Sara Winter teve contas eleitorais rejeitadas e acusada de se apropriar de R$ 25 mil

Jornal GGN – A ativista bolsonarista Sara Fernanda Giromini, que se autodenomina Sara Winter, é também investigada por irregularidades no uso de R$ 25 mil recebidos do fundo eleitoral de sua campanha de 2018, na qual concorreu a deputada federal no Rio de Janeiro, pelo DEM. Ela foi expulsa do partido no início de junho.

Além de ser uma das investigadas no inquérito das Fake News, com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), tendo sofrido mandados de busca e apreensão, a ativista bolsonarista foi presa nesta segunda-feira (15) por outro inquérito, o dos atos antidemocráticos promovidos por ela e seu grupo, investigação que foi aberta em abril.

Neste sábado, o movimento armado bolsonarista liderado por ela, “300 do Brasil”, disparou fogos de artifício contra o prédio do STF, simulando um bombardeio.

Mas uma terceira investigação também apura crimes eleitorais supostamente cometidos pela ativista. Em 2018, ela tentou um cargo na Câmara pelo DEM, e obteve R$ 25 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas, para realizar a sua campanha. Ela não foi eleita e, declarando ter gasto R$ 24,9 mil, não apresentou a prestação de contas do final da campanha.

A então candidata somente apresentou a movimentação bancária de gastos do fundo, mas não entregou nenhum comprovante ou nota fiscal que confirmassem os gastos e os serviços supostamente contratados. Dessa forma, a Justiça Eleitoral considerou que ela não fez a prestação de contas de sua campanha eleitoral 2018.

A partir daí, foi aberta uma investigação pelo Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro para apurar a irregularidade. A sua defesa afirmou que a prestação de contas foi feita no dia 8 de outubro de 2018. Os técnicos da Justiça Eleitoral consideraram que havia irregularidades, pela falta de comprovantes, e recomendaram a rejeição das contas.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) rejeitou, assim, as contas de Sara Winter, no dia 21 de agosto de 2019 e determinou que ela devolvesse os R$ 25 mil do fundo eleitoral. O caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal para cobrar o pagamento e investigar o crime de improbidade administrativa e de apropriação indébita eleitoral. O caso ainda segue em tramitação pelo MPF.

 

Redação

Redação

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  • Só foi a cidadã ser presa - ela e mais uns tantos - pro estouro do rojão. Outro, do outro lado.
    Na real, grande m*rda. Ela é uma inocente útil, ou uma otária útil, ou algo similar. Fica a mensagem.
    Membros do Judiciário foram afrontados diretamente e o resultado foi "ah, vc quer mexer? então aguarde".
    Gente de carro fazendo buzinaço em frente ao Hospital das Clínicas. Polícia Militar fazendo cordão pra proteger aquele pessoal lunático - mas perigoso! - e por aí vai.
    Claro, são os impolutos poluídos, os moralistas sem moral. Mas o quanto teve que correr até chegar a tanto?
    Não cabendo o impeachment do Bolsonaro, o negócio é tirar os andaimes prováveis, certos e/ ou possíveis: militantes, fake news, milícias e por aí vai. Bem... se não querem o impeachment e pretendem tornar a sua vida impossível até uma renúncia, quem sabe? Esperar que siga o jogo democrático, somente se discutirmos que democracia temos de 1988 (no mínimo) até agora, e a resposta (pelo menos parcial ) já temos.
    Importa saber melhor sobre negros racistas e ex-feministas de direita. Como essa contradição lógica (e não material) tem poder político?

  • Diz o irmão da moça, em vídeo que ela desejava mesmo chamar a atenção através de uma prisão, para usar em campanha eleitoral. Vamos ver se o TSE age a tempo.

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