Justiça

Sabatina: Mendonça justifica desmatamento, LSN e porte de armas

Jornal GGN – Entre as falas controversas do ex-ministro André Mendonça, durante a sabatina no Senado nesta quarta-feira (01), o indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) de Jair Bolsonaro defendeu “espaço” para o porte de armas, o desmatamento da Amazônia se for para “ganhar o pão de cada dia” e também justificou o uso da Lei de Segurança Nacional (LSN) contra opositores do mandatário.

Em uma das primeiras perguntas, os senadores questionaram o que ele pensava sobre os decretos de ampliação de posse e porte de armas para a população. Esquivando-se, inicialmente, disse que não é da sua competência dar opinião sobre decretos do presidente Jair Bolsonaro, porque hoje os mesmos são alvos de contentação no Supremo.

Mas acabou deixando sua opinião: “Sobre a política de desarmamento, logicamente que há espaço para posse e para porte de armas. A questão que deve ser debatida é quais os limites.”

Ao ser questionado sobre o desmatamento na Amazônia, por exemplo, que atingiu índices recordes no Brasil durante o governo Bolsonaro, Mendonça tergiversou e tentou justificar a medida como algo necessário à sobrevivêndia daqueles que não têm outra forma de trabalho ou de obter recursos.

“Eu acho que deve haver um debate sério, principalmente, no âmbito do Poder Legislativo, sobre uma modelagem segura, para todos. A minha preocupação, mas deve ser a preocupação de vossas Excelências, eu penso, deve ser estabelecer políticas públicas que tirem da marginalidade, pessoas que poderiam estar trabalhando legalmente e, ao mesmo tempo, dê opções de trabalho, de renda a muitas pessoas que não estão ali desmatando porque querem, mas porque tem que ganhar o pão de cada dia.”

Também, como já mostramos aqui, enquanto ministro da Justiça, no ano passado, Mendonça abriu inquéritos contra críticos do presidente Jair Bolsonaro, com base na LSN. Ao falar do tema, alegou que estava “obedecendo o dever legal”. “Não restava ao executor da norma outra opção senão atuar conforme os parâmetros [da Lei de Segurança Nacional]”, disse.

Leia também: Sabatina de Mendonça: “na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição”

Assista à sabatina de Mendonça no Senado:

Redação

Redação

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  • O irmão mendonça está querendo entrar para o Supremo em nome de Jesus. De peruca (ou será interlace?) ficou pelo menos 6 meses mais jovem. Ele por certo tomou a iniciativa de encabelar-se por puro sentido de pertencimento.
    Um alerta, entretanto, deverá ser feito aos consultores de imagem do supremo e vale para ambos, fux e o futuro mendonça: cabelo começa embranquecer a partir das têmporas. Fazer cabelinho branco no aplique depois do cabelo preto é dar a maior bandeira. Fica parecendo peruca mesmo, irmãos!
    No aplique, no interlace ou na plantação, se o cabra é grisalho, o cabelo branco deverá subir da testa para o coco, antes do cabelo preto.
    Se não der um ar natural, pelo menos não ficará com um ar sobrenatural.

  • "...muitas pessoas que não estão ali desmatando porque querem, mas porque tem que ganhar o pão de cada dia”...
    Por incrível que pareça, já ouvi este tipo de argumento até para defender bicheiros e outros contraventores ... quem sabe traficantes? Se legalizar a droga teremos novos empregos, né não? E legais! Aposte-se que aí ele é contra...
    Quanto às armas, SEMPRE houve "espaço" no braZil para porte, posse e comercialização de armas. Qual a novidade? Que espaço quer? O sideral?
    Nem vamos comentar sobre a LSN...
    É só observar as vezes que este cãodidato esteve ao lado do seu fuhrer para perceber o quanto de ovo ele baba pelo seu mitosco messias.
    Um despresidente adolinquente que se posta na beira da estrada tal qual uma noivinha fazendo mixê, que faz lives "estratégicas" sobre placas, cadeirinhas, taxímetros e tomadas de 3 pinos e que pede votos publicamente para sair na capa da Time é o quê mesmo?

  • André Mendonça é da estirpe de Adolf Eichman, magistralmente analisado por Hannah Arendt. Carreirista, cumpridor de ordens independente da natureza delas, um medíocre. Pois bem, chegou jovem ao Supremo. Terá 27 anos para empobrecer a já pobre cultura jurídica brasileira.

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