo Rodrimar, também investigada no caso. Todos os investigados negam os ilícitos.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  • O eterno "chove e não molha" da Polícia Federal

    A POLÍCIA FEDERAL TRANSFORMOU AS INVESTIGAÇÕES EM INSTRUMENTO POLÍTICO.

    -Eu acho que para todo esquema de corrupção desbaratado pela Polícia Federal se monta um "esquema de transferência de capital" para juízes, delegados, advogados e imprensa.

    É a "PROPINA 2.0"... a evolução da propina... agora na hora de desviar o dinheiro público, o corrupto deve lembrar que no final uma parte deverá ir para advogados, juízes e procuradores. Além disso tem a parte da imprensa... essa será negociada em mesas de restaurante.

    A legalização da propina via delações premiadas.

    BY MORO!

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